Como blog estaremos aqui para escrever as nossas opiniões, observações e para que quem nos visite deixe também as suas. Tentaremos, dentro das possibilidades, manter este local actualizado com o que vai acontecendo à nossa volta em Macau e um pouco em todo o lado...

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Residentes consomem água demais

FALA-SE constantemente da necessidade de poupar água, mas raramente se vai ao âmago da questão. Quantas pessoas sabem qual é o consumo de água feito pela população de Macau? Qual é o sector de Macau que mais água consome?
Por muitas campanhas que se façam, por muito que se tente explicar à população o quão é «moderno» poupar água, ou porque está «na moda» preocuparmo-nos com o ambiente, a verdade é que, se não atirarmos com os números frios e crus à cara das pessoas, as consciências continuam tão impávidas e serenas como se nada soubessem.
É da natureza humana não nos preocuparmos com esses pequenos pormenores. Todos pensam que fazemos o suficiente e que cabe ao «governo» fazer mais, sempre e cada vez mais. A verdade é que, se olharmos para os números mais recentes do consumo desse bem essencial à vida, – a água, – podemos muito bem mudar de opinião.
Torna-se enfadonho falar de cifras num texto desta natureza, pelo que vou tentar manter a sua citação ao mínimo.
Em 2008 consumiram-se 67 460 000 metros cúbicos de água em Macau. Só para se ter uma ideia de quanta água isto significa, digo-vos que servia para encher quase 45 mil milhões de garrafas de litro e meio (cerca de oito mil garrafas para cada residente de Macau), ou para encher mais de 21 mil piscinas olímpicas (para quem não saiba, uma piscina olímpica leva ou pode conter 3.125.001 litros).
Destes números, o consumo em nossa casa assume a maior fatia, quase 47 por cento do total (ou seja, 9.840 piscinas); o consumo comercial daria para encher apenas 8.137 piscinas (38.75 por cento), enquanto que o industrial não chega a 8.5 por cento (1,733 piscinas olímpicas) e o institucional é pouco mais de seis por cento (1.288 piscinas).
Estes números mostram-nos que muito ainda há a fazer no que diz respeito à poupança de água em nossas casas. O consumo doméstico é igual ao de todo o sector profissional do território. Só por si, este número diz tudo.
Quando a população residente, que não ultrapassa os 600 mil habitantes, consegue consumir mais água que todos os hotéis, indústrias, restaurantes e similares, algo de muito errado se passa com as preocupações ambientais dos residentes. Não basta andarmos a apregoar que nos preocupamos com o ambiente;l é necessário acção e, se tal não resultar com campanhas de sensibilização, há que recorrer a métodos mais persuasivos. Nada melhor do que criar tarifas mais caras e que penalizem quem mais consuma, a nível doméstico. A par, claro está, de outras tarifas que incentivem a poupança, dando benefícios a quem, por seu lado, faça um esforço para reduzir o seu consumo.

Esclarecimento sobre termómetros laser

No seguimento do artigo da passada semana, em que referia não ter recebido nenhuma explicação oficial acerca da utilização das pistolas «laser» em Macau, quero dizer que o Centro para o Controlo e Prevenção de Doença (CDC) enviou uma mensagem (recebida na minha caixa do correio no dia 9 de Julho às 16:19 horas), mas que não foi possível incluí-la no artigo. Pelo que aproveito agora para a referir. O CDC (sigla inglesa), numa mensagem completamente redigida em inglês e não numa das línguas oficiais de Macau, refuta todas as informações avançadas, adiantando que em Macau os Serviços de Saúde utilizam aparelhos autorizados e que são qualificados pelo US FDA (autoridade americana) como sendo «Class II General Hospital and Personal Use Devices». Pelo que, – e cito na íntegra e na língua original – «The Health Bureau uses products for measurement of human body temperature according to manufacturer's instruction, and the practice has been completely safe and satisfactory for years» (em tradução não-oficial, isto significa: Os Serviços de Saúde utilizam instrumentos de medição de temperatura em humanos de acordo com as especificações dos fabricantes e a prática tem sido completamente segura e com resultados satisfatórios há vários anos).
Tenho a dizer que, primeiro, nem no artigo nem na mensagem enviada às autoridades governamentais foi referido que se tratava dos medidores de temperatura dos Serviços de Saúde. Aliás, nos SS sempre que nos medem a temperatura utilizam termómetros «laser» de ouvido. O que está em questão no artigo publicado são as pistolas que se vêem na fotografia do artigo da semana passada e podem ser encontradas em muitos locais em Macau. Essas pistolas, tanto quando foi referido por especialistas de Hong Kong e dos Estados Unidos, não são indicadas para uso humano, mas podem ser usadas. O que estará em questão é, primeiro, o facto de serem um risco quando manuseadas por pessoas não qualificadas; segundo, porque não são fiáveis quando controlam temperatura humana, porque só medem à superfície.
Relativamente às pistolas que referi, o CDC diz não ter nada a ver com o assunto porque, tanto quanto se percebe na missiva em inglês, apenas se responsabiliza pelos Serviços de Saúde!
No entanto, no decorrer da mensagem electrónica aproveita para citar alguns cuidados, de acordo com regulamentação de Hong Kong. Diz que devemos «assegurar que informação suficiente e explicativa deve estar visível no instrumento. E, caso o tamanho deste não o permita, uma etiqueta terá de ser incluída na caixa ou na documentação».
Ficamos assim a saber que o CDC não se responsabiliza pelo que é usado noutros departamentos governamentais e que as pistolas devem ter etiquetas de aviso sobre os seus perigos e formas de usar. Fica, no entanto, a pergunta no ar, sem se saber quem controla e autoriza os medidores de temperatura que grassam por Macau.
Quero aproveitar o esclarecimento do SS, mas também deixar o reparo para que usem as línguas oficiais e enviem a informação em tempo útil, para que possamos, dessa forma, a disponibilizá-la aos nossos leitores.
Os contactos posteriores à primeira resposta foram muito expeditos, refira-se!

Um cheirinho do meu artigo

Na próxima sexta-feira n’O Clarim vai poder ser lido um artigo sobre um café que existe do outro lado da fronteira e que, por incrível que pareça, é onde encontro do melhor pão nesta zona do globo… A notícia é mesmo essa, o facto de ser interessante encontrar-se melhor pão ao estilo ocidental do outro lado do que aqui em Macau. “Tempos ouve em que nas pastelarias/padarias portuguesas o pão era como o que se come em Portugal, saboroso, com a quantidade certa de sal, e bem cozido. Agora, seja pela farinha seja pelo muito fermento, esse alimento básico da nossa dieta, sabe a pouco e em nada se parece com o que me habituei a comer na minha juventude.
No entanto, devo dizer que, de vez em quando, sempre se vai encontrando algum que satisfaz o gosto mais exigente. É isso que aqui quero destacar. E faço-o porque, contrariando todas as probabilidades, não foi em Macau que o encontrei. Foi do outro lado da fronteira num pequeno estabelecimento que abriu este ano.
A oferta é variada, desde pão “normal”, a pão com cereais, pão integral, bolos, de tudo se pode encontrar e feito ao sabor ocidental.

A ler na próxima semana.

94 casos em Macau e ilhas...


quinta-feira, 16 de julho de 2009

Quase na centena!


Os casos de H1N1 crescem de dia para dia. Começa mesmo a não ser mais notícia esta contabilidade diária!
Ontem contavam-se em nove dezenas as pessoas infectadas em Macau entre casos locais e importados. O GCS descrevia a situação da seguinte forma: “No dia 15 de Julho, os Serviços de Saúde registaram 3 novos casos da gripe A H1N1 e 7 doentes confirmados tiveram alta hospitalar, depois de tratamento. Até à tarde do dia 15, um total cumulativo de 73 doentes confirmados recuperaram e tiveram alta, estando 15 a ser submetidos a tratamento médico, sendo o estado de saúde de todos satisfatório e estável.

Artista da estrada

Este “artista” que se vê aqui ao volante de uma máquina alemã ficou muito indignado, ontem à hora de almoço, quando um condutor de Macau lhe chamou à atenção para a infracção que estava a fazer. Parado na zona amarela, onde é expressamente proibido parar, impedia os veículos que vinham da Avenida da Praia Grande (junto ao Palácio do mesmo nome) e que pretendiam virar com sinal verde para o sentido da Torre de Macau. No entanto, com este “artista” parado no local onde estava, ninguém passou enquanto o sinal dele não passou para verde e pode seguir viagem. Mais indignado ainda ficou quando parei para lhe tirar fotografia para a posteridade.
Infelizmente em Macau vê-se disto todos os dias. Na ocasião era um carro de matricula da China e de Macau. É hábito aqui dizer-mos que os condutores do outro lado conduzem mal mas, diga-se, os de cá também não são exemplo para ninguém.
Quem ficou também muito mal na fotografia foi um agente da autoridade que estava nas imediações e que nada fez para resolver o problema apesar das queixas dos envolvidos.
Em Macau para que o trânsito melhore tem que se mudar, antes de mais, mentalidades. Mentalidades dos condutores, dos agentes da autoridade e de todos quantos usam as estradas, peões incluídos!

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Vírgina Trigo e Hu Jintao

O Jornal de Negócios publicou, como é usual às terças-feiras, a coluna da nossa conhecida Vírgina Trigo. Desta vez abordou a não ida a Portugal do presidente chinês e o significado desse cancelamento.
Ao contrário do que muitos pensam, a desistência da visita a Portugal só tem aspectos positivos segundo a antiga presidente do Instituto de Formação Turística de Macau e que agora é docente do ISCTE.
Vejam na íntegra a coluna do Jornal de Negócios publicada a 14 Julho de 2009 em Portugal.

87 casos positivos


Já vem sendo hábito o aumento diário de dois casos positivos de H1N1, pelo que a terça-feira não foi excepção. Assim sendo conta-se já 87 casos em Macau. A pouco e pouco vão aumentando os novos casos, ao mesmo tempo que alguns dos pacientes vão tendo alta hospitalar.
No dia 14 de Julho, os Serviços de Saúde registaram 2 novos casos de gripe A H1N1 e 1 doente teve alta hospitalar depois de tratamento. Até à tarde do dia 14, 66 casos confirmados e recuperados tiveram alta, estando 18 a ser submetidos a tratamento médico, sendo o estado de saúde de todos satisfatório e estável.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Chui, agora é que é!

O candidato a Chefe do Executivo, antigo secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Fernando Chui Sai On, tem passado os últimos dias em constantes contactos com a comunidade local. Até parece que anda em acesa campanha eleitoral, não fosse nós sabermos que está já eleito até poderíamos pensar que em Macau a corrida a Chefe do Executivo é de sufrágio directo e universal.
Além do caricato da situação há outro pormenor que me causa surpresa. Chui Sai On tem prometido mundos e fundos, como se com ele no cargo máximo Macau fosse ser transformado no nirvana. Ele é casas para artistas, melhores condições de vida, mais cuidados de Saúde, etc, etc e mais etc.
Pergunto-me, não era Chui Sai On tutela de todas estas áreas no Governo de Edmund Ho. Afinal, porque não foi isso feito durante o seu mandato como secretário da tutela e vai ser agora feito quando for Chefe do Executivo?

Mais um, menos um


segunda-feira, 13 de julho de 2009

Mais dois


Os casos confirmados cifram-se já em 83. Ontem foram confirmados mais dois, depois de no sábado não se ter registado nenhum. Segundo dados oficiais "O nível de alerta de pandemia foi elevado para 6 pela Organização Mundial de Saúde, sendo a sua gravidade moderada. Actualmente, o nível de alerta de Macau é 6 (cor azul), sendo o risco de transmissão moderado. Até à presente data, registaram-se 83 casos de Gripe A (H1N1), em Macau. De acordo com os Serviços de Saúde, registaram-se, em 12 de Julho, mais 2 novos casos da Gripe A (H1N1) e 1 doente teve alta hospitalar após tratamento médico. Até ao presente, houve, no total, 61 doentes de casos confirmados que tiveram alta hospitalar e 20 doentes encontram-se submetidos a tratamento médico, estando todos em bom estado de saúde e estáveis.

Morreu Manuel Carrascalão

Digam o que disserem, Manuel Carrascalão para mim foi, e será sempre, um dos maiores heróis da resistência timorense. Figura polémica pelas posições que tomou relativamente aos invasores indonésios foi muitas vezes mal interpretado. A verdade é que Timor Leste muito lhe deve, assim como a todos os elementos da sua família, uma das mais influentes antes e depois da independência.
O político morreu, este sábado, aos 78 anos num hospital em Díli, vítima de complicações de saúde na sequência de uma embolia cerebral. À Lusa, a sua irmã Gabriela dizia “o meu irmão morreu hoje cerca das 14h30 de Lisboa no hospital Guido Valadares, em Díli, rodeado de familiares e amigos”. Gabriela Carrascalão, assessora de um ministro timorense, estava em Portugal na altura, tendo já regressado a Timor.
O mais velho da família Carrascalão foi uma das principais figuras associadas ao processo de consulta popular em 30 de Agosto 1999, que conduziu o território à independência, após 27 anos de ocupação indonésia. Processo que lhe havia de levar o filho mais novo, Manelito, massacrado pelas milícias na sua casa onde se refugiavam centenas de pessoas fugidas da violência.
Manuel Carrascalão, figura carismática com uma barba peculiar que lhe dava um ar austero mas que era de trato muito afável e simples, destacou-se ainda no tempo da ocupação indonésia por desafiar o regime imposto por Jacarta, fundando um movimento unitário de resistência (MURPTL) que congregou a quase totalidade das forças políticas que se opunham à anexação do território.
Após o fim da ocupação indonésia, em Novembro de 1999, foi eleito presidente do Conselho Nacional, um órgão consultivo criado pela administração da ONU em Timor-Leste e extinto antes das eleições constituintes.
As cerimónias fúnebres só se realizam depois de toda a família se reunir em Timor. Manuel Carrascalão tem filhos a viver em Cabo Verde e nos Estados Unidos da América.
Outro dos irmãos, João Carrascalão, que é presidente do Comité Olímpico de Timor-Leste, estava em Lisboa a acompanhar a comitiva timorense a participar na segunda edição dos Jogos da Lusofonia.

domingo, 12 de julho de 2009

Nenhum caso pela primeira vez


Mais oito, menos oito


Na passada sexta-feira o GCS adiantava que existiam mais oito casos de gripe A e que também oito pacientes tinham tido já alta. “O nível de alerta de pandemia foi elevado para 6 pela Organização Mundial de Saúde, sendo a sua gravidade moderada. Actualmente, o nível de alerta de Macau é 6 (cor azul), sendo o risco de transmissão moderado. Até à presente data, registaram-se 81 casos da Gripe A (H1N1), dos quais 3 são novos casos importados e 5 novos casos locais. Actualmente, 23 doentes estão a ser submetidos a tratamento médico no hospital e 1 doente está a ser submetido a tratamento médico no domicílio, sendo satisfatório o seu estado de saúde. Para além disso, 8 doentes tiveram alta, estando 46 indivíduos em observação médica nos seus próprios domicílios.” (10 de Julho de 2009)

NaE's kitchen A Cozinha da NaE

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