Como blog estaremos aqui para escrever as nossas opiniões, observações e para que quem nos visite deixe também as suas. Tentaremos, dentro das possibilidades, manter este local actualizado com o que vai acontecendo à nossa volta em Macau e um pouco em todo o lado...

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

FIMM merece mais promoção

É TRISTE saber que se gastam milhões em espectáculos musicais e artísticos e depois se descuida a sua promoção.

Há 24 anos que o Festival Internacional de Música de Macau (FIMM) se assume como o grande cartaz cultural (no campo musical) do território. Uma incitativa que tem tido todo o apoio do Executivo e que, de ano para ano, tem visto o seu programa melhorar substancialmente.

Ponto assente, desde sempre, é o carácter ecléctico dos estilos participantes, havendo representantes de um grande leque de vertentes musicais: música clássica, moderna e popular. De ano para ano, a organização tenta inovar e trazer novas apostas.

Aparte polémicas relacionadas com o facto do director artístico privilegiar artistas que são representados pelos seus amigos ou pela sua própria empresa, a verdade é que o Festival tem sempre uma oferta de nível internacional. Claro que há sempre lugar para melhorias. E hoje quero salientar pelo menos uma delas.

No tocante à promoção, muito ficou por fazer. Tomemos como exemplo o concerto do mais sonante grupo vindo de Portugal, os «Blasted Mechanism». Actuaram no dia 1 de Novembro, pelas 20 horas, junto dos Lagos Nan Vam, mas, mesmo entre a comunidade portuguesa, havia muita gente que nada sabia. No seio da comunidade chinesa local, muitos nem sequer sabiam do Festival em si, quanto mais do concerto da mais conceituada banda portuguesa da actualidade.

Quer se goste, quer não, do estilo musical, a verdade é que os «Blasted Mechanism» são, de momento, a banda portuguesa mais conhecida no estrangeiro. Aliás, julgo até que devem ser mais conhecidos no estrangeiro do que naquele rectângulo a que nos habituámos a chamar «ocidental praia lusitana». A sua legião de fãs a nível mundial é fácil de compreender, visto que na maioria das suas músicas impera a língua inglesa. Na Ásia, apesar de nunca aqui terem actuado anteriormente, têm um grande grupo de seguidores, especialmente em países onde o estilo musical que apresentam está mais enraizado, casos do Japão, Coreia do Sul, Singapura e Filipinas.

Foi aqui que falhou a promoção. O FIMM, apesar de ser um festival para Macau, merece ser internacional (como se apresenta no nome) e ser promovido «lá fora». Se a promoção deste tipo de grupos, que potencialmente terão mais seguidores no estrangeiro do que em Macau, fosse bem feita, o Festival, certamente, atrairia mais turistas estrangeiros a visitar Macau nesta ocasião.

Se o Grande Prémio de Macau, o grande cartaz do desporto motorizado do território, merece promoção na BBC e em outros canais internacionais, porque não o FIMM, destacando o que de melhor se apresenta no cartaz para esse ano?

Um programa que custa milhões, que nos traz a Opera Australia, que actuou no encerramento do Festival, ou a orquestra Gürzenich, de Colónia, e o virtuoso pianista chinês, Yundi Li, merece muito mais promoção, tanto dentro de portas, como no exterior, porque tem, de facto, capacidade de atrair amantes de música a deslocarem-se a Macau.

Havendo milhões para trazer todo o vasto leque de artistas e havendo quem sabe fazer boa promoção, não se compreende que este aspecto essencial da organização de um evento desta envergadura seja descurado.

Vamos esperar pelo próximo ano, para ver se melhora. Estaremos atentos, assim como toda a população da RAEM.

Ouvidos moucos

Hoje li um dos pseudo-intelectuais locais a insurgir-se contra a satisfação dos moradores de Macau relativamente à possível abertura das fronteiras terrestres com a China durante 24 horas. Afirmava que tal decisão iria meter em causa toda a economia local, visto que se teria acesso, a toda a hora, aos mesmos produtos a preços mais reduzidos! Já não temos com a mesma aberta das 7 à meia noite?

Não digo que tal não possa acontecer. Nessa situação, claro, seria o mercado a funcionar, com os clientes a procurarem aquilo que mais lhes convém. Aos comerciantes resta-lhes tornarem-se competitivos e encontrar formas de “lutar” contra os concorrentes do outro lado da fronteira.

No entanto, o problema que leva tal pensador pouco em sintonia com a realidade local de 2010, parece nem se levantar.

O que se fala, há já muitos anos, acerca da abertura das fronteiras (das Portas do Cerco entenda-se) não deverá passar do papel para já. O que se fala em Pequim, e estará prestes a ser anunciado como prenda de novo ano, é sim a abertura da fronteira de Flor de Lotus que liga à Ilha da Montanha. Aliás, parece mesmo que os condutores de Macau vão passar a ser autorizados a conduzir na Ilha da Montanha, passando a Ponte Flor de Lotus com os carros de Macau e sem terem de recorrer a matrícula ou carta de condução chinesa. Alias, como confessam alguns, é apenas um voltar às origens visto que Hengqin era parte dos domínios de Macau há muitos anos.

A separação seria feita na ponte que liga à Lapa.

Sinceramente há pessoas que mais valia estar caladas em vez de andarem a “xxxxx” postas de pescada.

Janis Joplin - Try (just a little bit harder)

This weekend will leave music... instead of readings...
Enjoy this voice...
Unforgetable

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Algo esta mal

Published with Blogger-droid v1.6.3

NaE's kitchen A Cozinha da NaE

NaE's kitchen A Cozinha da NaE
Visite... Visitem...