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Considero, antes de mais, de um grande mau gosto tais afirmações e quero aqui fazê-lo público. Primeiro porque sou português e porque faço de Macau a minha casa. Segundo porque este senhor Ramires ao tal afirmar, das duas uma, ou não conhece Macau e produz tais afirmações baseado no que lê, ouve e vê em Portugal, ou nem se deu ao trabalho de reparar no que é Região Administrativa Especial de Macau.
Quem aqui vive sabe perfeitamente que mais poderia ser feito mas, mesmo assim, não chegamos ao cúmulo de dizer que pouco mais existe do que resquícios da presença portuguesa! Quanto mais chegarmos ao ponto de comparar Macau à situação de Angola.
Macau foi e será sempre um baluarte da presença portuguesa no Extremo Oriente. Assim está previsto na sua mini-constituicão e, para os que possam contestar isso, basta lembrar que o Direito de Macau é baseado no português. Não se pode pedir mais vestígios históricos e culturais do que ter-se as Leis que regem o país baseadas nas Leis de Portugal
Portanto, resta-me dizer que este senhor, ou é ignorante no que diz respeito a Macau, ou imita muito bem!
Aliás, nem sequer consegui encontrar o tal artigo no Expresso ou mesmo o nome de Mário Ramires.
Mais tarde tentarei colocar o link do HM para este artigo para que se possa ler na blogosfera.
Para já agradeço ao HM por nos trazer esta afronta, pois só assim se pode saber o que se pensa e escreve em Portugal sobre Macau.
João dê-lhe forte e feio!
ResponderEliminarClaro que a presença portuguesa ficou (Graças a Deus) por cinquenta anos nos "papeles".
Resquícios?
Palavra acertadíssima que escreveu e gostei de ler.
De fragmentos está Portugal cheio nesta Ásia e Oriente imenso...
Conheci Macau de outras eras onde algo ainda estava bem vinculado por aí.
Até havia aquelas casinhas, amarelas, Sino/Portuguesas.
Sou do tempo em que o Monsenhor Manuel Teixeira, todos os fins das tardes, atravessava a ponte até à entrada da Taipa a rezar o terço.
Bem o Monsenhor, já era nessa altura um "resquícia" da presença lusa, no Oriente, fragamentada.
Outros resquícios estão a desaparecer e aqueles que deveriam interessar para os conservar estão-se nas "tintas" para isso.
Abraço
José Martins