Como blog estaremos aqui para escrever as nossas opiniões, observações e para que quem nos visite deixe também as suas. Tentaremos, dentro das possibilidades, manter este local actualizado com o que vai acontecendo à nossa volta em Macau e um pouco em todo o lado...

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Fragrant Harbour

UntitledParadise next door

Hengqin Dao, the island west of Taipa and Coloane, is being promoted by China’s central government as a mecca for leisure in the Pearl River Delta. Promotional material has been issued and Wam Kam, as it is known in Cantonese, Ilha da Montanha in Portuguese, looks set to become serious competition to its wealthy neighbour, Macau.
For years, the people of tiny Macau have talked about expanding into the adjacent islands to relieve their space shortage. Interestingly, some historical sources suggest Hengqin Dao was actually a part of Macau when it was under Portuguese rule in the very early years. So, for Macau to push westwards, and reap the rewards, would seem natural. But China has other ideas and wants a tripart development of the island, involving Macau, Hong Kong and Guangdong province.
Actually, infrastructural and building work on the island has been going on for some time. The first project was notably the new campus of the University of Macau, now well underway to the left side of the Lotus Bridge. Roads are being laid and utilities set up. Once the university got approval to begin construction, by the way, many of Macau’s other educational institutions submitted applications to Beijing for building permits.
But there are also those in Macau who fear that the housing projects on Hengqin Dao may end up like the previous development surge some years back. None of them was completed and the buildings just stand empty and unfinished — an eyesore just across the channel.
Here is another project underway on Hengqin Dao: on the left side of the bridge (above) connecting the Cotai area of Macau to Hengqin Dao, and to the left of Hengqinzhen (Hengqin village), the largest water amusement park in Asia is being built. This is a massive investment to attract customers from the Mainland as well as Macau. Of course, free movement between Macau and Hengqin is going to be necessary; word is that should be sorted out by the end of the year. Other details such as car insurance and driving licences are now being discussed.
The scale of what is being undertaken on Hengqin Dao is, of course, amazing but not unlike the headlong rush to modernise and develop elsewhere in China. Consider that Hengqin Dao is three times the size of Macau and is the largest island in the Zhuhai region. At present it has 3,000 or so residents. By 2020, the estimate is 280,000!
Divided into three specific zones — Leisure and Tourism, Education, Science and R&D, and Commercial — the island has a number of other projects underway (right). By 2012 most of the roads will be ready, including primary and secondary routes, a throughway, a ring road, landscaping and embankments. Not forgetting the MTR Guangzhou-Zhuhai and Guangzhou-Zhuhai extension of the West Expressway.
Let’s hope the construction (right) side of Hengqin’s development will not end up like the infamous housing projects in Hong Kong (for example, the one on Lamma). As for the marine side, the official promotional material does feature marinas and facilities for recreational boating. One is connected to a residential area and the other to the recreational zone covering the area south and east of the island (where the Tianhua Natural Scenic Area, San Diequan Scenic Area and Sea Paradise are now).
In addition, there appear to be navigation channels, possibly based on what currently exists on the island. The lower area of Hengqin Dao has a network of channels and waterways very well known to the people who like to go fishing there.
Planners would do well to factor in more marine recreation into Hengqin Dao’s development. Not only can this satisfy the needs of wealthy Mainlanders and Macanese, but it could also draw very lucrative custom from good old Hong Kong. It’s not too far and, if they get their clearance procedures right, it would be perfect for fleets of yachts (given Macau’s woeful record for paperwork).
Planners should also take a shrewd look at Hong Kong’s failure to develop its superyacht appeal. With marinas popping up almost monthly in places like Hainan, Nansha and elsewhere along the southern China coast, they could come up with incentives to draw floating visitors from outside Asia. Worth a thought.
In 2015, according to the data that was made public, the watercourse Maliuzhou Waterfront Landscape and Zhongzingou Belt Valley Waterfront Landscape will be equipped with all sorts of cultural and recreational services. Don’t dismiss this: consider the incredible Nanhai No.1 museum on Hailing Island (three hours’ drive southwest of Zhuhai, covered in our Number 255 issue).
The Hong Kong-Zhuhai-Macau bridge, scheduled for completion in 2016, may contribute to the popularity of Hengqin Dao, provided tolls are made attractive for private cars and coaches.
Other projects currently underway on Hengqin Dao include the Chime-Long International Ocean Resort, an industrial park for Guangdong-Macau cooperation, the headquarters building for the Hengqin Development Board, the Shizimen Central Business District (CBD), a multigas-engine generator and supplier and the first phase of Hengqin New Home Complex.
For the Macanese, Hengqin’s ascendancy is viewed as a good thing. There is little space in Macau to grow and there is no desire for more reclamation. Hengqin could provide liebensraum and help improve the quality of life in the former Portuguese enclave.
http://www.youtube.com/watch?v=fWIuUfUm2kQ&NR=1

O CLARIM - Semanário Católico de Macau

Lei pode resolver problemas do trânsito

MUITO se tem falado sobre a qualidade dos condutores de Macau e do trânsito que, a cada dia que passa, se torna cada vez mais caótico. No entanto, acredito que, se as leis do trânsito fossem seguidas à risca, muito mudaria e a circulação seria muito mais fluida.

Para quem conduz em Macau, percorrer as estradas diariamente é uma aventura que, não poucas vezes, acaba mal. Contudo, eventuais acidentes poderiam, muitas vezes, ser evitados, se todos seguissem as regras que aprenderam nos bancos das escolas de condução.

Daí que, se parte do problema é os condutores não seguirem as regras básicas da circulação rodoviária, faz todo o sentido que os responsáveis do sector comecem por ter isso em conta, ao procurarem solucionar o problema do trânsito.

Ainda me lembro que, no início dos anos 90, na Europa passou-se a criar uma mentalidade, instituída superiormente, que ficou conhecida como «tolerância zero». De um dia para o outro, as autoridades rodoviárias deixaram de ser complacentes para com os prevaricadores, aplicando a lei à letra e não havendo lugar a qualquer tipo de excepção.

Na altura, muitas vozes se levantaram, houve manifestações e mini-revoltas de pessoas que não se conformavam com o facto de, numa sociedade de Direito, terem de seguir regras tão restritivas.

Pergunto-me: afinal, quando se faz o exame de condução e de código não temos de saber a teoria e conduzir bem? Por que razão, depois de ter a carta, passamos a conduzir mal?

Em Macau, a exigência dos exames práticos e teóricos não é inferior à da Europa. Basta ir ao website da Direcção dos Serviços de Assuntos de Tráfego e tentar fazer os exames teóricos que ali estão disponíveis. Em nada ficam atrás do exame que fiz quando tirei a carta de condução, em Coimbra, há uns anos.

Ora, se o ensino e o exame são semelhantes, algo estará errado no sistema. Possivelmente, estamos perante um problema que tem a sua raiz na forma de aplicação da mesma lei…

Nunca vi em Macau um agente da autoridade mandar parar um condutor porque este não respeitou um peão na passadeira, ou porque pisou um risco contínuo. Portanto, se a lei não é aplicada, como se pode exigir que as pessoas conduzam bem e que o trânsito seja fluído?

Se a polícia e os outros agentes envolvidos na regulação do trânsito começarem a ter coragem para aplicar a lei, sem darem lugar a qualquer tipo de clientelismo ou excepções, as mentalidades rapidamente mudam. Excessos de velocidade, pisar o risco contínuo, mudar de direcção sem fazer sinal, desrespeitar sinais vermelhos, prioridades e sinais de STOP, são apenas alguns exemplos dos inúmeros atropelos que diariamente se vêm nas ruas de Macau.

Mas, como em tudo, o exemplo tem mesmo de vir de cima. E, neste caso, os senhores que conduzem carros e motorizadas da polícia terão de ser os primeiros a dar o exemplo. Não esquecendo todos os outros condutores que andam atrás do volante de carros do Governo.

Se assim for, penso que todos começarão a cumprir e o trânsito em Macau acabará por ser mais disciplinado.

Quanto às críticas, que com toda a certeza surgirão quando as autoridades começarem a aplicar a lei à letra, bastará dizer que a lei é igual para todos e para ser cumprida por todos os cidadãos.

Até lá, resta-nos sonhar com uma cidade onde todos se respeitem e saibam cumprir os mínimos de decência de vida em sociedade.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

O CLARIM - Semanário Católico de Macau

Feira de iates em Macau

ESTAMOS a pouco mais de um mês da realização da primeira feira de material náutico de Macau e, no entanto, o evento nem sequer é conhecido pela maioria da população!

Anunciada, com pompa e circunstância junto da Comunicação Social chinesa e especializada, num evento ocorrido no Rocks Hotel, na Doca dos Pescadores, esta iniciativa, a realizar entre os dias 27 e 30 de Outubro, promete transformar a marina do local numa montra do que melhor se faz na náutica de luxo no mundo inteiro e atrair à RAEM a fina nata do sector.

O contrato assinado entre a Fuzhou Auto China Yachts Management, o Governo e o promotor, David Chow, é válido para três edições da feira, pelo que se pode afirmar que, até 2014, Macau vai contar com uma feira especializada na náutica de lazer.

De acordo com a informação disponibilizada pelos organizadores, irão marcar presença no recinto cerca de três dezenas de fabricantes de barcos de luxo de todo o mundo. A par da mostra, serão organizadas outras actividades lúdicas e de diversão, de modo a ajudar a manter os visitantes naquele espaço.

O projecto, liderado pelas empresas Fuzhou Auto China Yachts Management, China Ocean Aviation Group, Nam Kwong (como parceiro local), China Automotive Industry International, Macau Expo Group, com o apoio do Governo, da China Machinery Industry Group e da Associação de Exibições e Convenções de Macau, promete trazer milhares de visitantes e compradores ao território.

Em conferência de Imprensa, que não mereceu tradução sequer em Inglês, foi salientado que esta mostra não será igual às que se organizam noutros locais do mundo, porque Macau oferece muitas vantagens que lhe são únicas e que o diferenciam do resto: desenvolvimento económico forte, abundantes recursos turísticos e culturais, condições de trânsito favoráveis e extensa oferta de serviços de exibições. Isto, para além de estar perto de Hong Kong, de Taiwan, virado para a China continental e aberto ao mercado do Sudoeste Asiático. Características que, de acordo com o comité organizador, criam um «banquete ideal para a importação e exportação de iates».

De acordo com a Fuzhou Auto China Yachts Management está confirmada a presença de mais de trinta marcas de topo, vindas da China, Itália, Reino Unido, América, Alemanha, Austrália, França, Japão, Taiwan e Nova Zelândia. Entre elas incluem-se as conhecidas Sunsekeer, ARS Monaco, Italyachts, Horizon, Azimut, Benetaeu, Lagoon, Meridian e a Pershing.

A mostra irá ocupar toda a zona da marina na Doca dos Pescadores, onde ficarão atracados os barcos para venda e exibição. Ao longo das avenidas do parque temático serão instaladas tendas das mais variadas marcas de produtos e serviços, relacionados com este sector de actividade.

Além do lado mercantil da feira, a organização promete ainda diversas actividades de diversão e outros eventos que, de acordo com o que foi avançado na conferência de Imprensa, irá cativar os visitantes e mantê-los entretidos durante todo o dia.

A questão da náutica de recreio na RAEM já foi abordada por várias vezes e eventos desta natureza serão sempre bem-vindos. Mas será que, em tão pouco tempo, haverá capacidade para meter de pé tão ambicioso projecto? Ou será mais um evento prometido que redundará num enorme fiasco para os visitantes e participantes? A organização confirma que tudo está a decorrer dentro do previsto e que todos os detalhes estão pensados.

Julgo que quem organiza tenta sempre fazer o melhor que pode e Macau certamente merece um evento deste tipo. Aliás, peca apenas por ser tardio, porque o mercado da náutica de recreio tem vindo a crescer em toda a zona do Delta do Rio das Pérolas e Macau tem ficado para trás.

A empresa que lidera o projecto, a Fuzhou Auto China Yachts Management, tem vasta experiência na organização de eventos de grande envergadura e, no seguimento do conselho deixado pelos líderes de Pequim, esta iniciativa encaixa perfeitamente na diversificação da economia local. Será mesmo por isso que o evento conta com o apoio explícito de Fernando Chui Sai On, o Chefe do Executivo, que fez questão de vincar esse apoio num certificado assinado por si, em que garante todo o apoio ao evento e aos seus organizadores.

O CLARIM - Semanário Católico de Macau

Crie-se uma empresa governamental única

O MÊS de Setembro marcou o regresso às aulas para a maioria dos estudantes do território e causou alguma apreensão junto da população por se temer uma maior confusão no trânsito.

Desde a entrada em funcionamento do novo modelo de exploração dos transportes públicos, agora com três empresas concessionárias, a entidade governamental responsável, a Direcção de Serviços dos Assuntos de Tráfego (DSAT) tem vindo a monitorizar e a tentar ajustar os trajectos e frequências dos autocarros, para fazer face à demanda dos utilizadores e às muito peculiares características de Macau.

Como se sabe, o espaço em Macau não abunda e, com o incessante aumento da população e das viaturas privadas, o recurso ao incremento do número de autocarros a circular diariamente não parece ser a solução mais indicada para o problema das deslocações dos cidadãos. Mais carros na estrada quando o problema é mesmo a falta de fluência do trânsito?

Anteriormente, quando só havia duas concessionárias, as críticas já recaíam no facto do trânsito ser lento e muito demorado, para além da falta de qualidade dos veículos e do serviço prestado. Pelo que, aumentar o número de autocarros para solucionar o problema me parece, no mínimo, contraproducente! Melhorou a qualidade dos veículos, mas aumentou a confusão e diminuiu a qualidade do serviço prestado.

Não sou especialista no assunto, mas utilizo os serviços dos autocarros com alguma assiduidade. Sinceramente, não consigo detectar nenhuma melhoria relativamente ao sistema antigo. Aliás, considero que actualmente a confusão é ainda maior e as demoras mais prolongadas.

Para uma cidade com as dimensões de Macau, e devido precisamente à escassez de espaço para vias de rodagem, a solução poderia passar mesmo, não pelo aumento do número de companhias fornecedoras, mas sim pela sua diminuição. Se o serviço estivesse adjudicado a uma só companhia (ou se fosse criada uma empresa estatal, à semelhança de muitas outras cidades do mundo), a sua organização seria muito mais fácil, assim como o controle por parte das autoridades governativas.

Há ainda outro aspecto no contrato de concessão que, em minha opinião, se torna desajustado perante a realidade de Macau. Sendo o Governo responsável pela injecção de capital nas companhias concessionárias, em troca do serviço por estas prestado, nada foi estipulado como incentivo para que estas companhias se vejam estimuladas a prestar um bom serviço e a aumentar a qualidade daquilo que oferecem.

O contrato baseia-se no pagamento por quilómetro percorrido. Daí que a empresa concessionária pouco se preocupa se os autocarros andarem vazios ou cheios, visto que recebe o mesmo no fim do mês!

De que vale ter 600 autocarros nas estradas de Macau, se continuamos à espera tempos «eternos» para apanhar um que nos leve ao destino? De que vale andarem a alterar rotas, se os utentes têm que adivinhar onde devem ir apanhar o autocarro que lhes serve para irem trabalhar?

Para um local como Macau, uma ou duas centenas, no máximo, de autocarros deve ser mais do que suficiente, desde que bem organizados e com um controlo apertado dos trajectos, paragens e horários: uma empresa controlada pelo Governo, de forma directa ou indirecta, e que não tenha de estar dependente de quilómetros feitos para receber o seu pagamento no final do mês; mas, por outro lado, que tenha um sistema de incentivos que a leve a tentar melhorar a oferta do serviço prestado, quer se trate de empresa pública ou de empresa prestadora de serviço público por concessão.

Como a autoridade que controla os serviços públicos de autocarros é também responsável por todos os outros assuntos relativos ao trânsito no território, porventura já devem ter concluído que usar medidas draconianas para limitar a circulação de veículos particulares não resulta e só causa insatisfação na população.

As pessoas devem ser, e tal está previsto em qualquer local do mundo civilizado e democrático, livres de utilizarem os meios de locomoção que bem entenderem (liberdade de opção). O recurso ao aumento desmesurado das taxas de utilização e impostos apenas reflecte a falta de capacidade dos governantes para resolver o problema e, por outro lado, reflecte também a falta de qualidade da oferta dos transportes públicos.

Macau não tem falta de serviços públicos de transportes; o que tem é falta de capacidade de os organizar de forma adequada e de os fiscalizar eficientemente. E quando falo de autocarros, aplico a mesma bitola para os táxis e para o futuro metro ligeiro.

Ainda um pequeno reparo para a DSAT: a língua portuguesa é língua oficial, a par com a chinesa; pelo que deve ser respeitada e surgir em todos os documentos e painéis. Ultimamente têm surgido alguns painéis informativos nas paragens de autocarro que parece terem sido comprados em Hong Kong, visto estarem escritos apenas em chinês e inglês

NaE's kitchen A Cozinha da NaE

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