Como blog estaremos aqui para escrever as nossas opiniões, observações e para que quem nos visite deixe também as suas. Tentaremos, dentro das possibilidades, manter este local actualizado com o que vai acontecendo à nossa volta em Macau e um pouco em todo o lado...

quarta-feira, 15 de maio de 2013

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Joao Gomes

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Hong Kong abafa manifestação

COM o passar dos anos habituámo-nos a olhar para Hong Kong como um local de referência, imitado especialmente pelo nosso Governo em tudo, mesmo nas coisas más! O último exemplo de «copismo» do nosso Executivo é a decisão de se legislar acerca da segurança dos elevadores, depois de Hong Kong ter registado um grave acidente há uns meses.

Mas de Hong Kong não vêm apenas bons exemplos. Recentemente, mais precisamente no dia 30 de Abril, registou-se uma manifestação nas ruas da ex-colónia britânica, com a participação de milhares de pessoas ligadas ao sector da náutica, que nem sequer foi referida na Comunicação Social. Uma censura a todo a linha, tendo apenas sido excepção um jornal chinês de segunda linha que, passados dois dias, resolveu fazer uma pequena referência ao sucedido, mesmo que a dita manifestação tenha contado com figuras de renome de Hong Kong e tenha terminado com a entrega de um abaixo-assinado ao Executivo da RAEHK.
Este incidente ilustra o conhecido receio que os Governos de Hong Kong sempre tiveram relativamente a tudo o que se relaciona com água. Desde sempre que os Executivos da região vizinha temeram o sector ligado ao mar mas, ao contrário de Macau, ali o que mais temem é a classe baixa. Em Macau vemos o Governo a fazer tudo o que os patrões querem e a ignorar os pedidos dos que apenas recebem um salário.
Esta manifestação em Hong Kong foi «patrocinada» pelos patrões das marinas, empresas ligadas ao mar e outros sectores daqui dependentes, mas também por proprietários de barcos de recreio, membros de clubes náuticos e outros interessados que exigem que se resolva, de uma vez por todas, a questão da falta de locais para atracagem das suas embarcações, para que todos (ricos e pobres) possam usufruir da extensa orla marítima de Hong Kong em segurança. Um luxo aos olhos de muitos mas que, numa cidade como Hong Kong, é uma actividade que gera milhões para os cofres do Governo e emprega milhares de pessoas.
Paralelos foram feitos com a situação dos estivadores que, há meses, fazem barulho relativamente às suas condições de trabalho nos portos da região vizinha e que tem sido amplamente coberta pela Comunicação Social, com o Governo completamente desesperado sem saber como lidar com a situação porque não quer, de forma alguma, ferir as susceptibilidades dos trabalhadores das docas. Como se sabe, e é do conhecimento público ao longo dos séculos, as docas de Hong Kong sempre foram controladas pelas organizações criminosas que, como já aconteceu há várias décadas, se não virem as suas reivindicações atendidas, não têm qualquer repúdio em parar os portos e a cidade, criando um pandemónio a que Hong Kong não se pode arriscar. Algo que o Governo, especialmente o Governo chinês, não quer sequer ouvir falar, quanto mais ter que lidar com uma situação desse género. Daí todo o impasse e o longo período para resolver o problema.
Quanto à manifestação dos patrões e de outros interessados ligados à náutica de recreio, como não envolve os trabalhadores das docas e como são um sector, de certa forma, marginal e recente, não acolhem grande apoio ou simpatia junto da Comunicação Social e do Governo, vendo as suas reivindicações não serem atendidas. Facto que, na minha opinião, leva a que Hong Kong perca milhões tanto em ganhos directos como indirectos neste sector de actividade.
A dita manifestação foi liderada pelo deputado eleito Paul Zimmerman, que é também presidente da «Designing Hong Kong», uma organização não-governamental e sem fins lucrativos que tem como objectivo aconselhar o Executivo e fazer estudos sobre o futuro desenvolvimento físico de Hong Kong. Aliás, a iniciativa da manifestação foi do próprio Paul Zimmerman e de outras individualidades ligadas à náutica.
Felizmente, ou infelizmente, em Macau a situação ainda não chegou a esse ponto porque não temos um sector de náutica de recreio forte, nem existem grandes empresas que vendam barcos nem um sector que se dedique à sua manutenção. No entanto, ao abrigo da tão apregoada diversificação da economia, já aqui escrevi diversas vezes que esta pode ser uma das áreas que Macau pode e deve explorar.
Nos últimos tempos e a reboque da polémica com a famosa «club house» do Clube Náutico de Macau e da Marina do Lamau, falou-se do surgimento de, pelo menos, duas novas marinas e possivelmente uma terceira e mesmo uma quarta.
A marina na Doca dos Pescadores, que ao que parece já recebeu licença de operação, mas que ninguém quer falar; a Marina Pearl Harbour, que foi anunciada com pompa e circunstância, mas que nada mais se ouviu apesar de toda a fanfarra, e de uma terceira que ouvi dizer poderá nascer do lado da Taipa e que pode servir para albergar o que actualmente existe na Marina do Lamau, caso esta tenha de vir a ser encerrada se a direcção do Clube Náutico de Macau não resolver o novelo de problemas em que se envolveu. A quarta aponta a nova ilha onde termina a ponte Hong Kong – Zhuhai – Macau.
Tudo isto são apenas conjecturas e nada está definido mas, ao contrário de Hong Kong, espero que aqui não seja necessário as pessoas ligadas ao sector irem para a rua para fazer ouvir as suas reivindicações.
Relativamente à falta de atenção da Comunicação Social, em Macau não nos podemos queixar, visto que todos os assuntos ligados às marinas e à actividade a si relacionada tem merecido cobertura e atenção em formatos adequados. Será que é chegado o momento de Hong Kong nos copiar?

NaE's kitchen A Cozinha da NaE

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