Como blog estaremos aqui para escrever as nossas opiniões, observações e para que quem nos visite deixe também as suas. Tentaremos, dentro das possibilidades, manter este local actualizado com o que vai acontecendo à nossa volta em Macau e um pouco em todo o lado...

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Até à vista, TAP!

ATÉ apetece dizer: finalmente, a Transportadora Área Portuguesa (TAP) saiu de Macau! Porque será que ninguém se manifesta surprendido com tal decisão?
A posição da TAP, que juntamente com o Banco Nacional Ultramarino detinham a «holding SEAP», que por sua vez detinha 0,1 por cento do capital da Air Macau, foi sempre de que não era uma instituição de caridade e que não compactuava com investimentos que só davam prejuízo.
Como se sabe, a Air Macau nunca deu lucro. Por muitas manobras que fizessem na apresentação de resultados, o saldo era, ano após ano, negativo. Chegando mesmo, salvo erro no ano passado ou há dois anos, a ultrapassar o valor do capital social, o que em termos financeiros não me parece ser muito bom sinal. Isto, mesmo para mim, que nem percebo nada de Economia!
Agora fica a companhia nas mãos do Governo e da Air China e de outros pequenos investidores. Ou seja, finalmente é uma empresa local e continuará a ser financiada pelo dinheiro dos impostos de Macau e tudo continuará como dantes. A única diferença é que a participação portuguesa numa das empresas estratégicas do território desaparece, ficando assim o poder de negociação mais reduzido, se bem que 0,1 por cento pouco significativo era, e tal viu-se quando se opuseram à decisão do aumento do capital social proposto pelos outros accionistas.
Com a saída da TAP, as esperanças que ainda havia de voltarmos a ter ligações entre a capital portuguesa e o Oriente (a opção que mais apoio reunia entre os cidadãos lusos era a da reactivação da ligação Macau-Banguecoque-Lisboa) desvanecem-se por completo. No entanto, o aspecto que realmente me deixa preocupado é o do uso da língua portuguesa. Pensando melhor, não se trata propriamente de um problema. Afinal, a língua portuguesa já não fazia parte da Air Macau há muitos anos! Basta consultar a página electrónica da empresa, para tal constatar. A dita existe em várias línguas asiáticas e em inglês. Assim como a comunicação da empresa com o exterior e com os passageiros, num completo atropelo à Lei Básica e às suas raízes culturais. Mas quem somos nós para nos queixarmos? Afinal, temos aquilo que criámos e tal vinha sendo prática, mesmo quando eram os portugueses que decidiam as estratégias do grupo!
Este problema, porém, não se restringe apenas à Air Macau. Outras empresas, com capitais estatais portugueses, ignoram o uso de uma das línguas oficiais da RAEM (o Português), mesmo sendo esta a língua oficial do país que nelas investe. A ADA (Administração de Aeroportos), cujos 49 por cento do capital pertencem à ANA – Aeroportos de Portugal, apenas usa o português na sua denominação oficial. E mesmo aqui só aparece depois da denominação em inglês, ao contrário do que aconselham as conservatórias de registo comercial que, quando se quer denominar uma nova entidade com termo inglês, indicam que tem de ter também denominação em Chinês e Português (por esta ordem)
Outra empresa ligada ao aeroporto, a CAM (Sociedade do Aeroporto Internacional de Macau), – cujo accionista maioritário é o Governo de Macau (detém 55,4 por cento, sendo o restante detido pela STDM e outros accionistas), – publicou na imprensa local portuguesa um anúncio apenas em inglês, relativo ao concurso para concessão da exploração de cafeteria no aeroporto. No entanto, esta companhia apresenta o seu «website» nas duas línguas oficiais da RAEM, além do inglês.
A saída da TAP de Macau só vem, pois, aprofundar ainda mais o desapego existente, por parte de Portugal, em relação a Macau. E sendo o Português uma das línguas oficiais, se não houver um empenho por parte das autoridades do país que para aqui trouxe esta língua, ela mais rapidamente desaparecerá.
E isso, em minha opinião, deverá começar pelo exemplo das empresas em que o Estado português detém capital, directa ou indirectamente. Felizmente, em Macau ainda há algumas empresas nas quais isso acontece.
Não resta qualquer dúvida de que só com um emprenho real por parte de Lisboa e um apoio manifesto à RAEM e a quem aqui reside, se pode esperar que a língua se mantenha e prospere.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

A cozinha da NaE com mais receitas

Para quem não tem acompanhado assiduamente o blog da NaE, quero-vos dizer que ela tem publicado, quase diariamente, novas receitas de comida tailandesa (em tailandês, inglês e português).
O número de visitantes tem subido de dia para dia, assim como o número de fans na página no Facebook (actualmente conta já com 223).
Deixo agora uma lista, para quem tem andado mais ocupado, das receitas publicadas desde a última referência no PubEd (26 de Abril de 2010).

No dia 27 de Abril - Sopa de massa com carne de vaca
No dia 28 de Abril - Salada de espinaça de água frita
No dia 29 de Abril - Peixe frito com molho doce
No dia 30 de Abril - Batido de morango e laranja
No dia 3 de Maio - Abóbora frita com ovo
No dia 4 de Maio - Biscoitos de duplo chocolate com pepitas
No dia 5 de Maio –Pato assado com caril vermelho
No dia 6 de Maio - Gambas cozidas com molho de marisco
No dia 7 de Maio - Galinha com molho em arroz (Khao Na Gai)
No dia 10 de Maio - Espinaça d’água frita com pasta de soja
No dia 11 de Maio - Amêijoas com pasta de piripíri
No dia 12 de Maio - Esparguete com carapau seco e couve chinesa
No dia 13 de Maio - Fruto de palmeira com calda


Visitem, comentem e, se tiverem dúvidas acerca das receitas ou dificuldades em encontrar alguns dos ingredientes perguntem que a Nae aconselhará substitutos.

NaE's kitchen A Cozinha da NaE

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