Como blog estaremos aqui para escrever as nossas opiniões, observações e para que quem nos visite deixe também as suas. Tentaremos, dentro das possibilidades, manter este local actualizado com o que vai acontecendo à nossa volta em Macau e um pouco em todo o lado...

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Campo de Férias da EPM 2009

A Escola Portugesa de Macau vai promover, pela terceira vez, o Programa "Campo de Férias".Estas actividades têm como objectivo ocupar os tempos livres das crianças, dos 6 aos 12 anos, durante as férias lectivas de uma forma lúdica mas também pedagógica.

Actividades a Desenvolver:

- Campo de Férias

- Cultura Chinesa

- Oficina de Teatro

- Danças e Andanças

- Fantasias em Feltro

- Escolinha de Futebol

- Escolinha de Ténis


Para mais informações consultar os folhetos disponíveis na Escola Portuguesa de Macau.Inscrições de 1 a 12 de Junho na Secretaria da EPM.
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terça-feira, 26 de maio de 2009

Video de Fernando Chui

Sem que me julguem partidário, quero aqui deixar um dos filmes contestatários à candidatura de Fernando Chui Sai On a Chefe do Executivo de Macau. Para mim tanto me faz ser Chui Sai On, Edmund Ho, Francis Tam ou outro qualquer. Como dizia um amigo meu, “como me posso indignar ou mesmo contestar se nem sequer posso votar!” A verdade é mesmo essa. A decisão está, antes de mais, nas mãos de Pequim e de meia dúzia de pessoas. Vejam e para uma boa risada...
Vejam o link...
Ou no post seguinte.

Ponto Final em final de semana!

Sei que é mau, mas acontece aos melhores…
Deve ser da vontade de estar de fim-de-semana.
Amigos do Ponto Final… vamos ter de esperar mais uns dias… hoje é ainda dia 26 de Maio de 2009, Terça-feira. Não é Sexta-feira, 29 de Maio de 2009 como se lê na vossa primeira!
Fica o apontamento pela sua piada. Não passa disso.
De resto, no seu interior a data estava correcta, TER 26 de Maio de 2009. De salientar que hoje publicava um excelente artigo sobre a candidatura de Fernando Chui Sai On a Chefe do Executivo e da polémica causada ontem por dois alunos do grupo anti-Chui na internet.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Um cheirinho do meu artigo

Na próxima edição d’O Clarim vai ser possível ler um artigo onde se fala do esquecimento da língua portuguesa por parte dos Serviços de Turismo de Macau. Em causa estará um painel que está visível no Largo do Senado desde há alguns dias.
“(…)É disso que se trata. Os Serviços de Turismo disponibilizam, de acordo com o cartaz escrito a três línguas e em três fachadas, cada uma com a sua língua (chinês tradicional, simplificado e inglês), visitas guiadas em mandarim (língua oficial) e inglês (língua de trabalho aceite em Macau mas não oficial).
É um tema recorrente e pode ser debatido de diversas formas. No entanto, existem princípios dos quais não poderemos, nunca, abdicar. Neste caso é possível argumentar que o público-alvo será falante de chinês (mandarim) e turistas ocidentais (que na sua maioria falam, ou dominam, o inglês). No entanto, tal não pode servir para que o português não faça parte, pelo menos, do cartaz promocional. (…)"

naTerra em newsletter

O grupo de jovens de Macau que se encontra em Timor Leste a ensinar permacultura e actividades de subsistência às populações locais publicou o primeiro newsletter para divulgar as actividades que vão desenvolvendo.
Fica a introdução constante no website do grupo. ““naTerra” é uma associação sem fins lucrativos que desenvolve projectos na área da Educação para o Desenvolvimento Sustentável. Somos uma equipa multidisciplinar que une a Educação Holística e o Design de Permacultura para criar alternativas, partilhar soluções e agir directamente com as comunidades no âmbito da sustentabilidade.
Com sede no território da RAEM e coração no mundo, “naTerra” surge como veículo social para participar activamente no que acredita ser a emergência de um novo paradigma. Em paralelo com o ritmo acelerado do desenvolvimento económico e suas consequências, grupos de pessoas unidas por valores comuns criam iniciativas sociais nos vários cantos de mundo. Através de estilos de vida alternativos apresentam soluções criativas e eficazes para questões ambientais, económicas e sociais.
A reconnecção com a Natureza, a auto-suficiência e a partilha de competências têm conduzido à implementação de muitos casos de sucesso, alcançando uma forma mais saudável de estar no mundo. Surgem como alternativas que apoiam a viabilidade económica e a criação de ecossistemas saudáveis, através da modificação de padrões de consumo e da implementação de um enquadramento social equalitário.”

Fica o website www.naterra.org

domingo, 24 de maio de 2009

Ka Hó é para os ricos

NUM passeio de fim-de-semana, decidi ir a Ká Hó.
Fazia já algum tempo que não passava por aquele típico lugar da ilha de Coloane. Desde sempre que ali encontrei algo que me atraía; nesta última passagem, porém, não tive a oportunidade de o voltar a ver. Assim, regressei a Macau desapontado.
Esta incursão naquilo que Macau tem de mais provinciano deu-me a conhecer uma alarmante realidade: a triste verdade das construções ilegais.
Os residentes da ilha de Coloane há muitas décadas tentam convencer o Governo de que têm documentos comprovativos da sua posse da terra: precisamente as chamadas escrituras em papel de seda. A verdade, porém, é que nunca ninguém as viu; daí que o Governo tem de se contentar com a «palavra» de meia dúzia de residentes.
Não pretendo aqui sacar conclusões sobre quem tem, ou não tem, razão. Nem tão pouco é meu objectivo apurar se quem alega ser dono da terra e ter esse direito assegurado numa escritura de papel de seda, está a dizer a verdade.
A realidade é simples: não existindo documentos verídicos e oficiais, os terrenos são propriedade da Região Administrativa Especial de Macau. A Lei é clara e deve ser cumprida por todos por igual.
Este passeio de fim-de-semana fez-me deparar ainda com outra grande realidade que, de certa forma, está intimamente ligada à das escrituras de papel de seda: é o facto de em Ka Hó estarem a surgir construções ilegais como se fossem cogumelos. Só junto à estrada que atravessa a povoação surgem agora quatro prédios de três andares, acabados de construir.
À sua frente, como casas de campo que são, grandes carros com dupla matrícula, enquanto que, uns metros depois, pessoas de idade, nas suas casas antigas, tentam levar a vida a que estão habituados há dezenas de anos.
Esta realidade salta aos olhos de todos e o que é surpreendente e, até, escandaloso, é não haver quem de direito, a nível de autoridade, que ponha cobro a tais abusos. Ao ritmo a que os prédios ali crescem, aquela aldeia irá, muito em breve, perder todo o seu encanto, para se tornar um refúgio de meia dúzia de milionários.
O Governo, no dizer de Jaime Carion, continua a afirmar que está tudo controlado e que as construções pararam. Ora não é isso que se vê. As casas estão concluídas, outras continuam em construção e nada acontece. Algo de muito grave deverá estar a passar, para continuarem a atirar areia para os nossos olhos.
Quando passava de motorizada na rua principal, – incrédulo com o que via, – decidi parar para registar a ocasião com o meu telefone. E logo que me preparava para registar em imagem o que estava à vista, alguém, de uma dessas novas casas, me aconselhou a não o fazer, pelo que me vi obrigado a montar o meu veículo e seguir caminho. As fotos que aqui apresento, aliás com pouca qualidade, são tiradas da Estrada da Barragem de Ká Hó, ali perto de umas sepulturas centenárias, e de onde se pode agora ter uma visão panorâmica da aldeia, visto que toda a vegetação foi retirada para que o terreno fosse terraplanado. Possivelmente para, em breve, receber mais construções. Para já acolhem uma miríade de estaleiros de material de construção sem qualquer tipo de protecção e cuidados higiénicos ou ambientais.
Receio que, muito em breve, Ká Hó passe a ser um «resort» de gente rica e de ascendentes pouco aconselháveis.
A falta de fiscalização e de pulso forte por parte do Governo é preocupante. Queremos acreditar na palavra de que tudo está a ser fiscalizado e que as construções pararam e vão ser demolidas mas, também, que os seus responsáveis vão ser levados à justiça. A realidade que salta à vista, contudo, diz-nos que o que se ouve de quem deve fiscalizar não passa de palavras vãs e sem qualquer sentido.
Tenho pena de que, nos lugares típicos de Macau, como o de Ká Hó, tudo seja, pouco a pouco, demolido para dar lugar ao orgulho desmedido de pessoas ricas e sem escrúpulos.
Nesta polémica que afecta quem ali vive desde sempre e também todos os outros que vivem em Macau, o mais importante não é o que se diz, mas sim o que se vê fazer. Do departamento do Governo que diz estar atento ao que ali se verifica, exige-se bem mais do que vir a público afirmar que fiscaliza. Deve claramente passar à acção e embargar as obras em situação de manifesta ilegalidade. É obrigatório e urgente que o faça em nome da lei, da justiça e em defesa do património público que é de todos nós.
Aliás, por toda a Região se vêem tantas e tantas obras de construção em curso ou já concluídas, que deveriam, pura e simplesmente, ser embargadas e obrigar os seus donos a demolir o que é ilegal e fruto da ganância imobiliária.

NaE's kitchen A Cozinha da NaE

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