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Como blog estaremos aqui para escrever as nossas opiniões, observações e para que quem nos visite deixe também as suas. Tentaremos, dentro das possibilidades, manter este local actualizado com o que vai acontecendo à nossa volta em Macau e um pouco em todo o lado...
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
Patinar no mesmo sítio
UMA selecção de Macau participou, mais uma vez, num campeonato do mundo e voltou a elevar bem alto o nome desta terra. No entanto, apesar de ser das poucas representantes do território que, invariavelmente, lhe traz medalhas e prestígio desportivamente «lá fora», é das que menos apoio oficial recebe. Falo, como já devem ter percebido, da selecção de hóquei patinado de Macau, que é comandada por Alberto Lisboa e que acabou de participar no Campeonato do Mundo B, tendo ficado em quinto lugar.
Dá pena ouvir os jogadores e seleccionador falarem apaixonadamente da modalidade e do empenho que mostram para honrar a camisola que vestem por esses países fora. Faz-nos sentir mal, porque se sabe que dentro de portas, a nível oficial, ninguém lhes dá o valor devido. Não se percebe, sendo esta selecção a única (se não a única, poucas mais haverá) a trazer medalhas mundiais e regionais para o território. Macau ficou em quarto lugar a nível mundial B, por duas vezes, em 2004 e 2006, tendo marcado presença, pela primeira vez, no Campeonato Mundial A (onde figuram todas as potências mundiais do hóquei patinado, como Portugal, Espanha e Itália), em 2005, na cidade de São José da Califórnia (Estados Unidos da América).
Ganharam o campeonato asiático em 1987, 91, 97, 2004, 2005, 2007 e este ano (2010), em Dalian. Nos anos em que não trouxeram a medalha de ouro asiática trouxeram a de prata.
Contam-se pelos dedos de uma das mãos o número de campeões que Macau pode apresentar com um palmarés como o da equipa de hóquei em patins, pelo que esta modalidade é, sem qualquer sombra de dúvida, a que maior prestígio nos traz.
Ano após ano, participam no Campeonato Mundial B, ficando sempre nos lugares cimeiros. A nível asiático são a potência da modalidade, sem terem concorrentes à altura.
Incompreensivelmente os responsáveis desportivos continuam a ignorá-los e a dar-lhes pouco apoio. Ainda antes deste mundial, que agora terminou na Áustria, poucos treinos puderam fazer, porque em Macau não têm um espaço onde possam treinar condignamente.
Não gosto de fazer comparações, mas neste caso tem mesmo de ser. Vejamos a selecção de futebol sub-21, patrocinada pelas autoridades governamentais, onde se injectam em todas as vertentes milhares de patacas anualmente e nem no campeonato local conseguem resultados positivos. Basta olhar para a tabela da competição em que participam para ver do que falo. Não se trata de má vontade ou de má-língua; são apenas factos. A selecção de futebol conta com todo o apoio, tendo mesmo em alguns períodos tido treinadores «importados», mas os resultados em nada elevam a imagem da RAEM. Ora, a selecção de hóquei em patins participa em competições internacionais de alto nível, traz títulos e coloca a bandeira do território bem alto, e nada mais recebe do que algum apoio logístico institucional.
Faltam-lhes condições de treino, locais onde possam praticar e estagiar antes das grandes competições, assim como lhes falta apoio no que diz respeito a tudo o que envolve a prática do desporto.
É altura dos responsáveis do desporto local, e também as empresas privadas, porque a elas também lhes cabe uma quota-parte da promoção da educação dos jovens locais, olharem para esta modalidade com olhos interessados e darem-lhes as condições que reclamam desde sempre. Não pedem tratamento preferencial; querem apenas ter um local onde patinar, sem estar dependentes de outras modalidades e terem todo o apoio que atletas de alta competição merecem ter.
Macau precisa de manter o seu hóquei patinado. Apesar de não perceber muito de desporto, penso que incluí-lo como modalidade escolar no território seria um importantíssimo passo para assegurar novos jogadores no futuro. Assegurava-se o futuro da modalidade e o próprio campeonato interno, caso se promovesse o hóquei como desporto, pelo menos nas escolas públicas da RAEM.
Sendo Macau um local de pequenas dimensões, penso que faria mais sentido apostar neste desporto, que precisa de menos praticantes, do que optar por modalidades que precisam de um grande número de atletas e de grandes espaços livres.
Dá pena ouvir os jogadores e seleccionador falarem apaixonadamente da modalidade e do empenho que mostram para honrar a camisola que vestem por esses países fora. Faz-nos sentir mal, porque se sabe que dentro de portas, a nível oficial, ninguém lhes dá o valor devido. Não se percebe, sendo esta selecção a única (se não a única, poucas mais haverá) a trazer medalhas mundiais e regionais para o território. Macau ficou em quarto lugar a nível mundial B, por duas vezes, em 2004 e 2006, tendo marcado presença, pela primeira vez, no Campeonato Mundial A (onde figuram todas as potências mundiais do hóquei patinado, como Portugal, Espanha e Itália), em 2005, na cidade de São José da Califórnia (Estados Unidos da América).
Ganharam o campeonato asiático em 1987, 91, 97, 2004, 2005, 2007 e este ano (2010), em Dalian. Nos anos em que não trouxeram a medalha de ouro asiática trouxeram a de prata.
Contam-se pelos dedos de uma das mãos o número de campeões que Macau pode apresentar com um palmarés como o da equipa de hóquei em patins, pelo que esta modalidade é, sem qualquer sombra de dúvida, a que maior prestígio nos traz.
Ano após ano, participam no Campeonato Mundial B, ficando sempre nos lugares cimeiros. A nível asiático são a potência da modalidade, sem terem concorrentes à altura.
Incompreensivelmente os responsáveis desportivos continuam a ignorá-los e a dar-lhes pouco apoio. Ainda antes deste mundial, que agora terminou na Áustria, poucos treinos puderam fazer, porque em Macau não têm um espaço onde possam treinar condignamente.
Não gosto de fazer comparações, mas neste caso tem mesmo de ser. Vejamos a selecção de futebol sub-21, patrocinada pelas autoridades governamentais, onde se injectam em todas as vertentes milhares de patacas anualmente e nem no campeonato local conseguem resultados positivos. Basta olhar para a tabela da competição em que participam para ver do que falo. Não se trata de má vontade ou de má-língua; são apenas factos. A selecção de futebol conta com todo o apoio, tendo mesmo em alguns períodos tido treinadores «importados», mas os resultados em nada elevam a imagem da RAEM. Ora, a selecção de hóquei em patins participa em competições internacionais de alto nível, traz títulos e coloca a bandeira do território bem alto, e nada mais recebe do que algum apoio logístico institucional.
Faltam-lhes condições de treino, locais onde possam praticar e estagiar antes das grandes competições, assim como lhes falta apoio no que diz respeito a tudo o que envolve a prática do desporto.
É altura dos responsáveis do desporto local, e também as empresas privadas, porque a elas também lhes cabe uma quota-parte da promoção da educação dos jovens locais, olharem para esta modalidade com olhos interessados e darem-lhes as condições que reclamam desde sempre. Não pedem tratamento preferencial; querem apenas ter um local onde patinar, sem estar dependentes de outras modalidades e terem todo o apoio que atletas de alta competição merecem ter.
Macau precisa de manter o seu hóquei patinado. Apesar de não perceber muito de desporto, penso que incluí-lo como modalidade escolar no território seria um importantíssimo passo para assegurar novos jogadores no futuro. Assegurava-se o futuro da modalidade e o próprio campeonato interno, caso se promovesse o hóquei como desporto, pelo menos nas escolas públicas da RAEM.
Sendo Macau um local de pequenas dimensões, penso que faria mais sentido apostar neste desporto, que precisa de menos praticantes, do que optar por modalidades que precisam de um grande número de atletas e de grandes espaços livres.
A ler num dia de chuva
Não queria deixar passar esta sexta-feira sem deixar algumas sugestões de leitura de fim-de-semana.
Com um tempo pouco convidativo para actividades ao ar livre, apesar de eu estar com uma pescaria combinada para amanhã, aproveito para sugerir que leiam e se informem acerca da última vinda de Tóquio. A Pizza Domino's (a rival da Pizza Hut que ainda não chegou a Macau) está a oferecer um salário de 248 mil lecas por hora (sim, é isso mesmo, 31000 dólares do tio Sam) a quem se candidatar a um emprego para os seus restaurantes. A vaga é apenas uma e não se especifica os termos exactos do contrato. No entanto, vale a pena tentar. Para tal basta candidatar-se na página da empresa no Japão. Claro, isto não será mais do que uma campanha publicitária. Afinal ficará mais barato do que pagar uma campanha a sério!
Leiam em inglês o restante artigo.
Ainda do Japão, a empresa dona da popular Hello Kitty está de armas prontas para a Guerra dos Direitos de Autor. Insurgiram-se contra uma ordem do tribunal de Amesterdão, que tinha dito que a imagem da coelhinha Cathy (ao que parece um amiga inseparável de Hello Kitty – as coisas que se aprendem!) era demasiado parecida com a do, também coelho, Miffy, do imaginário popular holandês! A SanRio, empresa proprietária dos direitos da Cathy, não aceita tal veredicto! A acompanhar com atenção esta guerra fofa…
Agora duas notícias que, a chegarem a Macau, vão deixar muitas pessoas de sobrancelha franzida.
Imaginem que alguma alma esperta do executivo, nesta cruzada sem piedade contra os fumadores, se lembra de importar esta ideia para a terrinha!
Em Inglaterra, os funcionários judiciais que queiram fazer uma pausa para o cigarro, vão ter de começar a compensá-la. A ordem foi aprovada recentemente e está já em vigor! Pica para começar a fumar, pica para voltar a trabalhar… todos os segundos contam!
Vou esperar para ver…
E, a fechar, acabaram-se os brindes para as crianças no McDonalds! São Francisco, nos Estados Unidos, foi a primeira cidade a decidir proibir a empresa de hambúrgueres de entregar brinquedos juntamente com as refeições direccionadas ao público mais jovem. A medida vai começar a ser aplicada a 1 de Dezembro de 2011. Isto não abrange somente a McDonalds claro! A medida aplica-se a todos os locais onde, juntamente com refeições pouco saudáveis para crianças, sejam oferecidos brindes como forma de os cativar.
Ah pois… acabaram-se as colecções nos tabliers dos carros em Macau!
Leia aqui…
Com um tempo pouco convidativo para actividades ao ar livre, apesar de eu estar com uma pescaria combinada para amanhã, aproveito para sugerir que leiam e se informem acerca da última vinda de Tóquio. A Pizza Domino's (a rival da Pizza Hut que ainda não chegou a Macau) está a oferecer um salário de 248 mil lecas por hora (sim, é isso mesmo, 31000 dólares do tio Sam) a quem se candidatar a um emprego para os seus restaurantes. A vaga é apenas uma e não se especifica os termos exactos do contrato. No entanto, vale a pena tentar. Para tal basta candidatar-se na página da empresa no Japão. Claro, isto não será mais do que uma campanha publicitária. Afinal ficará mais barato do que pagar uma campanha a sério!
Leiam em inglês o restante artigo.
Ainda do Japão, a empresa dona da popular Hello Kitty está de armas prontas para a Guerra dos Direitos de Autor. Insurgiram-se contra uma ordem do tribunal de Amesterdão, que tinha dito que a imagem da coelhinha Cathy (ao que parece um amiga inseparável de Hello Kitty – as coisas que se aprendem!) era demasiado parecida com a do, também coelho, Miffy, do imaginário popular holandês! A SanRio, empresa proprietária dos direitos da Cathy, não aceita tal veredicto! A acompanhar com atenção esta guerra fofa…
Agora duas notícias que, a chegarem a Macau, vão deixar muitas pessoas de sobrancelha franzida.
Imaginem que alguma alma esperta do executivo, nesta cruzada sem piedade contra os fumadores, se lembra de importar esta ideia para a terrinha!
Em Inglaterra, os funcionários judiciais que queiram fazer uma pausa para o cigarro, vão ter de começar a compensá-la. A ordem foi aprovada recentemente e está já em vigor! Pica para começar a fumar, pica para voltar a trabalhar… todos os segundos contam!
Vou esperar para ver…
E, a fechar, acabaram-se os brindes para as crianças no McDonalds! São Francisco, nos Estados Unidos, foi a primeira cidade a decidir proibir a empresa de hambúrgueres de entregar brinquedos juntamente com as refeições direccionadas ao público mais jovem. A medida vai começar a ser aplicada a 1 de Dezembro de 2011. Isto não abrange somente a McDonalds claro! A medida aplica-se a todos os locais onde, juntamente com refeições pouco saudáveis para crianças, sejam oferecidos brindes como forma de os cativar.
Ah pois… acabaram-se as colecções nos tabliers dos carros em Macau!
Leia aqui…
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
Hu Jintao lidera Forbes
Para surpresa de muitos, ou talvez não, a pessoa mais influente do mundo é, pela primeira vez, Chinesa.
A revista Americana Forbes acaba de revelar lista das pessoas mais influentes de 2010 e o presidente Chinês ocupa, pela primeira vez, o lugar cimeiro, logo seguido do presidente Americano e o monarca saudita.
A revista Forbes descreve-o assim: “Supremo líder político do país mais populoso do mundo, exerce controlo quase ditatorial sob mais de 1,3 mil milhões de pessoas, um quinto da população do planeta. Ao contrário de seus pares ocidentais, Hu Jintao pode desviar rios, construir cidades, prender dissidentes e censurar a Internet sem a intromissão abusiva de burocratas ou dos tribunais.”
A revista Forbes descreve-o assim: “Supremo líder político do país mais populoso do mundo, exerce controlo quase ditatorial sob mais de 1,3 mil milhões de pessoas, um quinto da população do planeta. Ao contrário de seus pares ocidentais, Hu Jintao pode desviar rios, construir cidades, prender dissidentes e censurar a Internet sem a intromissão abusiva de burocratas ou dos tribunais.”
O Papa aparece em quinto lugar desta lista e o primeiro Europeu, a Chanceler da Alemanha, em sexto lugar. Li Ka-shing ocupa o 36° lugar da lista de notáveis, enquanto que o mais novo da lista, o fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, aparece a fechar o top40.
Vejam o artigo completo em inglês no Yahoo News…
Ou a lista completa a Forbes.
Um dia de chuva triste em Macau
Como é do conhecimento de todos, e para tristeza minha e de todos quantos conhecem (e mesmo quem não conhece) a família Couto e a família Saraiva, o menino Afonso sucumbiu na luta contra a doença que o afectava. Um exemplo de perseverança e de força de viver que nos deixou, tanto ele como todos quantos se esforçaram para o ver melhorar e nunca desistiram. Lutou até ao último minuto, até ao último suspiro do seu pequeno corpo mas grande em dignidade.
A cadeia de solidariedade que se gerou depois que lhe foi diagnostica a leucemia veio alertar para os perigos desta doença e para a necessidade, urgente, de haver um banco de dadores a nível mundial que inclua, universalmente, todos os países e territórios
Em Macau, até surgir este problema, tal nunca tinha sido levantado! Não que não tivessem havido outros casos de leucemia antes do Afonso, mas sim porque a consciência colectiva não estava alerta para este problema. O Afonso, a sua luta e o seu sacrifício, deixam um legado que será difícil de esquecer em todo o mundo.
Eu, sinceramente, agora espero que quem se chegou à frente, nomeadamente instituições quer aproveitaram a necessidade de promover a causa para se darem mais a conhecer, que não se esqueçam que existem outros “Afonsos” que lutam diariamente, mesmo em Macau.
Espero que esta onda de solidariedade continue, especialmente para aqueles que não tiveram a sorte de nascer num berço com tanta visibilidade mas que merecem também o esforço de todos nós. Por mim, aqui estou para o que for preciso.
Quanto às famílias Couto e Saraiva, o meu chapéu retiro, numa solene vénia de respeito pela coragem e determinação que mostraram. O esforço e dedicação de André e Graça perante a doença do seu filho merece não ser deixado ao esquecimento e deve ser continuado para que outras crianças possam beneficiar dele.
A cadeia de solidariedade que se gerou depois que lhe foi diagnostica a leucemia veio alertar para os perigos desta doença e para a necessidade, urgente, de haver um banco de dadores a nível mundial que inclua, universalmente, todos os países e territórios
Em Macau, até surgir este problema, tal nunca tinha sido levantado! Não que não tivessem havido outros casos de leucemia antes do Afonso, mas sim porque a consciência colectiva não estava alerta para este problema. O Afonso, a sua luta e o seu sacrifício, deixam um legado que será difícil de esquecer em todo o mundo.
Eu, sinceramente, agora espero que quem se chegou à frente, nomeadamente instituições quer aproveitaram a necessidade de promover a causa para se darem mais a conhecer, que não se esqueçam que existem outros “Afonsos” que lutam diariamente, mesmo em Macau.
Espero que esta onda de solidariedade continue, especialmente para aqueles que não tiveram a sorte de nascer num berço com tanta visibilidade mas que merecem também o esforço de todos nós. Por mim, aqui estou para o que for preciso.
Quanto às famílias Couto e Saraiva, o meu chapéu retiro, numa solene vénia de respeito pela coragem e determinação que mostraram. O esforço e dedicação de André e Graça perante a doença do seu filho merece não ser deixado ao esquecimento e deve ser continuado para que outras crianças possam beneficiar dele.
terça-feira, 2 de novembro de 2010
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
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