Como blog estaremos aqui para escrever as nossas opiniões, observações e para que quem nos visite deixe também as suas. Tentaremos, dentro das possibilidades, manter este local actualizado com o que vai acontecendo à nossa volta em Macau e um pouco em todo o lado...

quinta-feira, 11 de junho de 2009

O que se falou no G20

No passado mês de Abril 20 países reuniram-se em Londres para definir a estratégia para enfrentar a crise económica mundial. Entre os países estava a China que, como todos esperavam, tomou a dianteira na estratégia. Aliás, muitos países dependiam da China, nomeadamente os Estados Unidos da América, para sair da crise.
Muito se falou dessa cimeira dos G20 mas pouco transpirou para o exterior.
Para se ter uma ideia do que se falou deixo-vos aqui o texto integral da intervenção do Presidente chinês no encontro.
Hu Jintao aborda temas bastante sensíveis e toca em pontos que muitos dos países ocidentais gostariam de ver deixados em paz!
A ler…
______________________________________________________

Discurso do Presidente Hu Jintao na 2.ª Cimeira Finaceira do Grupo dos 20 (texto integral) 
Trabalhar em conjunto para nos ajudarmos uns aos outros
Discurso do Presidente da República Popular da China, Hu Jintao na 2.ª Cimeira Finaceira do Grupo dos 20
Londres, Reino Unido, aos 2 de Abril de 2009


Exmo. Sr. Primeiro-Ministro Gordon Brown
Caros colegas

É com muito prazer que, na nesta época primaveril em que as flores desabrocham, estou aqui em Londres para discutir com todos os colegas soluções para a crise financeira internacional e a recuperação do crescimento económico mundial. Antes de tudo, gostaria de dirigir as minhas palavras de agradecimento ao Sr. Primeiro-Ministro Gordon Brown pela gentileza do convite e pela hospitalidade que me oferece.
Há mais de quatro meses, na Cimeira de Washington sobre o mercado financeiro e economia mundial em que estivémos presentes, chegámos a uma série de consensos sobre a crise financeira internacional, reforço do controlo financeiro e promoção da reforma do sistema financeiro internacional. Desde então, muitos países lançaram políticas e medidas para estabilizar o sector financeiro e estimular a economia interna, os resultados começam agora a ser visíveis. Estão em curso trabalhos preparativos para a reforma do sistema financeiro internacional. Actualmente, a crise financeira internacional está ainda em crescimento e aprofundamento, o impacto causado à economia real torna-se cada vez mais evidente. A situação económica e financeira do mundo continua a ser complicada e severa. Muitos países afundaram-se em recessão económica e confrontam-se agora com o grande desafio de manter a estabilidade social.
Actualmente, a tarefa mais premente é fazer todos os esforços para recuperar o crescimento económico mundial e prevenir uma grave recessão; opor-se a todas as formas de proteccionismo e manter um ambiente aberto e livre para o comércio e investimento; acelerar as reformas e reconstruir a ordem financeira mundial. Devemos implementar o consenso a que se chegou, aumentar a confiança, tomar medidas mais eficazes, alargar a cooperação, realizar reformas mais justas e lutar por obter resultados concretos.
1. Reforçar ainda mais a confiança. Depois de um desenvolvimento prolongado, a economia mundial dispõe de uma base material e tecnológica sólida, possuimos, pois, condições para fazer face à crise financeira internacional. Os “instrumentos de macro-controlo” à nossa disposição já deram provas de que são eficazes, possuimos, pois, meios políticos para fazer face à crise financeira internacional. A comunidade internacional prontifica-se a intensificar a coordenação e cooperação, pelo que demonstra que temos uma vontade comum de fazer face à crise. Basta-nos para tal ter uma firme confiança e fazer esforços comuns para ultrapassar as dificuldades, atingindo o objectivo conjunto.
2. Intensificar ainda mais a cooperação. A crise financeira internacional ocorre quando a globalização económica se encontra desenvolvida e a interdependência entre os países tende a ser cada vez mais estreita, pelo que, nenhum país pode estar imune à situação, sendo a cooperação a opção correcta. Devemos ter um entendimento claro da situação, reforçar a comunicação, prestar apoio mútuo, superar as dificuldades actuais mediante esforços concertados. É essencial que a nossa política macroeconómica seja consistente, oportuna e perspectivada para o futuro. O G-20 proporciona uma plataforma importante e eficaz para esforços internacionais concertados para enfrentar a crise económica e financeira internacional. Devemos fazer avançar a cooperação, acelerar o reajustamento estrutural, estabilizar o mercado, promover o crescimento, aumentar o emprego, melhorar a subsistência das populações bem como minimizar com todos os meios possíveis o impacto da crise na economia real. Devemos desenvolver cooperação no comércio, investimento e outras áreas da economia real e lançar fundações sólidas para a recuperação do crescimento económico. Devemos reforçar a cooperação no financiamento do comércio e aumentar, em particular, a força de financiamento nos países em desenvolvimento. Devemos promover a cooperação entre as pequenas e médias empresas e ajudá-las a ultrapassar as dificuldades o mais rápido possível. Devemos dar um impulso à cooperação nas novas indústrias, particularmente na conservação de energia, controlo da poluição, protecção ambiental e novas energias, cultivando de forma activa um novo pólo de crescimento da economia mundial. Devemos reforçar a cooperação internacional nas ciências e tecnologia, cujo progresso servirá como motor de crescimento económico.
3. Fazer avançar a reforma. Devemos intensificar os esforços em implementar o importante consenso alcançado na Cimeira de Washington e continuar a trabalhar para uma ordem financeira internacional justa, imparcial, inclusiva e bem gerida, sob o princípio da compreensividade, equilíbrio, incremento progressivo e eficiência. Para tal, é necessário fazer esforços nos seguintes aspectos: 1) Reforçar a cooperação na fiscalização financeira, elaborar, com a maior brevidade possível, os padrões e normas de fiscalização financeira aceites universalmente, melhorar o código de conduta e regime de fiscalização relativas às agências de notação de risco, estabelecer um mecanismo de alerta antecipado que abranja todo o mundo, particularmente os principais centros financeiros internacionais, para aumentar a capacidade de resposta. 2) As instituições financeiras internacionais devem prestar mais assistência aos países em desenvolvimento. As instituições financeiras internacionais e regionais devem expandir de forma activa os seus canais de financiamento e mobilizar recursos por vários meios. A China apoia o aumento de capitais do Fundo Monetário Internacional e está disposta a abordar com todas as partes e dar o seu contributo. Entretanto, consideramos que a injecção de capitais deve ter em conta o equilíbrio entre os direitos e deveres e deve ser feita mediante a combinação da contribuição baseada na quota com a contribuição voluntária. Os novos recursos deverão ser utilizados preferencialmente nos país menos desenvolvidos. É necessário criar um mecanismo de socorro financeiro internacional efectivo de resposta rápida, aplicando-se aos países devedores padrões de avaliação objectivos, científicos e abrangentes. 3) O Fórum de Estabilidade Financeira deve desempenhar um papel mais importante. Com o sucesso no aumento recente do número dos membros, o Fórum deve racionalizar o mais rápido possível o seu mecanismo, elaborar planos, dar início aos trabalhos e estabilizar atempadamente os mercados financeiros; apresentar mais propostas para a supervisão financeira e reforçar a coordenação com outras instituições financeiras internacionais, no sentido de obter, com a maior brevidade possível, progressos na reforma do sistema financeiro internacional. 4) O Fundo Monetário Internacional deve reforçar e melhorar a supervisão sobre as políticas macroeconómicas de todas as partes, particularmente as das economias de emissão das principais moedas de reserva, com ênfase nas suas políticas de emissão de moedas. 5) Melhorar a estrutura governativa do Fundo Monetário Internacional e Banco Mundial e aumentar a representatividade e a voz dos países em desenvolvimento. 6) Melhorar o sistema monetário internacional, aperfeiçoar o mecanismo de regulação da emissão de moedas de reserva, manter a estabilidade das taxas de câmbio das principais moedas de reserva, promover a diversificação e racionalização do sistema monetário internacional. Para a fase seguinte devemos elaborar um calendário e mapa do itinerário praticáveis com base nas consultas e proceder a avanços sólidos em várias reformas, no sentido de criar um ambiente institucional favorável ao desenvolvimento saudável da economia mundial.
4. Opor-se ainda mais ao proteccionismo. Nos últimos tempos, o proteccionismo do comércio e outras formas de proteccionismo têm surgido com mais evidência, o que não corresponde ao consenso alcançado na Cimeira de Washington quanto à recusa do proteccionismo e prevenção da sua introversão nas nossas políticas. O proteccionismo foi prevalecente durante a Grande Depressão do final dos anos 20 e anos 30 do século passado, mas só acarretou consequências graves. As lições da história devem ser aprendidas. Nenhum país ou território deve recorrer ao proteccionismo sob pretexto de estimular a economia. Devemos opor-nos conjuntamente às práticas discriminatórias contra os trabalhadores estrangeiros sob pretexto de proteger os empregos domésticos. Devemos trabalhar todos pela oposição ao proteccionismo do comércio de diversas formas e recursar todas as tentativas de elevar o limiar de acesso ao mercado sob vários pretextos e todas as formas de proteccionismo de investimento que prejudiquem os interesses dos outros países. Devemos opor-nos ao abuso de medidas recurso do comércio. Esperamos que os respectivos países possam reduzir as suas restrições injustas nas exportações dos países em desenvolvimento e aumentar o comércio com os mesmos. As negociações da ronda de Doha são cruciais para a liberalização do comércio global. Devemos fazer cumprir o consenso de Julho de 2008 e continuar a avançar com base no quadro existente e promover as negociações com vista a obter, o mais cedo possível, resultados abrangentes e equilibrados.
5. Apoiar ainda mais os países em vias de desenvolvimento. Alguns países em vias de desenvolvimento estão agora a sofrer tumultos sociais e políticos devido à deterioração das condições económicas e financeiras, o que deve merecer a nossa atenção. A crise financeira internacional causou grandes dificuldades para todos os países, mas não podemos interromper por esta razão o processo para atingir os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio das Nações Unidas. Continuamos a fazer avançar o processo porque tal é também favorável para a recuperação do crescimento económico mundial. Mais uma vez apelo à comunidade internacional para prestar maior atenção e minimizar os danos da crise financeira nos países em vias de desenvolvimento, particularmente os países menos desenvolvidos. A comunidade internacional, especialmente os países desenvolvidos, devem assumir as devidas responsabilidades e obrigações, continuando a cumprir os seus compromissos de ajuda e redução das dívidas, tomar medidas concretas para manter e aumentar a assistência aos países em vias de desenvolvimento, ajudá-los a salvaguardar a estabilidade financeira e promover o crescimento económico, prestar auxílio a estes países, especialmente os países africanos, para superarem as dificuldades e melhorarem o ambiente exterior para o desenvolvimento.
Caros colegas,
A crise finaceira internacional trouxe à China dificuldades e desafios sem precedentes, entre os quais se destacam o aumento da pressão do declínio económico, queda contínua nas importações e exportações, abrandamento da produção industrial, dificuldades de exercício que se registam em algumas empresas e aumento das dificuldades na obtenção de emprego. Esta crise coincide com o momento crucial em que a China se esforça por transformar o modelo de crescimento e ajustar a estrutura económica. Os novos desafios, aliados aos problemas existentes, agravaram as dificuldades em resolver os nossos problemas.
Para fazer face ao impacto da crise financeira internacional, manter um crescimento económico estável e relativamente rápido, a China procedeu ao ajustamento das suas políticas macroeconómicas, adoptou resolutamente uma política fiscal proactiva e uma política monetária moderada e formulou um pacote de planos para desenvolver a procura doméstica e promover o crescimento económico. Aumentámos as despesas públicas, introduzimos um plano bienal de investimento num valor total de quatro triliões de renminbi e levámos a efeito a redução estrutural de impostos. Baixámos várias vezes as taxas de juros e aumentámos a fluidez do sistema bancário. Implementámos em grande escala planos de restruturação e recuperação industrial e promovemos inovações científicas e optimização tecnológica. Trabalhámos intensamente para conservar energia, reduzir a poluição e proteger o eco-ambiente. Fizémos esforços para ajustar a distribuição das receitas nacionais e trabalhámos energeticamente para expandir os mercados domésticos, especialmente os mercados rurais. Elevámos significativamente o nível da segurança social. Estas medidas estão a produzir resultados positivos, incluindo a procura forte do consumo doméstico, procura de investimento que tende a crescer gradualmente e uma situação social estável. Isto mostra que a linha de pensamento da China na resposta à crise financeira é pragmático e as políticas são activas e eficazes. As medidas adoptadas pela China terão um impacto positivo não só na nossa economia como também na economia da Região e até de todo o mundo.
Apesar do impacto adverso da crise financeira internacional que continua a ser sentido na economia real da China, nem os aspectos fundamentais nem a tendência positiva de longo termo da economia chinesa registam alterações radicais enquanto a fundação em que se sustenta o crescimento económico rápido se mantém sólida. Mercê do desenvolvimento contínuo e rápido ao longo de 30 anos de reformas e abertura, a China acumulou uma fundação material bastante forte, para além de ter um ambiente institucional melhorado. Há ainda uma grande margem para o desenvolvimento de infra-estruturas, optimização das indústrias, avanços e inovações científicas e tecnológicas, protecção ambiental, gastos dos consumidores e programas sociais. A China tem grandes potencialidades na procura doméstica, ricos recursos humanos, sistema financeiro genericamente saudável e margem adequada para ajustamento da política macroeconómica. A China esforça-se por transformar a pressão em força motriz e os desafios em oportunidades, minimizar o impacto da crise financeira internacional e manter estável e relativamente rápido o crescimento económico.
Face ao impacto da crise financeira internacional, vamos continuar a seguir a política básica do Estado de abertura e prosseguir a estratégia de benefício mútuo da abertura ao mundo exterior. Acreditamos que a China com maior dinâmica e abertura estará numa posição favorável não só para manter estável e relativamente rápido o crescimento económico doméstico, como também para contribuir para a comunidade internacional no combate comum à crise financeira e promover a paz e desenvolvimento mundial.
Caros colegas,
Como membro responsável da comunidade internacional, a China nunca deixou de se envolver no combate à crise financeira internacional.
Apesar das grandes dificuldades, a China tem mantido o câmbio do renminbi estável.
A China tomou parte activa no Programa de Financiamento do Comércio Global da International Finance Corporation e decidiu disponibilizar 1500 milhões de dólares americanos como primeira tranche do seu apoio financeiro ao Programa. Apoiamos os bancos de desenvolvimento regionais para prestarem serviços de financiamento e continuamos a coordenar com as instituições financeiras internacionais e os respectivos países, para reforçar a cooperação multilateral, regional e bilateral no financiamento do comércio.
A China fez o melhor possível para prestar apoio e assistência aos outros países e assinou protocolos bilaterais de swaps de moeda com os países e regiões num valor total de 65 mil milhões de renmibi. Estamos prontos a celebrar mais protocolos semelhantes sempre que as circunstâncias assim o exijam. Participamos activamente na constituição do arranjo auto-administrado de compartilhamento de reservas no quadro da Iniciativa de Multilateralização de Chiang Mai com vista a salvaguardar a estabilidade económica e financeira na região em que nos inseremos e promover a cooperação financeira e o desenvolvimento do comércio da Região.
O facto da China ter enviado missões de compras para o exterior mostra que insiste na política de abertura e toma uma atitude firme na promoção da recuperação do crescimento económico mundial.
A China compromete-se inequivocamente a implementar as medidas de assistência anunciadas na Cimeira de Beijing do Fórum para Cooperação China-África. Vamos continuar a aumentar, dentro das nossas possibilidades, a ajuda para a África, reduzir ou isentar as dívidas que os países africanos contraíram, alargar o comércio com países africanos e aumentar o investimento naquela região bem como reforçar a cooperação. No quadro da cooperação Sul-Sul, a China vai continuar a prestar assistência, dentro das suas possibilidades, aos outros países em vias de desenvolvimento, incluindo ajuda gratuita, redução ou isenção de dívidas e ajuda à promoção do comércio.
A China vai continuar a trabalhar com a comunidade internacional para reforçar a coordenação da política macroeconómica, promover a reforma do sistema financeiro internacional, manter a estabilidade do sistema do comércio multilateral e dar o seu contributo para a recuperação do crescimento económico mundial.
Caros colegas,
Depois do Inverno vem a Primavera, período de renovação. Desde que estabeleçamos confiança e trabalhemos em conjunto, seremos capazes de superar os desafios desta crise financeira internacional, criando um melhor futuro.
Obrigado a todos.

______________________________________________________

7 Maravilhas Portuguesas



As Ruínas de São Paulo em Macau fazem parte da lista das sete maravilhas portuguesas. Além da RAEM fazem também parte monumentos da Índia, Marrocos, Cabo Verde e Brasil. A escolha foi divulgada ontem à noite, durante uma cerimónia realizada na Portimão Arena, e transmitida pela RTP.
Os monumentos mais votados foram: Fortaleza de Diu (Índia), Fortaleza de Mazagão (Marrocos), Basílica do Bom Jesus de Goa (Índia), Cidade Velha de Santiago (Cabo Verde), Igreja de São Paulo (Macau), Convento de São Francisco de Assis da Penitência (Ouro Preto, Brasil) e Convento de São Francisco e Ordem Terceira (São Salvador da Baía, Brasil).
A iniciativa contou com 239 418 votos. A votação foi realizada através da Internet e por telefone. Entretanto, foi divulgada a realização das "7 Maravilhas naturais de Portugal", cuja declaração oficial será feita em 2010, nos Açores.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Caros carros... que não cabem em Macau

O luxo nas ruas de Macau. Depois de amplamente divulgado na comunicação social, vê-se já nas ruas as grandes limusinas ao estilo americano.
Enormes, pretas, exuberantes e imponentes...
Só um pequeno aparte... Quem as alugar certamente não poderá visitar Macau visto que dificilmente conseguirão entrar na maior parte das ruas da cidade… De tão longas que são têm de se limitar a circular nas vias mais largas do território!
Ainda pensei em alugar uma para me ir buscar a casa da próxima vez que fosse comer ao Santos na Taipa, mas a viatura, quase de certeza, não conseguiria circular nas ruas da zona onde vivo!
Um serviço que não havia em Macau e que terá certamente o seu nicho de mercado. Pena é que não possam servir para atrair turistas, de carteira recheada, para as zonas histórias do território.

VIP day...

Todos sabemos que os chineses são, essencialmente, materialistas.
Aliás, somos todos, chineses, portugueses, brancos, pretos. É algo inato da qualidade humana esta necessidade de possuir algo.
Para satisfazer esta insaciável vontade de comprar coisas o “papapun” (New Yaohan) organiza um “VIP Day”.
Como ser normal que sou fui também atraído por esta corrente... Assim como outros milhares...
Não se preocupem se não foram, vai haver mais... e vale a pena...
Por exemplo, comprei algo que custava nove mil por pouco mais de dois mil...

A tradição do 10 de Junho

Afinal a tradição ainda é o que era… E em Macau voltou a chover a potes, como sempre aconteceu no dia 10 de Junho. Para não variar, 2009 foi banhado por um dilúvio abençoado como se pode ver aqui na fotografia na Avenida da Praia Grande, sob o olhar atento do homem que nos “deu” Amacau... Pedro Álvares...
Só espero que durante o copo de água, nos jardins da residência do representante de Portugal, logo mais à noite, também chova, pois assim ficarão todos abençoados pelas águas do Oriente!

Storm surge... Não há termo em português?

Já nem mesmo o Chefe do Executivo respeita o português como língua oficial.
Recentemente tive de consultar uma Ordem Executiva, a Ordem Executiva n.º 15/2009 relativa ao fenómeno de “storm surge” que entrou em vigor a 2 de Abril deste ano.
O que não se compreende é porque é que não se usou o termo português para identificar este fenómeno climatérico que se regista ciclicamente em Macau.
De acordo com publicações especializadas, um “storm surge” é “uma maré de tempestade, maré ciclónica” e “consiste na elevação da água próxima à costa, associada com um sistema de condições climatéricas de baixa pressão, geralmente um ciclone tropical. A maré ciclónica é causada principalmente pelos fortes ventos que empurram a superfície do mar. O vento faz com que a água se empilhe mais elevadamente do que no nível do mar normal. A baixa pressão no centro de um sistema meteorológico também tem um pequeno efeito secundário. É esse efeito combinado de baixa pressão e vento persistente por sobre a massa de águas rasas que é a causa mais comum dos problemas de inundações da maré ciclónica.”
Existindo termo em português (Maré de Tempestade, ou Ressaca no termo mais popular), não se percebe porque se foi usar o termo anglo-saxónico na Ordem Executiva.
O mínimo que se pode esperar é que tal seja corrigido pelo Gabinete do Chefe do Executivo o quanto antes.

Dia de Portugal no ar...

A Rádio Macau devia ter vergonha do que nos ofereceu da cerimónia do hastear da bandeira no Dia de Portugal.
Nem sequer se deram ao cuidado de testar o material de som antes da emissão, resultando numa intervenção com o Gilberto Lopes a “soluçar” e os escuteiros a cantar o hino nacional também aos soluços...
De nada servem as constantes desculpas do repórter e do animador de serviço.
Antes de se fazer o trabalho é essencial que se realizem testes ao material, especialmente quando se trata de uma cerimónia importante como a das comemorações do 10 de Junho.
Esperamos agora que no decorrer das cerimónias, ao longo do dia, esses problemas técnicos sejam revistos.
Teria sido uma transmissão exemplar se não fosse este problema técnico.
A fase final de entrevistas correu melhor e, de certa forma, atenuou o penoso início.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Novas em Macau...

Dos jornais de hoje gostaria de salientar três assuntos. O primeiro, o tema de manchete do Ponto Final e mais do que anunciada não candidatura de David Chow. Aliás, desde início que se sabia que o empresário só tinha apresentado a sua intenção como forma de agitar as águas. Mesmo se tivesse embarcado na aventura sabia, de antemão, que não teria qualquer hipótese de eleição. Para meu descontentamento porque gostaria de o ver como Chefe do Executivo. De entre os nomes que se falavam o dele é, sem dúvidas, o que mais competência de gestão apresenta.
Outro dos temas à moda de Macau tem a ver com as bombas de gasolina que, pelo que anuncia o Conselho dos Consumidores, estão a dar mais combustível do que aquele que os clientes pagam! Só em Macau mesmo! E o CC diz que quem se sentir lesado, por levar mais do que aquilo que paga, pode apresentar queixa!
A nível internacional destaco uma notícia vinda da Dinamarca e que demonstra a evolução das sociedades. Este país aprovou uma nova Lei da Sucessão na família real, que dá igualdade de direitos aos herdeiros masculinos e femininos. A decisão foi tomada por toda a população em referendo, com mais de 85% de votos favoráveis. Um exemplo para outras monarquias do mundo. Estamos no século XXI e uma das formas de o demonstrar é assim mesmo, com a plena igualdade de géneros.
Aqui bem perto existe um país que deveria olhar para isto como exemplo a seguir...

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Um cheirinho do meu artigo

Na próxima edição d’O Clarim vai ser possível ler um artigo sobre as Obras Públicas e a sua preocupação, finalmente, com a situação que se passa em Coloane em relação às obras ilegais. Fala-se também da situação que se vive em toda a cidade e adianta-se uma das muitas soluções que se podem aplicar, caso haja, realmente, vontade de resolver o problema e dar-nos uma cidade limpa e aprazível do ponto de vista visual… "(…) Uma boa moeda de troca, para muitos dos prédios antigos, seria efectuar a renovação do edifício e seus equipamentos, desde que os proprietários acedessem à remoção das grades que poluem as fachadas dos prédios.
Outra das medidas que as Obras Públicos poderiam aproveitar para meter em prática prende-se com a demolição dos andares ilegais nos prédios de quatro andares transformados em cinco, à custa do terraço que é propriedade de todos os condóminos. Aliás, esta é uma das violações mais comuns nas construções em Macau, mas a DSSOPT parece não importar-se com tal. Que eu tenha conhecimento nunca houve um destes andares demolido por intervenção das autoridades. (…)
"

Erros e falta de coerência

ESTÁ em curso uma grande campanha dos Serviços de Saúde de Macau para consciencializar a população para os perigos da gripe A H1N1.
Em todas as entradas da Região Administrativa Especial é medida a temperatura de quem chega, sendo obrigatória a apresentação de uma Declaração de Saúde, onde se tem de registar uma série de dados pessoais e o historial de viagens dos últimos 15 dias.
Tudo isto será normal perante aquilo que se vive a nível mundial e tendo em consideração as lições que tirámos da crise da pneumonia atípica e da gripe aviária. No entanto, existem erros do passado que continuam a ser feitos sem que ninguém os corrija.
Recentemente tive de me ausentar de Macau pelas Portas do Cerco e deparei-me, pela primeira vez, com a necessidade de preencher a dita declaração. Para minha surpresa, verifiquei que se trata da mesma que foi utilizada durante a gripe aviária. As mesmas perguntas, o mesmo desenho gráfico, o mesmo tamanho e os mesmos erros ortográficos e gramaticais! A única mudança visível foi a troca da palavra aves por porcos! Caso para dizer que os Serviços de Saúde podem ser acusados de muitas coisas, mas uma delas certamente não é a falta de coerência!
Mais tarde, e pensando que os Serviços de Saúde se iriam aperceber do erro e rectificá-lo passado algum tempo, tive de preencher mais uma vez a dita declaração no aeroporto, depois de uma viagem à Tailândia, e voltei a verificar que os erros continuavam os mesmos. Com a agravante de não haver qualquer informação em português nos cartazes ali expostos para os viajantes que chegam a Macau por esta via.
Aliás, pelo que vi, no aeroporto os Serviços de Saúde têm dado prioridade ao uso do inglês, em detrimento quer do chinês quer do português, sendo que esta última língua oficial é totalmente ignorada. O chinês, por sua vez, é relegado para segundo plano, como se pode ver na fotografia que tive oportunidade de fazer, apesar dos protestos do elemento da equipa da Saúde que se encontrava no local para medir a temperatura e recolher as Declarações de Saúde.
De salientar que todo o processo de recolha, triagem e organização do fluxo dos passageiros que saem da zona de recolha de bagagem e se dirigem ao exterior está uma autêntica confusão.
No local onde só deveria ser permitida a passagem a um passageiro de cada vez regista-se um amontoado de pessoas, que empurram sem qualquer controlo das autoridades e passam à frente de tudo e de todos, sem que ninguém os chame à atenção. Muitos deles acabam por passar perante os elementos dos Serviços de Saúde sem entregar a declaração e, inacreditavelmente, sem que nada lhes aconteça.
Durante os minutos que esperei na fila para entregar a minha declaração, aguentando empurrões de quem estava atrás de mim e vendo muitos outros passando as faixas de protecção, apesar dos protestos de quem esperava e dos elementos dos Serviços de Saúde, fiquei sem perceber se a declaração é de entrega obrigatória. E, se é obrigatório entregá-la por lei, porque não são tomadas medidas efectivas para punir, ou pelo menos advertir, quem ignora a lei e completamente atropela os direitos dos outros cidadãos? Ou, por outro lado, porque não se ensina a estas pessoas que a boa educação obriga a que se respeitem as filas e as outras pessoas.

O SMS da risota

A par de todas estas falhas, muitas delas evitáveis, os Serviços de Saúde enviaram também, para puro deleite de quem as recebeu, uma série de mensagens curtas de telemóvel. Vou aqui transcrever, integralmente e sem acentos, a que recebi ao chegar a Macau, no sábado passado, e outra que me foi enviada para o meu telefone pessoal no dia seguinte. No sábado, 30 de Maio às 16:04: «Nota SS: Ao regressa do exterior, os cidadãos devem ficar em casa 7 dias e caso apareçam sintomas, usam mascara e recorrem ao medico de imediato». No dia seguinte, Domingo, 31 de Maio às 18:24: «SS apelam cidadaos vindos do exterior para evitarem ir aos lugares públicos nos 7 dias apos chegada; se aparecerem sintomas, usem mascara e recorram ao medico».
Depois de ter contactado várias pessoas acerca do conteúdo das missivas, e estando eu incluído no grupo de «cidadaos vindos do exterior» ou que «regressa do exterior», fiquei na dúvida se poderia sair de casa porque, segundo instruíam, «devem ficar em casa 7 dias» e apelavam «para evitarem ir aos lugares públicos nos 7 dias apos chegada». Não consegui chegar a nenhuma conclusão, pelo que tive de me dirigir ao meu local de trabalho na segunda-feira de manhã, evitando assim alguma complicação com o meu empregador, por este não estar a par de ordens superiores emanadas dos Serviços de Saúde!
Acredito que o que se pretendia dizer na mensagem de telefone era que quem chega a Macau deve estar alerta para os sintomas que possa vir a sentir, em especial nos sete dias a seguir à sua chegada. Pelo que, se possível, devem evitar dirigir-se a locais muito frequentados e, caso notem alguns sintomas de gripe, devem dirigir-se de imediato ao médico para serem examinados.
São pormenores como estes aqui apontados que os serviços devem tentar corrigir, a par de outras grandes lacunas que se vão detectando diariamente e que afectam a vida de todos nós.

Novo Terreiro do Paço



Os carros vão “desaparecer” do Terreiro do Paço. O novo projecto de requalificação vai reduzir a circulação automóvel que actualmente é de 40 por cento, mas vai passar a ser de 11 por cento, segundo o projecto apresentado esta sexta-feira pelo arquitecto responsável. “Quarenta por cento da área da praça é destinada à circulação automóvel. O objectivo é reduzir drasticamente esta opção”, assumiu, à agência Lusa, o arquitecto Bruno Soares, referindo que o tráfego não deverá tomar mais do que 11 por cento do espaço.
Esta concepção de mobilidade no Terreiro do Paço vai ao encontro do plano elaborado pela autarquia lisboeta e que foi recentemente submetido a discussão pública. A placa central do Terreiro do Paço será alargada, as vias laterais serão interditas ao trânsito, os passeios junto às arcadas alargados e o pavimento assumirá um tom amarelado.
O trânsito frente ao rio far-se-á apenas com uma faixa de rodagem e na rua paralela ao arco da Rua Augusta será reservado a transportes públicos, mantendo-se as paragens de eléctrico existentes.

NaE's kitchen A Cozinha da NaE

NaE's kitchen A Cozinha da NaE
Visite... Visitem...