Como blog estaremos aqui para escrever as nossas opiniões, observações e para que quem nos visite deixe também as suas. Tentaremos, dentro das possibilidades, manter este local actualizado com o que vai acontecendo à nossa volta em Macau e um pouco em todo o lado...

sábado, 25 de abril de 2009

Letrado Chapado

Lembram-se dos Dóci Papiaçám di Macau? Estão de novo em cena, no Grande Auditório do Centro Cultural de Macau, nos dias 16 e 17 de Maio.

Os bilhetes estão já disponíveis aos balcões da Kuong Seng.

Desta feita o grupo liderado por Filipe Senna Fernandes traz-nos uma sátira à suave profissão, a de advogado.

Letrado Chapado, Patrono de Gema, é uma alegoria à via dos advogado locais em geral e um olhar mais sério à situação do sistema judicial de Macau.

E hoje é 25 de Abril!

Nunca fui muito dado a festejos nacionalistas nem revolucionários.
Por sorte aqui em Macau pouco se vê. É já uma tradição que vem ainda do tempo da administração portuguesa...
Parece que anda por aqui o José Lello mas ainda não o vi! Não é que faça questãoa, se tal fizesse iria ao beija mão ou ao convívio da filial socialista como fazer muitos outros!
Acho que para me convencerem a tal têm de me arranjar um tacho primeiro!
VIVÓ 25 DE ABRIL!!!

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Japão paga para se ver livre de imigrantes

Do Japão chega uma estratégia de combate ao desemprego algo caricata. As autoridades japonesas estão a pagar aos trabalhadores de outros países, que rumaram ao Sol Nascente à procura de melhor vida, para regressarem ao país de origem e nunca mais voltarem!
Se a moda pega em Macau vamos ver muitos filipinos, indonésios e até portugueses de malas aviadas e a pedir os milhares de dólares ao Governo!
O governo japonês está a oferecer pacotes que incluem viagens e indemnizações a milhares de brasileiros (descendentes de japoneses) que vivem no Japão e que perderam o emprego devido à crise financeira.
Ao pagar o Japão vê-se livre de pessoas que, de outra forma, teriam de viver da assistência social do país. Portanto, optam por pagar apenas uma vez em detrimento de um encargo prolongado no tempo!
Leia o resto aqui.

Desperdício de espaço

Em Macau há falta de espaço e o pouco que existe disponível, regra geral, é logo usado pelos patos bravos para construir habitações a preços módicos (para os bolsos deles, entenda-se!). Veja-se o exemplo do pequeno espaço que havia ali entre o mercado de S. Domingos e a Rua dos Mercadores, numa pequena esquina que mal dá para estacionar dois carros!
O exemplo que vi hoje é de puro abandono numa zona em que não existe espaço livre e onde milhares de pessoas se amontoam diariamente, seja para dormir ou para fazer a suas compras.
Poucos devem estar familiarizados com este local, visto ficar um pouco fora de mão e, para os que aqui vivem há pouco tempo, será difícil de descobrir.
No entanto, quem por cá vive há muitos anos saberá, concerteza, onde se localiza sem problemas. Falo da Rua do Barão, ali perto do Mercado de São Lourenço provisório, que começa entre a Calçada do Januário e a Rua de Inácio Baptista e termina na Rua de S. José e a Calçada da Feitoria.
Nesta rua existe um recinto, que se pode ver pelas fotos que tirei, completamente dotado ao abandono. Era um antigo recinto desportivo, onde ainda se pode ver as tabelas de basquetebol, e que agora está coberto de lixo e restos de folhas velhas.
Numa zona de população envelhecida, onde espaços livres não existem, tão pouco existem jardins ou locais onde os mais idosos, e os outros residentes possam passar os tempos livres, vê-se um local como este vedado e a criar mosquitos.
Um mau exemplo quando o Governo tenta promover a criação de mais espaços verdes e a racionalização dos poucos espaços disponíveis numa cidade cada vez mais congestionada.
Será que alguém com responsabilidade vê isto e decide por cobro à situação?

Um cheirinho do meu artigo

Para a semana n'O Clarim vai ser possível ler um artigo relativo às próximas eleições legislativas e a minha opinião relativamente às listas étnicas defendidas recentemente por várias pessoas:
(...)
"Agora, a poucos meses de novas eleições, várias pessoas começam a chegar-se à frente com a mesma conversa de haver necessidade de listas que representem esta ou aquela comunidade.
Eu, aproveito esta ocasião para afirmar solenemente que não quero nenhuma lista a representar-me enquanto pertencente à etnia portuguesa radicada em Macau! Quero sim, que me representem enquanto residente, enquanto pertencente a uma comunidade que vê Macau como a sua terra e, se possível, que represente interesses também identificativos com a minha classe profissional. É tudo o que espero do candidato em quem votarei. Assim o fazia em Portugal e assim o faço aqui. Quanto a representar a minha etnia, fica a meu cargo no dia-a-dia e com quem me relaciono pessoal e profissionalmente.
" (...)

Filme sobre macaenses sem macaenses

CHAMA-SE «A história de Ao Ge» e está a ser realizado pelo famoso, se bem que ainda jovem, cineasta chinês Zhang Chin. Trata-se de uma adaptação cinematográfica da obra «As alucinações de Ao Ge», da autoria da escritora e também sub-chefe da divisão de suplementos literários do jornal Ou Mun, Lio Chi Heng, e está a ser promovido como mais uma iniciativa para assinalar os dez anos da criação da Região Administrativa Especial de Macau.
O filme, de acordo com o seu realizador, pretende retratar o sentimento dos macaenses durante a transferência de soberania de Macau para a República Popular da China, mas não vai contar com a participação de nenhum dos «filhos da terra».
A polémica começa mesmo aqui. Como pode o filme retratar o sentimento dos macaenses, se estes, segundo referiram as associações ligadas à comunidade, nem sequer foram contactados para participarem no levantamento que antecede qualquer projecto desta natureza? E ainda para mais, com a agravante, como foi veiculado por um jornal local, de o filme nem sequer contar com actores da comunidade que se pretende retratar!
Os papéis principais são representados por um actor de origem hispânica e outro britânico. O papel feminino principal foi confiado a uma actriz chinesa! Um actor macaense foi aos «castings» e foi dispensado porque, de acordo com o realizador, não era suficientemente profissional e não tinha fisionomia «euro-asiática!»
Se um macaense não é a personificação da mistura entre a cultura asiática e europeia (entenda-se, de cariz português, neste caso), – pergunto-me, – quem o será?!
Estamos habituados, ao longo dos anos, a ver iniciativas no campo da promoção das singularidades de Macau, que tinham tudo para ser bem sucedidas, mas que se revelaram um autêntico fracasso.
Quando se vêem projectos como este, – e que são pagos pelos nossos impostos, – servirem os interesses de apenas alguns, é caso para nos sentirmos ofendidos e manifestarmos a nossa indignação.

Dinheiro mal gasto

Este filme é pago – note-se – pelas autoridades de Macau, de Portugal e da China, pelo que entendo deveria servir para dar visibilidade à cultura de Macau e às suas ligações com a tradição portuguesa.
Se consideram que se podem usar actores de Hong Kong para dar visibilidade à cultura singular de Macau, podemos muito bem dizer que nem vale a pena insistir em querermos ser diferentes. Mais vale deixarmos os nossos vizinhos fazer o que bem entendem com aquilo que é nosso.
Em conversa com um ilustre membro da comunidade local, em torno deste tema, referiu-me que, no caso da escolha dos actores, seria o mesmo que ir-mos fazer um filme sobre a cultura mongol das estepes da Ásia Central, servindo-se de actores de Macau!
Por muita boa vontade que exista, há aspectos básicos que têm de ser escrupulosamente seguidos. Primeiro, e antes de mais, tem que se entender a cultura singular dos macaenses. Ora isso, só mesmo sendo «da terra» se pode perceber. E mais: para se considerar fidedigno deveriam servir-se de pessoas que conhecem e vivem essa mesma cultura.
A um jornal local, o actor macaense José Pedruco afirmava que não foi escolhido para o filme porque, segundo o realizador, não seria suficientemente profissional, assim como também não reunia as características de um euro-asiático!
Estamos em condições de avançar que, além de José Pedruco, outro membro da comunidade dos filhos da terra foi também abordado para o mesmo fim, mas viu-se obrigado a declinar o convite para protagonista por estar demasiado ocupado com os seus compromissos académicos. As tentativas de encontrar um «macaense» ficaram-se por aqui.
Ao que parece, os produtores contactaram também os «Dóci Papiaçam di Macau» para participarem nas filmagens, mas o seu mentor, Miguel de Senna Fernandes, viu-se obrigado a renunciar devido a estarem, presentemente, demasiado ocupados com a preparação do compromisso que têm anualmente com o Festival de Artes de Macau.
Como me foi explicado, os produtores pretendiam filmar uma cena do protagonista a assistir a uma peça dos «Dóci», mas mesmo isso parece que não vai ser possível porque o contacto foi feito muito em cima da hora, não dando tempo suficiente para se preparem minimamente.

Descolonização exemplar!

O antigo presidente da República Mário Soares há muito que deveria ter arrumado as botas. De há tempos para cá cada vez que abre a boca só diz disparates. O último é um elogio à descolonização que Portugal levou a cabo em África. Afirma o ex-Presidente que foi exemplar e que muitos países ficaram bastante impressionados com a rapidez e eficiência!
Sinceramente não sei onde foi buscar tais ilações o Dr Soares mas acredito que devem ser produto de puro delírio. A descolonização portuguesa foi uma vergonha e o resultado está à vista de todos. Em todos os países onde estivemos em África deixámos caos e guerra civil. Infelizmente não fomos capazes de conduzir um processo de descolonização calmo e atempado, de forma a que as populações estivessem, minimamente, preparadas para conduzir os seus destinos.
Mário Soares falava no encerramento das Jornadas de Ciência Política 2009 promovidas pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas.
No entanto, a culpa não é dele, é de quem o convida!

Bkk mai pen rai

O Estado de Emergência foi levantado em Banguecoque. Finalmente, depois de duas semanas sob apertado controlo militar e policial, com inúmeras proibições, a população de Banguecoque pode voltar à normalidade. O mesmo se aplica para os turistas. A partir de hoje já podemos voar para a Tailândia para o fim-de-semana e sair do hotel em segurança. Já poderemos ir para as zonas de bares e de compras sem qualquer preocupação.
Agora que o senhor Abhisit Vejjajiva decidiu levantar o Estado de Emergência, tudo volta à normalidade.
Mas, não estaria tudo normal anteriormente? Não ouvi ninguém queixar-se com problemas de segurança, nem nenhum turista a dizer que não foi possível ir às compras ou para a farra à noite!
Afinal, o Estado de Emergência foi mesmo só para os políticos!
Aliás, o Estado de Emergência foi levantado, não para tentar criar um ambiente de reconciliação como defende Abhisit Vejjajiva mas sim porque, por incrível que pareça, com Estado de Emergência declarado o governo não poderia reunir. Isto porque, de acordo com a Lei que regula o EE não se podiam realizar reuniões, de carácter político ou contestatário, com mais de cinco pessoas! Portanto, o Conselho de Ministros não podia ser convocado pelo Primeiro Ministro!
Leis feitas em cima do joelho!

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Comentário a “Visto de Bangkok”

Eu há muito que me questiono acerca da real razão da tentativa de assassinato de Sondhi.
Sabe-se que quem levou a cabo a tentativa imobilizou a viatura atirando para os pneus e depois aproximando-se para disparar. Isto aconteceu quando já estavam apeados.
Pois bem, apeados, perto da viatura, a disparar a seu belo prazer, será que não conseguiriam abater o seu alvo? Não terá sido antes uma forma velada de dar um aviso à “navegação”.
Não será necessário ser especialista em armas ou estratégias militares para se saber que, 2 ou 3 pessoas armadas de AK47 a metros do alvo, sem qualquer oposição, poderiam fazer o que bem entendessem. Se fosse para morrer teria morrido sem qualquer problema e estaria o problema resolvido.
Agora sabe-se que as balas pertencem ao exército assim como se sabia que a polícia, muitas vezes, depois de acabarem os turnos vestiam as camisas vermelhas e iam juntar-se aos seus.
Quanto aos “blanks” e ao “live ammunition” nas manifs, a historia será outra. Disparar directamente munição verdadeira dá o resultado que deu com o Sondhi.
Quando disparadas para o ar balas verdadeiras, só refiro o que aconteceu em Macau há uns anos! Numa manifestação de 1Maio um polícia disparou para o ar uma pistola de pequeno calibre e, a mais de mil metros de distância do local onde a bala foi disparada, quase matou um motociclista que nada tinha a ver com a manifestação!
Tudo o que sobe acaba no chão!

Nokia 1100 vale 32mil Euros!

Quem tiver em casa um telemóvel da Nokia, mais concretamente o modelo 1100 fabricado em Bochum na Alemanha, poderá estar na posse de uma pequena fortuna!
É que há pessoas que chegam a pagar até 32 mil Euros por estes telefones em particular.
Mas, há sempre um mas! Claro que pagam porque, segundo especialistas, estes telefones, ou melhor o seu software, permite, depois de alterado por hackers, proceder a transferências bancárias sem ser detectado!
Este pequeno detalhe tem feito o preço deste velho telemóvel disparar nos meios criminosos, especialmente na Europa, atingindo preços astronómicos.
Os hackers descobriram uma forma de modificar o número do telefone de forma a que possam enviar e receber SMS sem serem detectados nem identificados, o que lhes permite receber o mobile Transaction Authentication Number (mTAN). Um código que os bancos enviam para os telefones para autenticar as transferências feitas via SMS.
Este pequeno problema no software permite que os criminosos possam esvaziar contas (das quais tenham previamente adquirido a password e o username) sem que os bancos ou o seu proprietário nada possa fazer!
Daí o preço elevado que se disponibilizam a pagar pelos velhos Nokia 1100.
A empresa continua a afirmar que nada de errado existe no software do telefone. No entanto, empresas de segurança continuam a trabalhar para tentar identificar a falha que os hackers usam para fins criminosos.

Castro lança novo livro

Hoje não me apetece escrever (até parece uma contradição… mas não o é…). Poderia ter deixado uma gravação mas preferi usar o teclado.
A verdade é que não vi nada de interessante ainda na imprensa ou nos outros órgãos de comunicação social.
Informação aborrecida...
Apenas destaco o facto do meu amigo Joaquim de Castro ir publicar mais um livro das suas viagens. É lançado amanhã (24 de Abril) em Lisboa. O livro chama-se Mar das Especiarias e tem a chancela da Editorial Presença e um prefácio da euro deputada Ana Gomes.
Infelizmente perdi o seu contacto e não lhe posso enviar as felicitações pessoalmente. Se alguém souber onde pára, ou estiver em contacto com ele, façam-lhe chegar os meus sinceros votos de mais sucesso. Enviem-lhe este link para que ele possa entrar em contacto.
De resto... não me apetece escrever mais… deve ser do clima.
Vamos ver da parte da tarde como me sinto!

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Buddha Bar muda de nome!

O Buddha Bar deixou de ser Buddha Bar…
Ao que chega o extremismo religioso!
Em Jacarta, aquele que seria o primeiro Buddha Bar da Ásia (da cadeia baseada em Paris e onde nasceu o primeiro Buddha Bar), viu-se obrigado a mudar de nome depois de pressões de sectores budistas indonésios que se mostraram ultrajados com o nome de Buddha estar ligado a um bar!
O bar-restaurante (ao estilo HardRock Café) abriu recentemente num edifício de estilo holandês na zona histórica da capital indonésia mas cedo viu a sua licença cancelada pelo Ministro dos Assuntos Religiosos Maftuh Basyuni!
O bar agora chama-se Bataviasche Kunstkring, o antigo nome do edifício onde está instalado e que era parte um escritório da migração.
Imagino o que seria se o bar se chamasse Alah Bar num país como a Indonésia…
Thanks god was Budha!

Vietname chega-se

Numa altura em que se ataca tudo quanto é trabalhador não-residente em Macau, o primeiro-ministro vietnamita faz-nos uma visita!
Na Praia Grande ouvem-se apelos incessantes para que se reduza, alguns defendem para metade, o número de trabalhadores não-residentes. Diariamente ouvem-se, cada vez mais, gritos contra as comunidades não permanentes, especialmente os filipinos que, por serem os mais desprotegidos, acabam por levar com todas as culpas.
Sempre que se fala de não-residentes, lembram-se sempre dos filipinos mas esquecem-se dos chineses, dos indonésios e de outras nacionalidades!
A visita do primeiro-ministro vietnamita coincide, como muitos poderiam interpretar, com um período pouco atractivo para a as comunidades não-residentes.
Apesar dessa ser a mais fácil interpretação eu vejo na visita outro aspecto. Desde há algum tempo que o director da área dos trabalhadores, que tem ligações (familiares mesmo penso eu) à comunidade filipina tem vindo a perder força no executivo, causa de inúmeros problemas relacionados com o facto de estar no departamento há muito tempo. A imagem de uma pessoa na liderança de um departamento tão sensível em tempos de crise acaba, por muito forte que seja, por sair fragilizada. Shuen Ka Hung tem perdido poder de decisão, muitas vezes por culpa dele, e a reboque vai o poder de influência da comunidade Filipina.
Agora, com a visita do primeiro-ministro do Vietname, poderá ver-se uma crescente influência dessa comunidade em detrimento da proveniente de Manila.
Vamos esperar para ver os frutos da passagem por Macau do senhor vietnamita.

Veneza sem português

Na Praça do Senado está uma estrutura a publicitar as obras de Macau que participam na Bienal de Veneza deste ano. São 15 os artistas que participam, em nome colectivo e individual.
As obras estiveram já em exposição no Museu de Arte de Macau.
O que se critica é que, ao contrário do que aconteceu aquando da promoção da exposição no MAM, desta feita a informação não existe em português.
Os cartazes disponíveis na praça nobre do território apenas aparecem em chinês e inglês, menosprezando a língua oficial portuguesa.
Parece que estamos em Hong Kong e não em Macau.
Cada vez mais se vê o completo desrespeito pela ordem das línguas oficiais em Macau. Primeiro começou-se pelo sector privado, agora são os próprios departamentos do governo a não se interessarem minimamente.
Participam na Bienal de Veneza deste ano, a 53ª:
Mafalda Botelho, João Jorge de Magalhães, James Chu Cheok Son, Lee Yee Kee, Rita Portugal Lima, Konstantin Bessmertnyi, Rui Miguel Rebelo Leão, Wu Chong Wai, Bonnie Leong Mou Cheng, Kitty Leung Mou Kit, Wong Ho Sang, Cheong Cheng Wa, Kuan Keng Leong, Ho Kuan Mui e João Ó Bruno Soares.
Num local como o Largo do Senado, visitado por milhares de turistas e por onde milhares de residentes passam todos os dias, deveria haver uma maior preocupação em mostrar que em Macau se respeita a Lei Básica e se tem orgulho da cultura própria do território.
Afinal, parece que estou enganado…

terça-feira, 21 de abril de 2009

Mais polémica vinda do Sol Nascente

Lembram-se do primeiro-ministro japonês que irritava os países asiáticos, especialmente a cândida China, cada vez que visitava um templo para prestar homenagem aos antepassados?
Pois bem, o novo primeiro-ministro japonês, que todos esperavam ser o “salvador” veio agora a saber-se que tem enviado “prendas” para o tal santuário!
Ainda não o visitou publicamente, pelo menos que se saiba, mas tem dado ordens aos seus subordinados para que sejam enviados objectos de culto.
Entre 2001 e 2006 o antigo primeiro-ministro, que para muitos foi o mais competente ministro japonês, Junichiro Koizumi, irritava a China e a Coréia do Sul uma vez por ano, sempre que se deslocava ao templo de Yasukuni para rezar e prestar homenagem aos antepassados.
Agora é a vez de Taro Aso enviar um vaso com a planta sakaki (Cleyera japonica) no início do festival da Primavera japonês.
Segundo os responsáveis do templo também o anterior primeiro-ministro (que antecedeu Taro Aso) Shinzo Abe enviou a planta pelo mesma altura. No entanto, tal não foi tornado público!
Este acto torna-se mais visível porque Taro Aso tem agendada uma visita à China para os próximos dias...
A China, um dos países invadidos pelos japoneses, fica bastante irritada quando os governantes japoneses honram os seus mortos de guerra (parece que a ingerência em assuntos internos que a China tanto advoga não se aplica a eles mesmos!).
O templo de Yasukuni honra os milhões de japoneses mortos durante a Segunda Grande Guerra, incluindo 14 considerados criminosos de guerra.

Polícia tailandesa investigada

Enquanto a população em geral continua a fazer a sua vida normalmente, a clique politica tailandesa continua a entreter-se com resquícios dos incidentes de há uma semana.
Em resultado da interrupção da reunião da ASEAN em Pattaya vários responsáveis da polícia, nomeadamente o comandante da polícia na cidade de Pattaya e o comandante provincial de Chonburi vão ser transferidos para postos no comando central em Banguecoque! Será uma promoção ou castigo?
A investigação aos incidentes, que culminaram com a saída apressada dos líderes das seis nações participantes, para embaraço internacional do governo tailandês, está a ser levada a cabo pelo General chefe da polícia, Patcharawat Wongsuwan.
Na altura os presidentes e ministros de vários países tiveram de ser retirados de helicóptero do hotel na cidade resort de Pattaya porque a polícia se viu incapaz de evitar que os manifestantes, apoiantes do antigo primeiro-ministro Thaksin, entrassem no recinto. Um incidente que levou ao cancelamento da reunião e humilhou a Tailândia aos olhos do mundo.
Só aos olhos do mundo porque, pelo que se viu nos dias seguintes, a clique governativa nem sequer se preocupou com o assunto!
A vida continua!
Os chefes máximos são transferidos para Bangkok, para posições mais vantajosas de certeza e tudo fica bem!
A população, essa continua a sofrer com todas as lutas políticas sem ter culpa absolutamente nenhuma...

Tailândia a três cores!

Até agora tínhamos os amarelos (supostamente apoiantes da monarquia, ou escudados na figura do Rei para esconder verdadeiros objectivos) e que fecharam o aeroporto lançando o país na maior anarquia até que recebessem o poder de mão beijada.
Os vermelhos, que foram retirados do poder pelos amarelos, e que depois vieram para a rua, instigados pelo deposto Thaksin, e que levaram o país à beira da guerra civil, causando variadas batalhas campais em plena capital.
Agora surgem os azuis. Um terceiro grupo liderado por Nevin Chidchob e que, segundo alguns críticos, agrupa interesses do exército, da polícia e até de um Ministro do Governo. Quem o afirma é o próprio filho do conselheiro real que foi vítima de atentado na semana passada! Segundo este filho do magnata da comunicação social, são os azuis que tentaram matar o seu pai e não os vermelhos, como tentaram fazer o mundo acreditar!
E vai mais longe, diz que existe também um plano para acabar com o primeiro-ministro!
O texto foi publicado no Manager Online, uma das publicações do vasto grupo de Sondhi Limthongkul.

CEM e os milhões

Macau vai ver, mais uma vez, as tarifas de electricidade reduzidas? Ou será que é o subsídio aos consumidores que vai ser prolongado por mais um ano? Se bem me lembro temos estado a beneficiar de uma redução de 150 patacas na factura mensal do consumo eléctrico. Um apoio que, ao contrário do que a Companhia de Electricidade quer fazer crer, é suportado pelo Governo. Se bem me lembro bem discriminado na factura como Subsídio Mensal do Governo–150 mop.
Com os lucros avultados que a empresa apresenta anualmente, até mesmo em tempo de crise tão forte que até os casinos sofrem, deveriam ter vergonha em continuar a cobrar dos preços mais elevados do mundo pela electricidade que consumimos em casa.
Que mantenham os preços para a energia industrial tudo bem, agora para o consumo doméstico? Só lhes ficava bem, como empresa exclusiva de serviço público, reduzir todas as tarifas domésticas e suportar, assim como o Governo, todas as facturas dos consumidores mais carenciados.
Afinal, a CEM é próspera, graças a todos nós...

Ahmadinejad outra vez!

Então o nosso amigo Mahmoud Ahmadinejad acabou a falar sozinho em Genebra? O que será que se passa na cabeça daquele grande estadista que continua a insistir que o Holocausto não aconteceu, que tudo é uma grande invenção ocidental!
Aquele grande estadista que se orgulha de não haver males como drogados e homossexuais no seu país. Um país que, como todos suspeitam, deve ser um paraíso na terra e onde todas as liberdades estão garantidas! Pergunte-se às mulheres!
Com uma coisa concordo com ele. Israel é um estado xenófobo e invasor. Mas será que não haverá outra forma de resolver a questão israelo-palestianiana sem andar à batatada?
Olhem para Portugal e Espanha! Roubamos aldeias uns aos outros e ninguém se queixa... Vivemos todos como irmãos, mesmo com Espanha a tomar conta da nossa Economia nacional.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Artigos no Registo

20 de Abril 2009
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Tempos difíceis para os migrantes

A liberalização que deu origem à abertura de mercados, de fronteiras e a um infindável fluxo de bens de consumo e serviços criou também inúmeras oportunidades de emprego nos países asiáticos. Trabalhadores migrantes, como nos anos sessenta havia em Portugal e ainda hoje se vêm por altura das colheitas de fruta e das vindimas principalmente, são uma constante nesta parte do mundo. A diferença aqui é que as distâncias percorridas são maiores, envolvendo muitas vezes vários países. Agora, face à crise que se instalou, muitos dos países emergentes que eram o destino de grande parte destes trabalhadores estão a fechar as portas para se protegerem dos efeitos nefastos dos problemas financeiros. Dois dos grandes “fornecedores”
de mão-de-obra barata nesta parte do mundo, as Filipinas e o Sri Lanka, têm milhões de cidadãos a trabalhar no estrangeiro que face aos problemas que os empregadores enfrentam poderão regressar a casa de um momento para o outro. Só nas Filipinas, até ao final de Janeiro deste ano, o departamento responsável pelo controlo dos trabalhadores migrantes (Department of Labor and Employment - DOLE) registou mais seis mil despedimentos entre os trabalhadores migrantes em diversos países asiáticos (Overseas Filipino Workers - OFW). Especialmente os que se encontravam
em Taiwan foram seriamente atingidos com a crise mundial. No entanto, de acordo com vários artigos publicados nesta zona do globo, os números oficiais, regra geral, são mais baixos do que os avançados pelas organizações não governamentais. ONGs que se dedicam ao apoio a estes trabalhadores, como a Hope Workers Center registou, só em Dezembro de 2008 mais de dois mil despedimentos em Taiwan, enquanto que o DOLE avançava com pouco mais de mil. Mas nem só Taiwan acolhe os OFW das Filipinas. Países como a Austrália, o reino do Brunei, a Coreia do Sul, Macau e os Emirados Árabes Unidos, assim como o Reino Unido na Europa, estão também seriamente afectados pelo arrefecimento da economia mundial, pelo que os postos de trabalho destes trabalhadores migrantes estarãotambém em perigo. Para estes casos não há estatísticas oficiais. Relativamente a Macau, só a título de exemplo, e apenas num empreendimento ligado ao Jogo, de uma só vez, foram despedidos mais de mil funcionários provenientes deste arquipélago asiático. Apesar de tudo, e sabendo-se que nesta zona do globo a crise tem afectados sectores como a indústria electrónica, o entretenimento, a construção e os serviços, os números ainda não são alarmantes de acordo com os especialistas. Relativamente ao mercado de mão-de-obra barata do Sri Lanka tem sido mais afectado nas áreas da construção, banca e financeiro. De acordo com dados publicados na imprensa e atribuídos ao departamento governamental que regista todos os cidadãos que trabalham fora do país (Sri Lanka Bureau of Foreign Employment) até Dezembro de 2008 tinham conhecimento de mais de vinte mil desempregados devido a despedimentos de empresas que enfrentavam problemas relacionados com a crise mundial. O Japão, um dos destinos principais dos trabalhadores do Sri Lanka desde meados do ano passado tem dificultado a atribuição de permissões de trabalho. Em Novembro do ano passado o governo japonês previa que cerca de 90 mil empregados migrantes iriam perder os seus postos de trabalho em seis meses (de Outubro a Março). Ao anunciar estes números Tóquio queria realmente dizer que as medidas que iria meter em prática eram para tentar salvaguardar os empregos dos seus cidadãos, em despesa dos trabalhadores migrantes. Enquanto que os países fornecedores de mão-de-obra barata reconhecem que estes despedimentos colectivos vão fazer engrossar a já extensa lista de desempregados no seus países, pouco ou nada podem fazer para o contrariar. No entanto, as Filipinas não ficam de braços cruzados, tendo já metido em prática um plano de contingência para ajudar estes OFWs que regressam de vários países depois de perderem o emprego. A primeira medida passa por ajuda-los a tentar encontrar trabalho noutro país ou, no caso de se revelar impossível, optam por os apoiar na criação de pequenos negócios nos seus locais de origem para que possam garantir a sua subsistência e a das suas famílias, ao mesmo tempo que contribuem para dinamizar a economia doméstica. Isto pode parecer irrisório e de pouca importância, mas até em Portugal recentemente se tem falado das remessas dos imigrantes. Só para que possamos ter uma ideia das remessas do OFWs nas Filipinas, em 2008, de acordo com o Banco Mundial, ascenderam ao equivalente a 18 mil milhões de Euros, cerca de dez por dento do Produto Interno Bruto de Portugal. Dá para perceber o peso destes trabalhadores nas economias dos seus países de origem e os problemas que os seus despedimentos podem causar. Em diversos países asiáticos o desemprego tem levado milhares de trabalhadores, sobretudo emigrantes, a protestar nas ruas.
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NaE's kitchen A Cozinha da NaE

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