Como blog estaremos aqui para escrever as nossas opiniões, observações e para que quem nos visite deixe também as suas. Tentaremos, dentro das possibilidades, manter este local actualizado com o que vai acontecendo à nossa volta em Macau e um pouco em todo o lado...

terça-feira, 17 de março de 2009

Expresso... a visão de Macau

Vinha publicado no Hoje Macau de hoje (não existe ainda a edição online para que eu possa fazer o link) um artigo de opinião atribuído a um tal de Mário Ramires, do Expresso que dizia, e passo a transcrever das páginas do HM: “Ver Angola como um embondeiro de kwanzas tal como Macau foi a árvore das patacas é condenar qualquer hipótese de construção de uma solução consolidada e de futuro. De Macau, depois de séculos de administração e presença portuguesa, nem dez anos passados, já nada resta, a não ser resquícios históricos num punhado de fundações e museus.
Considero, antes de mais, de um grande mau gosto tais afirmações e quero aqui fazê-lo público. Primeiro porque sou português e porque faço de Macau a minha casa. Segundo porque este senhor Ramires ao tal afirmar, das duas uma, ou não conhece Macau e produz tais afirmações baseado no que lê, ouve e vê em Portugal, ou nem se deu ao trabalho de reparar no que é Região Administrativa Especial de Macau.
Quem aqui vive sabe perfeitamente que mais poderia ser feito mas, mesmo assim, não chegamos ao cúmulo de dizer que pouco mais existe do que resquícios da presença portuguesa! Quanto mais chegarmos ao ponto de comparar Macau à situação de Angola.
Macau foi e será sempre um baluarte da presença portuguesa no Extremo Oriente. Assim está previsto na sua mini-constituicão e, para os que possam contestar isso, basta lembrar que o Direito de Macau é baseado no português. Não se pode pedir mais vestígios históricos e culturais do que ter-se as Leis que regem o país baseadas nas Leis de Portugal
Portanto, resta-me dizer que este senhor, ou é ignorante no que diz respeito a Macau, ou imita muito bem!
Aliás, nem sequer consegui encontrar o tal artigo no Expresso ou mesmo o nome de Mário Ramires.
Mais tarde tentarei colocar o link do HM para este artigo para que se possa ler na blogosfera.
Para já agradeço ao HM por nos trazer esta afronta, pois só assim se pode saber o que se pensa e escreve em Portugal sobre Macau.

1 comentário:

  1. João dê-lhe forte e feio!

    Claro que a presença portuguesa ficou (Graças a Deus) por cinquenta anos nos "papeles".

    Resquícios?

    Palavra acertadíssima que escreveu e gostei de ler.
    De fragmentos está Portugal cheio nesta Ásia e Oriente imenso...

    Conheci Macau de outras eras onde algo ainda estava bem vinculado por aí.

    Até havia aquelas casinhas, amarelas, Sino/Portuguesas.

    Sou do tempo em que o Monsenhor Manuel Teixeira, todos os fins das tardes, atravessava a ponte até à entrada da Taipa a rezar o terço.

    Bem o Monsenhor, já era nessa altura um "resquícia" da presença lusa, no Oriente, fragamentada.

    Outros resquícios estão a desaparecer e aqueles que deveriam interessar para os conservar estão-se nas "tintas" para isso.
    Abraço
    José Martins

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