Como blog estaremos aqui para escrever as nossas opiniões, observações e para que quem nos visite deixe também as suas. Tentaremos, dentro das possibilidades, manter este local actualizado com o que vai acontecendo à nossa volta em Macau e um pouco em todo o lado...

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Transmac e TCM recebem milhões

As companhias de autocarro de Macau (Transmac e TCM) anunciaram há dias que tinham tido prejuízos. Tal repete-se todos os anos mesmo com chorudos subsídios do Governo!
As duas companhias concessionárias de um dos serviços públicos mais subsidiados em Macau asseguram que perdem dinheiro.
No entanto, a verdade é que o Governo lhes paga para prestarem um serviço e ainda lhes subsidia as viagens. De acordo com os sistemas de apoio introduzido recentemente, o Governo “paga” cerca de 11 milhões de patacas para subsidiar as viagens dos residentes, dinheiro que vai, juntamente com o valor do contrato de concessão, para as empresas dos autocarros.
Sinceramente, olhando para a qualidade do serviço, dos autocarros e dos funcionários, é difícil acreditar como podem ter prejuízo.
11 milhões mensais dá cerca de 132 milhões anuais, juntando ao valor da concessão da parte do Governo, parece ser mais do que suficiente para não haja necessidade de aumento de preços e desculpas para não melhorarem os serviços que nos prestam (e que são pagos com os nossos impostos).

Chow para Santa Sancha

Até agora tenho ouvido falar de nomes que pouco me agradam como candidatos a Chefe do Executivo. Seja o comissário Cheong U, os secretários Francis Tam,Chui Sai On ou Florinda Chan ou os empresários José Chui Sai-peng e Ho Iat-seng, o procurador Ho Chio Meng, ou o juiz Sam Hou Fai. As escolhas são mais do que muitas e parece haver muita gente interessada no poleiro. No entanto, ninguém tem a coragem de avançar e assumi-lo publicamente.
Pois aí está a surpresa. Ou talvez não! O empresário David Chow, de quem já falamos aqui por razões positivas, anunciou que está a pensar em avançar com a sua candidatura a CE caso consiga reunir os apoios necessários.
Com ampla experiência como deputado, empresário de sucesso, e nas boas graças de Pequim graças aos avultados investimentos que tem feito do seu bolso no país (de referir que abriu o Legendale, o maior hotel da capital aquando dos Jogos Olímpicos), David Chow poderia ser a surpresa da eleição.
Mas não entremos em divagações alucinadas, até o próprio afirma que será impossível ser eleito. Mesmo para reunir os apoios necessários para ser candidato se afigura difícil defendeu o empresário.
Ciente da realidade política de Macau e da China propõe-se, pelo menos, a agitar as águas.
Considero que se fosse numa eleição universal e directa a conversa poderia ser diferente (teria o meu voto certamente!).
Até que seria interessante, pelo menos por um mandato, ter o senhor Cônsul Honorário de Cabo Verde como Chefe desta terra.

Cabos a nu!

Isto são cabos eléctricos!
A descoberto e ao nível da rua. Nem queria acreditar quando esta manhã passei por eles numa rua no centro histórico de Macau perto do Largo de S.Domingos.
A princípio pensava serem cabos abandonados e em espera para serem levados para o lixo mas depois deparei que eram uma nova instalação de energia para uma das lojas do bloco. E, pelo que vi, saíam directamente da caixa de derivação.
Não sei se ali foram instalados pela CEM ou por um qualquer electricista que considerou seguro deixar os cabos assim enfrente a uma escola do Governo onde centenas de jovens entram e saem diariamente.
Para mais, na porta do lado vários polícias tomam o seu pequeno almoço todos os dias depois de entrarem ao serviço.
Para quando uma tragédia?
Será necessário que alguém, propositadamente ou por acidente, toque nap arte descapada dos cabos para que alguém se lembre que está algo errado na forma como as obras em Macau são fiscalizadas?

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Sócrates processa jornalista

O jornalista João Miguel Tavares publicou um artigo crítico de Sócrates no Diário de Notícias. As críticas caíram mal em sua santidade que habita em S. Bento e o resultado foi um processo judicial.
O mais caricato é a argumentação e o estado em que se encontra a realidade política portuguesa que, quando atacada nas folhas da imprensa ameaça com processos judiciais, pressões sobre as redacções e manipulações que levam, na maior parte das vezes, no despedimento dos jornalistas envolvidos. Mete-se em causa a liberdade de expressão e a tão saudável relação que havia entre o público e a comunicação social.
Perante este ambiente poucos são já os jornalistas que se aventuram a fazer opinião critica ao governo socialista.
.

Leiam o artigo que merece.

...


opiniao
JOSÉ SÓCRATES, O CRISTO DA POLÍTICA PORTUGUESA
por
João Miguel Tavares
Ver José Sócrates apelar à moral na política é tão convincente quanto a defesa da monogamia por parte de Cicciolina. A intervenção do secretário-geral do PS na abertura do congresso do passado fim-de-semana, onde se auto-investiu de grande paladino da "decência na nossa vida democrática", ultrapassa todos os limites da cara de pau. A sua licenciatura manhosa, os projectos duvidosos de engenharia na Guarda, o caso Freeport, o apartamento de luxo comprado a metade do preço e o também cada vez mais estranho caso Cova da Beira não fazem necessariamente do primeiro-ministro um homem culpado aos olhos da justiça. Mas convidam a um mínimo de decoro e recato em matérias de moral.
José Sócrates, no entanto, preferiu a fuga para a frente, lançando-se numa diatribe contra directores de jornais e televisões, com o argumento de que "quem escolhe é o povo porque em democracia o povo é quem mais ordena". Detenhamo- -nos um pouco na maravilha deste raciocínio: reparem como nele os planos do exercício do poder e do escrutínio desse exercício são intencionalmente confundidos pelo primeiro-ministro, como se a eleição de um governante servisse para aferir inocências e o voto fornecesse uma inabalável imunidade contra todas as suspeitas. É a tese Fátima Felgueiras e Valentim Loureiro - se o povo vota em mim, que autoridade tem a justiça e a comunicação social para andarem para aí a apontar o dedo? Sócrates escolheu bem os seus amigos.
Partindo invariavelmente da premissa de que todas as notícias negativas que são escritas sobre a sua excelentíssima pessoa não passam de uma campanha negra - feitas as contas, já vamos em cinco: licenciatura, projectos, Freeport, apartamento e Cova da Beira -, José Sócrates foi mais longe: "Não podemos consentir que a democracia se torne o terreno propício para as campanhas negras." Reparem bem: não podemos "consentir". O que pretende então ele fazer para corrigir esse terrível defeito da nossa democracia? Pôr a justiça sob a sua nobre protecção? Acomodar o procurador-geral da República nos aposentos de São Bento? Devolver Pedro Silva Pereira à redacção da TVI?
À medida que se sente mais e mais acossado, José Sócrates está a ultrapassar todos os limites. Numa coisa estamos de acordo: ele tem vergonha da democracia portuguesa por ser "terreno propício para as campanhas negras"; eu tenho vergonha da democracia portuguesa por ter à frente dos seus destinos um homem sem o menor respeito por aquilo que são os pilares essenciais de um regime democrático. Como político e como primeiro-ministro, não faltarão qualidades a José Sócrates. Como democrata, percebe-se agora porque gosta tanto de Hugo Chávez.


Coisas estranhas

Da próxima vez que pensarmos que a nossa cidade tem leis estúpidas, pensem nestes exemplos que vos deixo agora.
Em Veneza, Itália, por exemplo, é proibido alimentar os pombos, andar de tronco nu, subir aos monumentos e fontes ou mesmo sentar-se no passeio para comer uma sandes. As multas vão de um simples aviso a seis mil patacas!
Na Alemanha, nas famosas “autobahn” (auto-estradas) é proibido ficar sem gasolina, assim como é ilegal andar a pé. Cerca de 1000 patacas por infracção.
Aqui mais perto, na Tailândia, mesmo no pico do calor, é proibido conduzir de tronco nu, seja de carro ou de motorizada. A multa é de cerca de 100 patacas.
Já no Canadá, de acordo com uma Lei de 1985 que regula o uso de moedas, não é permitido o uso de moedas de cêntimos ou de uma pataca para pagar despesas superiores a 100 patacas. Não existe penalização mas fica ao critério do vendedor aceitar ou não o pagamento!
Em Franca é proibido beijar nas estações de comboio, de acordo com uma lei de 1910. Tal demonstração de afecto começou também a ser banida em algumas estações em Inglaterra.
Em Moscovo, Rússia, parece que não gostam de carros sujos. Quem for apanhado a conduzir um automóvel sujo pode estar sujeito a uma multa que pode chegar às mil patacas!
Na ilha de Granada, nas Caraíbas, destino de inúmero cruzeiros, é proibido passear de fato de banho! Assim como também é proibido usar os jeans muito largos! A multa pode chegar às três mil patacas!
Na Dinamarca conduzir com as luzes do carro desligadas dá lugar a uma coima. Esta lei baseia-se em estudos que provam que com luzes ligadas os condutores são mais atentos. Outros países da UE estão a pensar adoptar a norma. A sua violação dá lugar a mil patacas de multa!
E, em Singapura, mastigar pastilha elástica, não usar o autoclismo em sanitas públicas, alimentar pombos e cuspir para o chão são sancionados com uma multa de 800 patacas. E, acreditem, a Lei é aplicada.
Não como em Macau!

Cubic na lista dos melhores?

No Ponto Final de hoje lia-se que o clube de Macau, o Cubic, tinha sido distinguido como um dos melhores do mundo.
Curioso como sou, fui ver o que conseguia apurar sobre a dita revista que tinha atribuído tão distinto galardão, a Finest. Descobri que se trata de uma revista dedicada ao divertimento nocturno e que no seu último número até traz uma entrevista com o actual James Bond!
Quanto à distinção do Club Cubic, ali para os lados da AIA tower, nada de oficial. A única informação que o website da Finest tem do Cubic é na secção destinada aos membros.
Posso estar enganado, e confesso que até gostaria de estar porque uma distinção destas seria boa para a imagem de Macau como destino de divertimento com mais do que casinos, mas parece-me que a informação foi enganosa e baseada no que está disponível na descrição do Club Cubic pela Finest na sua secção de membros, a "pagantes $$"!
Assim vai o jornalismo... Não percebo como o director, sendo competente como é com provas dadas, deixou passar esta gralha.
O Ponto Final já não tem edição online pelo que não vos posso disponibilizar o link
.
Dos comments... boas novas sempre benvindas que transcrevo...
" Anónimo disse...
O PF tem nova página online:http://pontofinalmacau.wordpress.com/ "

terça-feira, 7 de abril de 2009

Violação legal no Afeganistão

Afeganistão dá o exemplo de como se fazem leis modernas! Assim fica o legado dos americanos neste país que ajudaram a libertar!
De acordo com a comunicação social internacional o parlamento afegão aprovou uma Lei que tem como objectivo “dar” aos shiitas a sua própria identidade.
A nova lei prevê que as mulheres shiitas para saírem de casa só o possam fazer quando autorizadas por um membro masculino da família e dão luz verde aos maridos shiitas para que mantenham relações sexuais com a sua esposa (não refere esposas!) mesmo que esta o recuse (violação? Relação sexual não consentida?).
Membros do parlamento afegão, que se mostram contra esta Lei, afirmam que as vítimas da política no país são as mulheres e as crianças.
Ver o artigo completo da CNN para acreditar no que leram!
É inacreditável nos dias de hoje que leis como estas possam ser implementadas em qualquer parte do mundo.

Afinal quem diz a verdade?

Recentemente foi lançado um foguetão/míssil da Coreia do Norte. Disso todos têm a certeza.
O camarada Kim diz que o satélite está em órbita e a transmitir músicas revolucionárias norte coreanas.
O Japão e os Estados Unidos, assim como a Coreia do Sul e mais recentemente até os Russos, dizem que nada entrou em órbita, apressando-se a acusar Pyongyang de falsidade e de terem apenas feito o teste de um míssil balístico de longo alcance.
Em que ficamos?
Eu tenho estado toda a manhã a tentar captar músicas norte coreanas (que sempre cativaram o meu “eu” audiófilo) sem grande sucesso. Apenas apanha sinais ocidentais desnorteados!
Apelo aos camaradas norte coreanos para, por favor, divulgarem o “raio” da frequência da emissão de satélite. É que o meu receptor está farto de dar a volta ao planeta e não apanha nada.
Começo a pensar que o CCAC está a bloquear o acesso às emissões aqui em Macau!

10 anos por Lesa-majestade

O país do rei Bhumibol tem estado nas bocas do mundo nos últimos dias. Infelizmente pelas razões menos positivas.
Desde a saída do antigo primeiro ministro Thaksin que a Tailândia nunca mais teve dias de estabilidade. Quer queiramos quer não, o ex-primeiro ministro (que foi deposto por golpe de estado) tinha algumas virtudes. Mas, como em qualquer político, tinha também muitos defeitos e um deles terá sido o de ser muito ambicioso.
Não se fazem aqui juízos de valor nem se avalia a prestação dos ministros do reino do Sião. A verdade é que nos anos de governação do Thai Rak Thai a Tailândia esteve prospera e estável. Desde então é o que se conhece e é público. Já perdi a conta aos governos e primeiros-ministros. No entanto, não é isso que me leva a escrever este post. A razão é a publicação, recente, de uma notícia referente a uma sentença relacionada com um caso de Lesa-majestade. Uma lei que ainda é usada na Tailândia sempre que alguém ousa falar algo que possa ser considerado “contra” a família real.
Aos olhos ocidentais, mesmo para quem convive com a cultura tailandesa diariamente (quem me conhece sabe do que falo) isto é algo difícil de entender, quanto mais de aceitar ou compreender. Não tenho que aceitar porque não é o meu país. Apenas respeito porque as regras de boa educação assim o exigem e o povo o merece.
A verdade é que um homem tailandês foi condenado a 10 anos de prisão por ter publicado, na internet, as suas opiniões que, por acaso, seriam “insultuosas” para a família real.
Como não tenho conhecimento das "acusações", nem o teor das mesmas, não posso opinar acerca do seu conteúdo. No entanto, poderemos sempre deixar a nossa visão desta lei que parece datar do século passado.
Para tal basta olharmos para outras monarquias em todo o mundo e ver que tais leis há muito deixaram de existir, ou se existem no papel, não são aplicadas na prática. As monarquias evoluíram.
Pelo que li e estudei sobre a família real não me parece que, pelo menos o patriarca, apadrinhe a utilização de tal lei.
Considero que tudo tem limites e a decência não precisa de leis de Lesa-majestade.
Há um princípio que para mim é sagrado e suficiente. A "boa educação e o respeito pelo nosso semelhante". Quando estes princípios são defendidos e usados não são precisas leis draconianas.

Como a China olha para os EUA

A China e os Estado Unidos vão estar em foco no meu próximo artigo do Registo. A crise económica mundial e as alterações que pode gerar na estrutura financeira e na forma de funcionamento do FMI.
"(...)
De forma muito clara os chineses afirmam que os americanos não podem recorrer, sistematicamente, à impressão de mais moeda para equilibrar a balança monetária forçando os outros países a acumular dólares.
Apesar da América ainda ser a maior e mais forte economia, mas já não está sozinha defendem os chineses dizendo também que as regras devem ser universais e iguais para todos.
Por outro lado, o papel do dólar como unidade de transacção de bens a nível mundial, como por exemplo o petróleo, já não pode servir para os Estados Unidos se protegerem das flutuações do valor da sua moeda no mercado mundial.
Com o DSR como unidade contabilística, as flutuações do dólar irão afectar o preço que os americanos terão de pagar por esses bens, como qualquer outro país do mundo. Pela primeira vez em cinco décadas os Estados Unidos poderão ter de contar com as flutuações da sua moeda nas trocas comerciais com outros países.
(...)"

Duplex para venda!

Está em curso um programa do Governo para revitalização das zonas históricas. O Executivo tem injectado milhões de patacas mensalmente para pagar obras de renovação dos edifícios antigos e degradados nestas zonas da cidade. No entanto, nas mesmas zonas, continuam a prevalecer aberrações que surpreendem residentes e visitantes.
Basta olhar para cima quando andamos pelas ruas de Macau para ver-mos grades nas janelas, para ver-mos terraços transformados num piso extra fazendo do quarto andar de um prédio num duplex, ou num quinto andar ilegal.
Este caso que agora aqui trago é da Calçada do Monte e estava ontem a ser mostrado a potenciais compradores.
Como se pode ver pela foto, o terraço e o último andar são “extras”, no entanto, ninguém se “importa”! A verdade é que isto acontece em todo o lado e ninguém parece querer saber.
As autoridades, que deviam fiscalizar estes problemas não se preocupam nada. Aliás, quem ontem estava a visitar este apartamento poderia muito bem ser funcionário do Governo!
Eu próprio já me senti tentado a comprar um destes apartamentos. É como comprar dois pelo preço de um e meio. Um verdadeiro negócio da China como se diz em Portugal!
As queixas, quando são feitas, nunca têm seguimento... As Obras Públicas andas ocupadas com "outras” coisas mais importantes!
Só como curiosidade, este prédio, no tecto do piso do rés-do-chão teve de levar uma estrutura de ferro para suportar o peso extra! É visível na rua mas não parece incomodar!

Enviem para o IASM p/f

Este pobre diabo passa os dias nas arcadas do Largo do Senado. Faça chuva ou faça sol é vê-lo por ali empurrando o seu atrelado carregado de nada e com um cheiro nauseabundo.
Nada disto seria muito chocante não fosse este local o cartaz turístico de Macau. A par das Ruínas de São Paulo o Largo do Senado deve ser dos locais da RAEM que mais fotografias dá aos turistas.
Além dos naturais atractivos dos edifícios históricos que se concentram nesta zona, a par do excelente conjunto de calçada à portuguesa (que os chineses criticam mas que os turistas adoram) único na Ásia, agora existe esta nova sensação. Um caso para o Instituto de Acção Social mas que parece ninguém ligar. Já por inúmeras vezes fora abordado nos jornais mas as autoridades nada fazem para dar uma vida digna a esta pobre alma.
A par do ar desolado, imundo e deprimente que imprime a esta zona frequentada por milhares de locais e turistas diariamente, é um autêntico atentado à saúde pública e à salubridade da zona.
Um ponto positivo, Macau está a ficar conhecido por esta nova atracção a julgar pelo número de fotografias que lhe são tiradas todos os dias pelos visitantes, especialmente japoneses sempre ávidos de criticar algo que não está bem.
É altura disto chegar aos olhos e ouvidos de quem pode fazer alguma coisa. Visto que parecem não ler os jornais, pode ser que alguém lhes envie este blog!

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Chan e os videos xxx

Começou em Hong Kong o julgamento do ano!
Aqui por Macau temos a novela de Ao Man Long (chata e enfadonha) em Hong Kong têm o julgamento do caso das imagens de Edison Chen a “divertir-se” com colegas da indústria cinematográfica e do canto pop...
Em tribunal está o técnico de informática que resolveu dar-nos a conhecer tudo quanto o actor fazia e que não era mostrado no grande ecrã!
Apesar das acusações de que é alvo, de uso de imagens de terceiros sem permissão e de usufruto dessas imagens sem autorização, afirmou-se inocente.
O caso começou quando o actor, em 2006, levou o seu computador portátil para reparar e o técnico, ao ter acesso ao que estava no disco duro, não resistiu a fazer o upload para deleite de todos nós!
O resto é do conhecimento público e ainda hoje pode ser visto um pouco por toda a internet. Imagens vídeo de Edison em cenas de sexo explícito com algumas das mais promissoras actrizes e cantoras de Hong Kong!
Filmes caseiros que ficaram famosos do dia para a noite, que todos criticam mas que, no anonimato todos vêm!
Assim vai esta sociedade puritana...
Link aqui (não para os filmes... para o artigo em inglês!)

Crise, qual crise?

Como venho dizendo, a crise é mesmo só para alguns!
No território aqui ao lado, Hong Kong, compram-se garrafas de vinho tinto pela módica quantia de 62 mil dólares americanos!
Claro que não é um vinho qualquer, é um Château Latour de 1961. Ou seja lá o que isso significa!
O preço da garrafa imperial (equivalente a oito garrafas normais) foi pago por um apreciador asiático não identificado.
Quase meio milhão de patacas por meia dúzia de litros de vinho tinto em tempo de crise até parece brincadeira de 1 de Abril. Mas não, é a pura verdade e fez manchetes em todo o mundo porque foi o primeiro leilão de vinhos realizados na antiga colónia britânica pela Sotheby’s.
Afirmava um representante da casa de leilões que “"os resultados do leilão são admiráveis e reflectem a qualidade dos lotes a leilão e também o apetite asiático para vinhos raros”.
Por favor senhores, não se venham queixar de crise mundial e depois fazer manchetes com notícias deste teor. É preciso, antes de mais, alguma coerência...

Não há Lei Sindical

Gostaria de aqui registar o facto de Macau continuar sem Lei Sindical.
O deputado Pereira Coutinho apresentou, pela terceira vez, a proposta na Assembleia Legislativa mas os seus colegas do hemiciclo voltaram a negar um direito universal aos trabalhadores de Macau.
Numa assembleia maioritariamente composta por patrões outra coisa não seria de esperar. Enquanto assim for Pereira Coutinho pode apresentar as propostas que quiser que vão todas acabar como esta!
Das mais variadas argumentações usadas para o chumbo a que mais me fez pensar foi a de que (não me lembro quem o afirmou) em Macau existe o direito à greve pelo que não há necessidade de nenhuma Lei Sindical!
Espero que os deputados que faltaram à sessão, Lau Cheok Va (vice-presidente da AL e representante do sector laboral!), Leonel Alves (nomeado!) e David Chow ( O único representante do sector empresarial que sempre votou a favor da Lei sindical) não faltem na próxima tentativa de Pereira Coutinho.
A falta de Lei Sindical é uma falha da nossa legislação e torna-se perigoso depois da aprovação do artigo 23∘.

Macau discutido em Lisboa

Lê-se nos jornais de hoje que “Rumos de Macau e Relações Portugal-china” vão ser debatidos em Portugal por ex-Governadores de Macau. A saber, Rocha Vieira, Garcia Leandro, Carlos Melancia e Pinto Machado.
Confesso que me apeteceu rir ao ler esta “quadratura do círculo”! Estes senhores enquanto aqui estiveram com as rédeas do poder nada mais fizeram que encher os seus bolsos e dos seus “compadres”. Agora Macau apadrinha-lhes uma reunião para discutir aquilo que deveria ter sido discutido há muitos anos.
Discussões de relações de Macau com Portugal, na minha opinião, devem passar por falar com quem aqui vive e com quem por aqui se interessa. Não por encontros de amigos que passaram por aqui para espremer a árvore das patacas!
Já soa ao jantar que referia no outro post há alguns dias!
No encontro patrocinado pelo Centro Científico e Cultural de Macau vão também marcar presença outros políticos e diplomatas como o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros Pires de Miranda, Medeiros Ferreira e o embaixador Pedro Catarino, o presidente do centro Filipe Barreto e o investigador Moisés Silva Fernandes.
E a malta que vive em Macau??

Somos 40 milhões!

Li recentemente que o número de portugueses (luso-descendentes) chega quase aos 32 milhões, espalhados por todo o mundo. Quem o afirma é um empresário português de 78 anos que fez um levantamento sobre os portugueses que emigraram entre 1951 e 1965.
Este número, a ser verdade, faria de Portugal um país com mais de 40 milhões de almas.
Pessoalmente, e já com alguns anos a viver fora dessa terra lusa, acho o número algo diminuto.
Com a fama que temos, e com os séculos que já contamos aqui por estes lados do Oriente, esse sangue luso deve correr em muito lado!
Comecem a contar!

Um cheirinho do meu artigo

Deixo-vos agora um cheirinho do meu artigo para a próxima edição d'O Clarim:


"(...) Raramente se vêm acções preventivas nas ruas de Macau. A única multa que se vê ser aplicada frequentemente é a de estacionamento, exactamente aquela em que deveria haver mais compreensão devido à manifesta falta de locais de parqueamento no território.Outra das infracções habituais em Macau prende-se com o indevido uso das luzes do veículo, nomeadamente o indevido uso dos máximos. É frequente ver-se carros a circular durante a noite com os máximos sempre ligados, pouco se importando com os outros condutores, apesar de repetidamente serem feitos sinais de luzes para que retirem os máximos e usem os médios. Esta infracção em Portugal é considerada como muito grave (a tabela de multas é constituída por Leves, Graves e Muito Graves) e obriga ao pagamento de 60 Euros de coima. Em Macau a multa é de 600 patacas e nada mais! Que eu saiba não existe nenhum registo do pagamento deste tipo de infracção nos anos mais recentes! (...)"

O restante poderá ser lido em breve nas páginas do jornal, em papel, ou no website http://www.oclarim.com.mo/ na próxima sexta-feira.

Energia para Macau

N'O Clarim de sexta-feira escrevia o seguinte:
"É do conhecimento de todos que no território há comissões e gabinetes para estudar tudo e mais alguma coisa. No entanto, é apenas do conhecimento de alguns que essas entidades pouco ou nada fazem, a não ser o publicarem relatórios inconclusivos e estudo preliminares!
Nos últimos tempos temos visto um organismo relativo à poupança de energia, ou aplicação de energias renováveis em Macau, vir a público anunciar isto e aquilo.
A última grande notícia do Gabinete para o Desenvolvimento do Sector Energético prende-se com o estudo da implementação de combustíveis verdes e novas tecnologias nos autocarros públicos. Falaram ainda dos resultados da introdução do gás natural em Macau e do projecto que existe para o uso de energia solar por parte dos edifícios dos serviços do Governo e, ainda, da possibilidade da regulamentação dos níveis das emissões poluentes. Uma medida, – referiram, – que está já a ser aplicada aos veículos de duas rodas e que pode ser alargada a todos os veículos automóveis.
Não há dúvidas de que tudo o que for feito para proteger o ambiente onde vivemos é de elogiar. E, como todos também sabemos, acções falam mais do que quaisquer palavras proferidas.
A verdade é que Macau, além do gás natural, que pouco uso tem tido por falta de incentivos ou regulamentação que obrigue ao seu uso, nada mais há.
Estou um pouco reticente no que se refere a comparar Macau com territórios vizinhos, mas neste caso não nos resta outra solução. Vou citar apenas dois exemplos, o de Hong Kong e o da capital tailandesa, Banguecoque.
Na antiga colónia britânica, um vasto número (quase a rondar os cem por cento) dos transportes públicos, nomeadamente táxis e autocarros, funcionam a gás natural ou a gás liquefeito (GPL). Há mesmo casos de autocarros movidos exclusivamente a energia eléctrica, a funcionar normalmente, e não apenas à experiência, como ocorreu em Macau durante algum tempo, mas de que nunca mais se ouviu falar.
Em Banguecoque, longe de ser o exemplo ideal de cidade organizada, todos os transportes públicos funcionam a GPL, incluindo os famosos «tuk-tuks» (os triciclos que inundam as ruas e ruelas da capital). Nesta cidade, até mesmo muitos dos barcos utilizados para a travessia do rio dos reis (Chaopraya) são movidos a GPL ou a gasóleo verde. Sendo que estes últimos pagam mais impostos do que os movidos a gás.
Estes exemplos que refiro não são de agora. São uma realidade, tanto em Banguecoque como em Hong Kong, há muitos anos. De tal forma que a população já nem concebe o seu dia-a-dia sem eles.

Olhemos para Hong Kong
O que me deixa consternado é que na terra onde vivemos só agora se chegou à criação de comissões e equipas de estudo para pesquisar a possibilidade de aplicar tais iniciativas em Macau. Desnecessário será aplicar medidas que, dentro em breve, se tornariam obsoletas!
Fala-se da aplicação da energia solar em edifícios do Governo. Lembro-me da minha infância na Europa e do painel solar que já existia na escola para aquecer a água usada no duche depois das aulas de Educação Física. Já lá vão mais de vinte anos! As tecnologias agora usadas são outras e mais avançadas, pelo que discutir a introdução de soluções já ultrapassadas, ou que o estarão muito em breve, é uma perda de tempo e de recursos públicos.
A título de exemplo, deixo uma ideia que está a ser desenvolvida no território vizinho de Hong Kong e que se prende com a utilização da energia eólica para produzir electricidade para os prédios do Governo e habitacionais. Uma ideia de um inventor francês radicado em Hong Kong há muitos anos.
Depois do exemplo pioneiro dos clubes de «fitness» que estavam a usar a energia despendida pelos seus clientes durante os exercícios para aquecer a água dos duches e manter ligadas as lâmpadas de iluminação do ginásio, este inventor teve a ideia de aplicar o princípio da geração de energia através de ventoinhas de vento de pequena dimensão. Havia, porém, um problema: é que, normalmente o vento por estes lados não sopra suficientemente forte para fazer girar as tradicionais ventoinhas. Por isso, surgiu um novo conceito que está agora a ser aplicado, tanto por privados como por instituições públicas, visto ser de baixo custo e alta eficácia.
O investimento é de apenas 250 patacas por cada conjunto de pequenas ventoinhas, que podem ser instaladas no topo dos prédios e que giram com ventos de intensidade muito baixa. Seria uma solução para poupar energia e, por outro lado, para acabar de vez com as construções ilegais que grassam por todo o lado.Estas micro-turbinas poderão também ser usadas em Macau sem qualquer estudo prévio. Para tal basta contactar o inventor. E, claro, esperar que o Gabinete aprove!"

NaE's kitchen A Cozinha da NaE

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