Como blog estaremos aqui para escrever as nossas opiniões, observações e para que quem nos visite deixe também as suas. Tentaremos, dentro das possibilidades, manter este local actualizado com o que vai acontecendo à nossa volta em Macau e um pouco em todo o lado...

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Escadas viram rio interior

COM o passar dos anos vamo-nos acostumando à forma de viver em Macau e deixando passar alguns abusos. No entanto, o que é demais é demais e há um dia em que acabamos por não olhar para o lado mais vez nenhuma. Pessoalmente, irrita-me quando certas pessoas, para o seu bem-estar, metem a segurança colectiva em risco e as autoridades nada fazem para o evitar. Quando são alertadas, até parece encararem a denúncia com alguma incredibilidade.
A situação que vou relatar tem sido vivida nos últimos meses e certamente que se repete um pouco por todo os edifícios mais antigos do território. A situação agrava-se quando chove com mais intensidade, levando por vezes a pensar que o pior poderá acontecer a qualquer momento. Depois de largas conversas, começo a acreditar que possivelmente será essa a única forma das autoridades actuarem! Lembram-se do que aconteceu em Hong Kong recentemente quando um prédio veio abaixo e morreram algumas pessoas?
As queixas apresentadas aos departamentos supostamente encarregados deste assunto repetiram-se por diversas vezes sem que nada, pelo menos visível, tenha sido feito.
Os factos são descritos de forma muito simples. Num edifício de cinco andares junto da zona histórica da Fortaleza do Monte, quando chove, os corredores e escadas mais parecem cascatas de água. Para o verificar, basta apenas ali irem para ver a água a descer do terraço para o nível da rua pelo interior do edifício. Basta perguntarem aos moradores do rés-do-chão para verificar a veracidade. A situação resulta da falta de escoamento das águas da chuva que se acumulam no terraço.
O problema é que não existe nenhum terraço como inicialmente estaria planeado na planta do edifício. A maior parte da superfície de terraço do edifício está ocupada com habitação ilegal e outro tipo de estruturas que metem em perigo a integridade e robustez do prédio. Assim como também impedem o escoamento eficiente das águas das chuvas que, sem qualquer outra alternativa de saída, acabam por escorrer escadas abaixo. Em chuvadas mais fortes chega mesmo a entrar pelas casas dos residentes dos pisos inferiores.
Quando se fala de construções ilegais, o emaranhado da lei é tanto, que maior parte das vezes as pessoas afectadas acabam por desistir e aprendem a viver com a situação. No entanto, cabe às autoridades meter cobro a isto, para que nenhuma calamidade ocorra.
Numa visão simplista da lei, percebe-se que os terraços existentes nos edifícios deveriam ser área comum. O mesmo não acontece em alguns edifícios, se estiver estipulado na planta, ou no título de propriedade que o espaço acima do último andar é parte integrante do mesmo. Contudo, sendo ou não área comum, em nenhum lado a lei permite que se possa construir nesses espaços. Mas a verdade de Macau é outra. Quem aqui vive sabe muito bem (aliás, basta olhar para os edifícios mais baixos em toda a cidade) que os proprietários dos últimos andares dos prédios de quatro e cinco pisos gostam muito de alargar a sua área habitacional. Para isso, basta colocarem mais umas paredes no que deveria ser terraço, metendo em perigo a estrutura do prédio e logo todos os habitantes do mesmo.
São estas as alterações em questão. Sendo elas antigas ou recentes, devem ser todas retiradas, porque quem mora nos andares inferiores não pode ser sujeito a abusos e falta de respeito, só porque o proprietário do último andar decide que precisa de mais área para viver!
Esta situação, tanto quanto sei, foi relatada à Polícia e às Obras Públicas numa das últimas noites de chuva intensa no rescaldo da tempestade tropical «Fanapi», por correio electrónico. Até agora, também de acordo com o que tenho conhecimento, nada foi feito. Apenas uma mensagem da Polícia a dizer que tinha enviado o assunto para o Instituto de Habitação, isto é, «sacudiu a água do capote».
Fica uma pergunta. Até quando as autoridades vão continuar a ignorar? Ou será um problema de comunicação devido à queixa ter sido apresentada em português?

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Afinem ou não cantem

Acabaram-se as interpretações arrojadas do hino nacional. Quem viu a cerimónia do içar da bandeira no último 5 de Outubro em Lisboa deveria estar a suspirar por uma medida legislativa como esta em Portugal!

Pois bem, em Manila, nas Filipinas, país de grandes tradições musicais e vocais, o Parlamento decidiu acabar com o artista que há em cada Filipino! A partir de agora quem tiver a coragem de cantar o hino desafinado arrisca-se a ir parar à prisão ou, no mínimo, a uma multa que pode chegar às 18 mil patacas... Mas não ficam por aqui, a par do cantar impróprio do Lupang Hinirang (Terra Amada), também os pouco patrióticos usos dados à bandeira nacional podem ser alvo de punição.

Acabaram-se as toalhas e os biquínis feitos à base da Pambansang Watawat (Bandeira Nacional).

Agora falta que o Senado aprove a proposta para que os prevaricadores fiquem sujeitos a dois anos de prisão e 100 mil pesos de multa!


Yahoo News

Sem fundo - TDM vs CA

Comissariado de Auditoria fez uma análise do Relatório de Contas da TDM e, pasmem-se, descobriu que o Administrador Delegado, Manuel Gonçalves, tinha um plano de Saúde que cobria tudo e mais alguma coisa. Para ele e para a família! Só em 2007 e 2009 foram gastos 270 mil patacas em Hong Kong e Portugal! Isto além de viagens privadas e outras regalias.
Outro aspecto salientado pelo CA foi o de usar viagens oficiais para efeitos de férias, aproveitando a deslocação paga pela empresa para ficar mais uns dias de folga. A isto a TDM responde “que não vislumbrava quaisquer situações lesivas aos interesses da empresa no facto de ser o secretariado da Comissão Executiva, em vez dos serviços administrativos, a tratar das passagens aéreas relativas a deslocações em serviço dos administradores.” Adiantando ainda que quanto “ao gozo de férias no seguimento das deslocações em serviço à Europa (...) o número de dias de ausência ao serviço do Administrador-delegado, descontados devidamente os fim-de-semana e feriados, era efectivamente inferior ao número de dias indicados no relatório. Por outro lado, o mesmo pagou todas as despesas emergentes das suas deslocações pessoais, não tendo causando qualquer prejuízo à TDM.”
Tanto quanto sei não é aconselhável gozar férias no seguimento de missões oficiais, fazendo-se uso da passagem de avião paga pelo erário público.

Leiam na íntegra o resultado da auditoria neste link
Uma pérola no Oriente que é Macau!
Agora falta ver em que vai dar o relatório porque situações destas não devem passar impunes numa sociedade de direito como é a de Macau.

Festival da Lusofonia e Semana Cultural da China e dos Países de Língua Portuguesa 2010

De 22 a 29 de Outubro Macau volta a ser o centro da Lusofonia. Todos os anos, na Avenida da Praia a cena repete-se. Barraquinhas, muita música, comes-e-bebes e muita, muita gente de noite e de dia.

Este ano, depois da experiência de 2008, a iniciativa volta ao formato de Festival e com a duração de uma semana, contando com a participação do Secretariado Permanente do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa.

Além das actividades tradicionais já da Avenida da Praia, onde se concentra o grosso de toda a animação o evento vem para Macau, estando programadas acções no Largo do Senado, Largo do Mercado do Iao Hon, na Casa Garden. Na Taipa, além da Avenida da Praia, há também algo para ver no Largo do Carmo, no Jardim Municipal da Taipa, na Rua da Restauração, na Feira do Carmo e no Campo Desportivo e Recreativo da Taipa.

Como é já do conhecimento público, esta é uma organizaçào doInstituto para os Assuntos Cívicos e Municipais e da Direcção dos Serviços de Turismo que, pela segunda vez, conta com a preciosa participação do Secretariado Permanente do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa. Os patrocínios este ano são da Companhia de Electricidade de Macau, Smartone, Hovione FarmaCiência, Macao Water e Jockey Clube de Macau.

De acordo com o comunidado da organiçào, este festival tem como objectivos a promoção das culturas dos países e regiões de língua portuguesa e da China, realçando os aspectos de contacto, de influência mútua e de intercâmbio, assim como de homenagem às comunidades de expressão portuguesa em Macau que ajudaram a construir o território e que decidiram permanecer na RAEM, apoiando o seu desenvolvimento. Ao mesmo tempo, almejam afirmar este evento no calendário das grandes festividades de Macau, promovendo, assim, o turismo local e a animação urbana e espaços de recreio e lazer para todos e revitalizar o modelo cultural próprio de Macau, pela divulgação dos elementos populares e tradicionais de uma das culturas que está na génese da identidade do território.

O programa das actividades, durante uma semana é exaustivo. Fica aqui na íntegra para quem se queira saber o que vai acontecer:


ACTIVIDADES DO FESTIVAL E SEMANA CULTURAL


Abertura Oficial do Festival e Semana Cultural

Às 17h30 do dia 23 de Outubro, sábado, será realizada uma cerimónia de abertura oficial do Festival da Lusofonia e Semana Cultural da China e dos Países de Língua Portuguesa, onde haverá, entre outras actividades, a actuação do grupo artístico de Sichuan, China e de grupos de dança/música tradicional dos diversos países/regiões de língua portuguesa, simbolizando o encontro das culturas chinesa e lusófona na RAEM.


Feira de Artesanato da Lusofonia

De 22 a 29 de Outubro, entre as 16h00 e as 21h00, decorre na Feira do Carmo da Taipa uma mostra de trabalhos de artesanato fabricados por artesãos provenientes dos países/regiões de língua portuguesa. A província de Sichuan da República Popular da China também estará representada num dos expositores da feira, apresentando trabalhos com linho, pintura com açúcar queimado e bonecos de farinha. Os artesãos demonstrarão as suas técnicas durante a feira e as suas obras estarão à venda. A cerimónia de abertura terá lugar às 17h30 do primeiro dia da feira. Estarão representados os seguintes artesãos propostos pelas dez Associações lusófonas locais:

Mestre Makiesse (Angola), com trabalhos em madeira

Teresinha Carvalho da Silva (Brasil), com trabalhos em escamas de peixe

Gisela Figueira Lopes da Silva Mariano (Cabo Verde), com trabalhos em pano, búzios e pedras

Garcia Biifa Bedeta (Guiné-Bissau), com trabalhos em madeira

Digamber Kunkolikar (Goa), com trabalhos em barro

Albertina Picoto (Macau), com trabalhos em macramé, estanho e pasta modelada

Suzette Honwana (Moçambique), com trabalhos em pano

Paulo Valentim Ribeiro de Almeida (Portugal), com trabalhos em cerâmica e azulejo

Geanezildo do Nascimento de Castro (São Tomé e Príncipe), com trabalhos em metal

Rosa Moreira Rato (Timor Leste), com trabalhos em pano


Exposição Colectiva de Artistas Contemporâneos de Angola

No dia 22 de Outubro, pelas 18:30h, inaugura-se na Casa-Museu de Exposições Temporárias da Av. da Praia, na Taipa, uma mostra colectiva de artistas contemporâneos de Angola. A exposição ficará aberta ao público, diariamente e até ao dia 14 de Novembro, entre as 10 e as 18 horas. Prolonga-se, no entanto, a abertura daquela exposição até às 24h, durante o fim-de-semana do Festival da Lusofonia, na zona do Carmo. Esta mostra, que integra o trabalho de cinco artistas no feminino angolano, com expressões na pintura e fotografia, reúne os nomes de Eduarda Costa Ferraz, Gracinda Candeias, Isabel Teixeira de Sousa, Mónica Miranda e Ana Silva. Autoras curriculadas e consagradas que exprimem novas estratégias da arte na contemporaneidade, com uma cuidadosa e reflexiva abordagem multidisciplinar sobre como as relações estéticas reagem na promoção de novos aspectos conceptuais e criativos, em processos de diferenciação, evolução e inovação, ajudando o público a conhecer o imaginário e a arte que se produz actualmente em Angola. Num tempo de experimentações de novas linguagens artísticas globalizantes, esta exposição afirma a complexidade de um país africano hegemónico, que sofistica também pelas artes plásticas, as suas identidades nacionais, a particularidade e universalidade da sua cultura.


Exposição Individual de Nilton Lima

Pintura de Cabo Verde

Também no dia 22 de Outubro, mas pelas 19h, inaugura-se na Casa de Recepções da Av. da Praia, na Taipa, um acervo de trabalhos do pintor Nilton Lima de S. Vicente, Cabo Verde. A exposição estará aberta ao público, até ao próximo dia 14 de Novembro, entre as 10 e as 18 horas. Durante o fim-de-semana do Festival da Lusofonia, o horário de abertura prolongar-se-á até às 24 horas. O jovem artista, valor emergente da pintura cabo verdiana autóctone, revela capacidades inatas no aperfeiçoamento das técnicas utilizadas por um certo impressionismo naturalista, numa abordagem e composição figurativa eminentemente humana. O prodígio experimental dos seus trabalhos murais, converge pelo apego telúrico e retratista dos costumes e realidades mundanas da sua terra, para o escopo da tela. A etnicidade transversal nos seus trabalhos, parece traduzir o ligamento das simbologias a um certo levantamento etnográfico e literário, nesta fase do artista.


Exposição de Bonecas de Pano de Suzette Honwana

“Festa na Ilha”, de Moçambique

No dia 27 de Outubro, pelas 18h30, teremos a inauguração de uma Exposição de Bonecas de Pano de Suzette Honwana, de Moçambique, com o título “Festa na Ilha”, na Casa Garden. A exposição, organizada pela Associação dos Amigos de Moçambique, permanecerá aberta ao público até ao próximo dia 7 de Novembro, entre as 10h00 e as 19h30 de 2ª a 6ª feira e entre as 10h00 e as 17h00, aos sábados e domingos. Trata-se da reprodução fiel dos trajes da mulher moçambicana, da panóplia de adereços que completam as indumentárias domésticas e cerimoniais, e de um esforço na apropriação e materialização etnológica e artística de registos vivenciais e culturais da mulher moçambicana de ontem, de hoje e por certo de amanhã. Complementam-se estes registos com os ritos de socialização, recriando ambientes e esferas do uso da capulana em diversas partes do país. É um trabalho de sistematização do uso dos materiais têxteis e da sua conotação social, da terminologia e léxico antropológico e sociológico das diferentes comunidades moçambicanas e ainda, sem esgotar, a pretensão estética de fazer moda, de propôr o novo, o criativo, o “fashionable”.


Colóquio “Crioulos Ibero-Asiáticos : perspectivas Comparativas”

Organizado pela Universidade de Macau, o colóquio terá lugar nos dias 28 e 29 de Outubro, entre as 09h00 e as 18h00, na Biblioteca da Universidade de Macau. Trata-se de um colóquio científico que reunirá em Macau, pela primeira vez, os maiores especialistas mundiais no estudo dos crioulos asiáticos de base lexical portuguesa e espanhola. Do painel fazem parte 12 estudiosos reconhecidos e activos na área, vindos de Portugal, Espanha, Alemanha, Finlândia, Reino Unido, Canadá, Estados Unidos da América e Macau. A vinda deste simpósio a Macau é indicada e proveitosa numa altura em que a sociedade civil da RAEM debate o valor e a preservação do Patuá, e não podemos desperdiçar a presença no território dos maiores especialistas nas línguas crioulas da Índia, Sri Lanka, Malaca, Macau e Filipinas para promover a troca de ideias. A reflexão que se pretende sobre o passado, presente e futuro das línguas crioulas da Ásia servirá para melhor compreender os verdadeiros contornos da lusofonia nesta parte do globo, e realçar a sua preponderância no contexto do impacto que as línguas ibero-românicas tiveram nesta parte do globo.As línguas de trabalho serão o Português, o Espanhol e o Inglês, e todas as sessões estarão abertas ao público.

Para obter informações mais detalhadas sobre o Colóquio poderão visitar o website : www.umac.mo/fsh/ciela/ibero


Expositores das Comunidades Lusófonas

Durante a festival do fim-de-semana de 22 a 24 de Outubro estarão representadas, através das Associações locais, as seguintes comunidades lusófonas, residentes na RAEM – Angola (Associação Angola Macau), Brasil (Casa do Brasil em Macau), Cabo Verde (Associação de Amizade Macau-Cabo Verde), Goa, Damão e Diu (Núcleo de Animação Cultural de Goa, Damão e Díu), Guiné-Bissau (Associação Guineense dos Naturais e Amigos da Guiné-Bissau), Macau (Associação dos Macaenses), Moçambique (Associação dos Amigos de Moçambique), Portugal (Casa de Portugal em Macau), São Tomé e Príncipe (Associação dos São-tomenses e Amigos de São Tomé e Príncipe, Macau-China) e Timor Leste (Associação de Amizade Macau-Timor Lorosae). Nos respectivos expositores irão apresentar mostras de artesanato, música, vídeos, fotografias, trajes típicos, cartazes, petiscos e bebidas típicas, entre outros exemplos que promovam e representem a cultura do respectivo país/região.


Expositor do Grupo de Arte Popular da Província de Sichuan, China

No dia 22 de Outubro, entre as 19 e as 24h00 e nos dias 23 e 24 de Outubro, entre as 14h00 e as 24h00, nas Casas-Museu da Taipa, esse grupo apresentará vários tipos de arte popular dessa província ao público que visitar o Festival, nomeadamente trabalhos com linho, pintura com açúcar queimado e bonecos de farinha, bem como petiscos tradicionais.


Espectáculos de Música e Dança no Festival da Lusofonia

A partir das 19h30 do dia 22 de Outubro, no Anfiteatro das Casas-Museu da Taipa, actuarão os grupos locais de Dança Folclórica Portuguesa do Instituto Politécnico de Macau e Axé Capoeira do Mestre Eddy Murphy. A partir das 20h00 subirão ao palco os artistas convidados da Província de Sichuan, China e dos países de língua portuguesa, Lahane (Timor-Leste) ; Kepemchim Kirnnam & Belinda e Grupo local de Danças e Cantares de Goa (Goa, Damão e Díu) e Manecas Costa (Guiné-Bissau). No dia 23 de Outubro, a partir das 18h30, actuarão os grupos locais : Crianças do Jardim de Infância D. José da Costa Nunes ; Grupo Folclórico Infantil e Dança Hip-Hop da Escola Portuguesa de Macau ; Grupo Lebab e Grupo de Danças e Cantares de Macau. Às 20h00 iniciará a actuação dos grupos convidados da Província de Sichuan, China. ; Ferro Gaita (Cabo Verde) ; Muxima (Portugal) e Companhia Nacional de Canto e Dança de Moçambique. No domingo, 24 de Outubro, a partir das 18h00, actuarão os artistas locais, Banda da Escola Portuguesa de Macau ; Teatro “Tru e Tru” pelo Grupo Maranatha ; Grupo Dança Brasil ; Tuna Macaense ; Elvis de Macau ; Banda “Js and I” e Grupo da Associação de Danças e Cantares Portugueses “Macau no Coração”. A partir das 20h00, depois de uma nova actuação do Grupo Artístico da Província de Sichuan, China, subirão ao palco os artistas convidados, Semba Muxima (Angola) ; Nó em Pingo D’Água (Brasil) e Equipson Master (São Tomé e Príncipe)


Espectáculos nos Largos do Senado e do Mercado do Iao Hon

Nos dias 26 e 27 de Outubro, a partir das 19h30, no Largo do Senado e nos dias 28 e 29 de Outubro, também a partir das 19h30, no Largo do Mercado de Iao Hon, actuarão o Grupo Artístico da Província de Sichuan, China e os 9 artistas convidados dos países/regiões de língua portuguesa : Ferro Gaita (Cabo Verde), Lahane (Timor-Leste), Kepemchim Kirnnam & Belinda (Goa, Damão e Díu), Muxima (Portugal), Semba Muxima (Angola), Companhia Nacional de Canto e Dança (Moçambique), Nó em Pingo D’Água (Brasil), Manecas Costa (Guiné-Bissau) e Equipson Master (São Tomé e Princípe). O objectivo destas actuações é a divulgação da música e dança tradicional lusófona e chinesa junto dos vários estratos da população de Macau e dos turistas.


Restaurante e Bares

Durante a festa do fim-de-semana os visitantes poderão deliciar-se com os sabores da gastronomia das diferentes comunidades lusófonas no restaurante intitulado “Gastronomia Lusófona”, que funcionará no Jardim Municipal do Carmo, entre as 12h00 e as 15h30 ao almoço e entre as 18h30 e as 22h30 ao jantar, nos dias 23 e 24 de Outubro e à hora do jantar do dia 22 de Outubro. Fará parte do menu do restaurante a cachupa de Cabo Verde, a feijoada do Brasil, o sarapatel de Goa, Damão e Díu, a moamba de Angola, os grelhados (frango, entrecosto, febras, sardinhas, etc.), o caldo verde, entre outros. Na Av. da Praia será instalado um quiosque/bar para fornecimento de bebidas e petiscos, o qual, funcionará entre o meio-dia e a meia-noite, no sábado e domingo e a partir das 19h00 de 6ª feira.


Rádio Carmo

Durante todo o período da festa do fim-de-semana, nas Casas-Museu da Taipa, funcionará uma “estação de rádio”, cujo objectivo é animar, acompanhar e apresentar as actividades desenvolvidas durante a festa, transmitindo música, entrevistando as personalidades, os transeuntes, os grupos musicais, relatando as actividades e apresentando os espectáculos. Esta rádio, tal como nos anos anteriores, será transmitida através de aparelhagem sonora instalada na zona do Carmo, sendo a emissão da responsabilidade de uma equipa de animadores profissionais que farão a locução em chinês, português, e inglês.


Jogos Tradicionais Portugueses

No âmbito da promoção do desporto para todos, através do reviver de actividades lúdicas praticadas nas várias regiões de Portugal, será levado a efeito duas sessões de jogos tradicionais portugueses, coordenados pela Casa de Portugal em Macau, entre as 15h00 e as 18h00 das tardes de sábado e domingo (23 e 24 de Outubro). Os Jogos populares que irão ter lugar serão a corrida de sacos, corrida de esquis, tracção à corda, jogo do burro, subida ao pau de sebo, corrida de andas, tiro às latas, entre outros. Estas actividades estão abertas à participação do público e vão contar com distribuição de prémios típicos destes jogos, nomeadamente bacalhau, garrafões e garrafas de vinho português, sardinhas enlatadas e chouriço português.


Torneios de Matraquilhos

Igualmente, coordenados pela Casa de Portugal em Macau, serão realizados dois torneios de matraquilhos (um para jovens até aos 15 anos e outro para os que têm idade superior a 16 anos). As equipas serão constituídas por 2 elementos e as inscrições decorrerão entre as 19h00 e as 24h00 do dia 22 de Outubro, 6a feira, e as 12h00 e as 16h00 do dia 23, sábado. Os jogos das eliminatórias terão início a partir das 17h00 desse mesmo dia, logo após sorteio no local. No dia seguinte, às 18h00, terão lugar as finais, seguidas da cerimónia de entrega de medalhas aos vencedores dos 2 escalões e prémios monetários aos vencedores do escalão de +16 anos (1o classificado = $800.00 ; 2o classificado = $600.00 ; 3o classificado = $400.00). Durante o período da festa estarão à disposição do público mesas de matraquilhos para se divertirem.


Torneio de Futebol de 7 da Lusofonia, por convites

Coordenado pela Associação dos Amigos de Moçambique, será realizado no dia 24 de Outubro, domingo, entre as 15h00 e as 22h00, no Campo Desportivo e Recreativo do Carmo (junto ao Quartel do Exército de Libertação da R.P.C., na RAEM). Para este torneio, cujo objectivo é o convívio entre as comunidades lusófonas residentes na RAEM, foram convidadas essas comunidades a formarem 8 equipas constituídas por elementos naturais desses países/regiões. Os quatro primeiros classificados do torneio serão premiados com taças e medalhas. A cerimónia de entrega de prémios terá lugar às 22h00, logo a seguir ao jogo da final.


Simulador do Grande Prémio

Entre as 19h00 e as 22h00 do dia 22 de Outubro e as 14h00 e 20h00 dos dias 23 e 24 de Outubro, os Serviços de Turismo de Macau colocarão à disposição do público, nas Casas-Museu da Taipa, um simulador de um automóvel de corrida para que os visitantes possam sentir as emoções fortes do Circuito da Guia, onde se irá realizar o 57º Grande Prémio de Macau, de 18 a 21 de Novembro do corrente ano.


Passeios de Pónei para Crianças

Patrocinado e coordenado pelo Jockey Clube de Macau, nas tardes de 23 e 24 de Outubro, entre as 15h00 e as 18h00, nas Casas-Museu da Taipa, estarão à disposição das crianças dois póneis, para curtos passeios e sessões fotográficas.


Insufláveis Gigantes

No período da tarde, entre as 14h00 e as 17h00, dos dias 23 e 24/10, nas Casas-Museu da Taipa, estará à disposição das crianças, entre os 3 e os 6 anos, um insuflável gigante para se divertirem.


Concurso de Fotografias sobre o evento

Com a colaboração da Associação de Fotografia Digital de Macau, este concurso está aberto a todos os amadores da fotografia. Não haverá limites do número de fotografias a serem submetidas a concurso e cujo prazo de entrega das obras será a 19 de Novembro. Os vencedores do concurso receberão taças e prémios monetários. No mês de Dezembro próximo será realizada uma Exposição das Fotografias premiadas do Concurso.


Para quem queira mais informação, leiam aqui o PDF do programa, em Chinês e em Português:

http://www.iacm.gov.mo/ShowFile.ashx?p=scrweb/Activities/634218975632536.pdf


Para ver imagens dos grupos e das várias actividades clique neste link:

http://www.iacm.gov.mo/ShowFile.ashx?p=scrweb/Activities/634218795399508.pdf

Em Memória de Henrique de Senna Fernandes

65102_477589016741_757966741_6699273_3837502_nAs exéquias fúnebres em memória de Henrique de Senna Fernandes vão ter lugar a partir de Sexta-feira como se descreve a seguir segundo informação da família para os interessados em participar nas últimas homenagens a este homem bom:

Dia 8 de Outubro, Sexta-feira, a partir das 17h00 na Casa Mortuária da Diocese (frente ao Canídromo) com orações e velório, sem missa.

No dia 9 de Outubro, Sábado, às 11h00, na Igreja de S. Lázaro, Missa de corpo presente. Depois da homilia, corpo seguirá para o Continente, onde será cremado.

No dia 10 de Outubro, Domingo, pelas 18h00 na Sé Catedral, Missa do sétimo dia.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Não há foto da bandeira monárquica no Consulado?

Para animar as hostes aqui em Macau, no Dia da República alguns monárquicos (suponhamos) decidiram hastear a bandeira azul e branca no mastro do Consulado Geral de Portugal em Macau! Logo num dia em que o nosso ilustre representante diplomático, o Senhor Cansado, estava ausente em Hong Kong!

Dia feriado em Portugal, logo também assinalado no Consulado de Macau, pelo que o representante de Portugal foi à ex-colónia britânica passear oficialmente!

A brincadeira, por se tratar de violação de espaço privado, não teve graça nenhuma. Mas, por outro lado, até veio animar um dia que em Macau já nem sequer é assinalado pelas nossas autoridades!

Pena não haver fotografias do ensejo que foi comunicado à Lusa por mensagem de telemóvel (logo deverá haver um número que a Lusa deve guardar ao abrigo da confidencialidade das fontes jornalísticas!) e mais tarde confirmado pelo nosso Cônsul que adiantou que a situação foi rapidamente resolvida.

Deixa-me curioso como pode uma pessoa entrar no perímetro do consulado sem que seja detectado!


Aqui o despacho da Lusa.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

o lixo em Macau

O lixo em Macau está cada vez a ficar mais amontoado. Seja pela falta de eficácia da companhia concessionária, seja por este tipo de pessoas que diariamente o rebuscam na procura de ganha-pão. Não querendo ser insensível, acredito existirem coimas para quem pratica este tipo de actividade mas será que alguém alguma vez foi autuado? E, se o foi, será que é civicamente moral fazê-lo? Acredito que quem se vê obrigado a vasculhar lixo não o faça por vontade própria, fá-lo por pura necessidade porque a sociedade onde vive não lhe proporciona as condições mínimas necessárias para a sua sobrevivência. Onde anda o Estado Social de Macau? Ou melhor, como anda…

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Henrique de Senna Fernandes deixou-nos

Um dos grandes vultos da escrita portuguesa deixou-nos com uma grande obra. Partiu do nosso convívio mas deixou para trás milhares de páginas e histórias inesquecíveis. Henrique de Senna Fernandes morreu, a literatura de língua portuguesa ficou mais pobre.

Transcrevo aqui a descrição do Homem e da sua obra pela editora Gryphus.

http://www.gryphus.com.br/autor_sseena%20fernandez.html

“Henrique de Senna Fernandes é a personificação da Macau do século XX. Nascido em 1923, neste pequeno enclave na foz do Rio das Pérolas, acompanhou de perto a transição deste território sob administração de Portugal desde 1557 até o arriar da bandeira portuguesa, em 19 de dezembro de 1999, quando Macau se tornou uma Região Administrativa Especial da República Popular da China. Com mais de 400 anos de História, foi o primeiro entreposto e a última colônia européia na China.

Filho de uma das mais antigas e ilustres famílias macaenses, Henrique de Senna Fernandes teceu uma vida próspera e confortável com os seus 11 irmãos até o início da Segunda Guerra Mundial na Ásia, quando o pai perdeu a fortuna na Bolsa de Hong Kong, e a família teve de procurar abrigo em Macau, fugindo ao avanço japonês. Passou por um período de miséria terrível e sofreu discriminação social. Não obstante, sua determinação em não vergar perante as intempéries dessa vida no limite, fortaleceu o talento para a escrita. E é nele que a Macau dos anos 30, 40 e 50 encontra um legítimo testemunho, através de livros como Nam Van – Contos de Macau e Amor e Dedinhos de Pé. .

A mulher – e as suas múltiplas facetas – é o tema central da obra de Henrique de Senna Fernandes, e o amor, a sua natural conseqüência, envolvendo com freqüência uma moça chinesa e uma rapaz macaense. De alguma forma, há referências autobiográficas em seus livros. Também ele, o orgulho de uma família tradicional macaense, amou e casou-se com uma bela mulher chinesa, desafiando as convenções de uma cidade pequena e conservadora.

Estudou Direito em Coimbra, tornou-se advogado, regressou e montou escritório, apenas para conseguir independência financeira. Sua verdadeira vocação foi sempre escrever e ensinar.

Filho incondicional da sua terra, sempre teve (e ainda tem) orgulho das raízes portuguesas. “Se Portugal é a minha pátria, Macau é a minha mátria”, gosta de dizer.”


Aqui fica a sua página no Facebook

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Hong Kong vs Macau

The biggest difference.
In Hong Kong: Should there be any disparity between the Chinese and the English versions, the English version should prevail.
In Macau: Should there be any disparity between the Chinese and the Portuguese versions, the Chinese version should prevail.

A grande diferença.
Em Hong Kong: Caso se registe alguma disparidade entre a versão Chinesa e Inglesa, prevalece a versão Inglesa.
Em Macau: Caso se registe alguma disparidade entre a versão Chinesa e Portuguesa, prevalece a versão Chinesa.

domingo, 3 de outubro de 2010

Um carro por família?

capa_lrgOS problemas de trânsito são cada vez mais uma realidade para a população de Macau. O constante aumento do número de veículos motorizados, sejam eles de duas, três, ou mais rodas, está a tornar as ruas do território intransitáveis. Tal aumento faz crescer a preocupação nos cidadãos relativamente à sua segurança como peões. Os acidentes envolvendo transeuntes e automóveis ou veículos de duas rodas vão-se registando diariamente e cada vez mais graves. Pelo que, caso não seja feito nada para impedir este aumento desenfreado do número de veículos a circular nas ruas do território, em breve teremos menos quilómetros de estrada do que os necessários para manter todos os veículos em circulação ao mesmo tempo.

Macau, sendo um local com manifesta falta de espaço, tem de implementar regras para aquisição de veículos. Este tema é por demais polémico, mas não o serão todas as medidas que levem à regulação da vida em sociedade? Há que ter coragem e avançar com medidas, porventura, impopulares, mas necessárias para se resolver definitivamente este tipo de problemas. Num espaço como este onde vivemos, a limitação do número de veículos por agregado familiar poderá ser a solução mais adequada.

Para uma família com o máximo de dois filhos, havendo duas cartas de condução (de automóvel e de motorizada), o limite de um automóvel e um veículo motorizado de duas rodas poderia ser um bom começo. Nunca de dois automóveis ou de duas motorizadas. No caso de existirem mais de dois adultos na família, o limite de veículos motorizados de duas rodas subiria para dois. Para ter direito a possuir dois automóveis, a família deveria ser composta por mais de cinco pessoas, visto que a capacidade de um automóvel é essa mesmo, cinco lugares. Sendo que o segundo automóvel poderia ser de dois ou mais lugares.

Pessoalmente, conheço famílias que possuem mais de dois veículos por pessoa!

A restrição dos direitos, neste caso o direito à propriedade, é sempre uma questão muito sensível e que leva a queixas e alarme. No entanto, estando Macau num beco sem saída, uma solução tem de ser encontrada para que, pelo menos temporariamente, se possa atenuar o problema.

O que aí vem

O Governo anunciou uma série de medidas relacionadas com o sistema de transportes públicos, mas se estas medidas não forem acompanhadas de outras que restrinjam o uso de veículos particulares, os autocarros e o futuro metro ligeiro vão continuar a andar meios cheios e as ruas cheias de carros.

Os transportes públicos existentes, nomeadamente os autocarros nas carreiras mais utilizadas, andam quase sempre lotados, pelo que a solução aqui aparenta ser ainda mais difícil. Aumentar o número de frequências só irá meter mais veículos nas estradas, entrando-se assim num ciclo vicioso.

O anunciado metro ligeiro, por muito eficiente que venha a ser, nunca irá fazer com que os cidadãos deixem os carros em casa. A não ser que seja construída uma estação na entrada de cada prédio. A verdade é que o ser humano é comodista e se tiver a oportunidade de conduzir o seu veículo de casa para o trabalho, não lhe passará pela cabeça andar cem ou duzentos metros para ir de metro ligeiro.

A introdução de parquímetros em todo o lado, apesar de ter sido bem intencionada, veio criar mais problemas do que soluções, porque quem estacionava os seus carros nos lugares não pagos vê-se agora obrigado a ter de proceder ao pagamento de duas em duas, ou de cinco em cinco horas. Perante esta obrigação muitos foram os que decidiram passar a conduzir os seus veículos diariamente para o local de trabalho onde, com menos esforço, podem proceder ao pagamento horário. A rotatividade dos lugares de estacionamento terá sido alcançada, mas foi-o à custa da sobrecarga das vias públicas.

Meios fracassos

O recurso ao investimento em serviços de transporte em massa pode resultar e é isso que o Governo espera. Contudo, se isto for feito sem restrições severas sobre o uso de veículos particulares, temo que seja uma decisão votada ao fracasso e ao esbanjamento de dinheiros públicos.

Os exemplos abundam em cidades ao redor de Macau. Hong Kong tem um dos sistemas de metro mais eficientes do mundo; no entanto, o tráfego à superfície é caótico e os níveis de poluição devido aos fumos de escape cada vez piores. Kuala Lumpur, na Malásia, tem um dos sistemas de metro elevado, o «monorail», que apesar de ter vindo a contribuir muito para o desanuviamento do trânsito em algumas artérias da cidade, não conseguiu diminuir o uso de veículos particulares. O terceiro exemplo é o de Banguecoque, que com o «Skytrain» pensava resolver o problema da deslocação de mais de um milhão de pessoas diariamente da periferia para o centro da cidade. É verdade que a capital tailandesa muito ganhou com a criação do sistema elevado de metro ligeiro, mas tal não se reflectiu na diminuição do número de veículos a circular nas estradas. O trânsito continua tão ou mais caótico do que antes!

Macau tem de olhar e aprender, antes de implementar medidas que, no futuro, serão difíceis de alterar.

PubEd

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