7 de Julho de 2008
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Sabores portugueses em Pequim
O nome nuvem, porventura, não dirá muito mais do que a possibilidade de chuva ou tempo taciturno para a maioria de nós, no entanto, Nuvem, para os que falam português ou que conseguem ler as letras ocidentais em Pequim, a capital da China, desde os finais do mês de Junho, passou a ser significado de restaurante de comida
portuguesa. O primeiro na cidade que vai acolher os Jogos Olímpicos no mês que vem, e dos poucos restaurantes de comida genuinamente portuguesa existentes na China continental. À frente dos destinos da cozinha está um chefe português que já passou por Macau, Tailândia e outros locais no sudoeste asiático. A sua última paragem foi no antigo território português, onde esteve a trabalhar durante algum tempo num empreendimento turístico propriedade de portugueses. Este novo restaurante em Pequim é uma aposta, na ordem das centenas de milhar de euros, feita por um empresário de Macau e outro de Pequim. Instalado na zona antiga da capital chinesa, na zona dos “hutongs”, bairros chineses que datam da Era dos primeiros imperadores chineses há milhares de anos, ocupa um edifício de madeira de cinco andares e com capacidade para centenas de pessoas. Actualmente só duas das salas estão operacionais mas, segundo nos confirmou o gerente e chefe de cozinha do Nuvem, Ricardo Eugénio, estará totalmente a funcionar antes do início dos Jogos Olímpicos no mês de Agosto. Várias vertentes À entrada encontramos um “hall” com uma garrafeira de vinhos portugueses, onde marcam presença todas as marcas mais conhecidas, uns passos mais à frente a primeira sala de jantar e a entrada para as cozinhas. No piso inferior está a ser instalada uma cave e, em breve, também uma pequena zona de bar “lounge”. Subindo as escadas de madeira ao primeiro andar encontramos outra sala ampla e com pequenas divisões onde serão instaladas mesas junto às janelas para que durante a refeição possam apreciar a magnífica vista para esta zona antiga da cidade de Pequim. Esta sala e a do rés-do-chão terão uma capacidade de 240 pessoas sentadas. No segundo andar está a ser criada mais uma sala de jantar ampla que poderá ser também usada para actividades culturais e onde irá também ser instalado um churrasco de sabores portugueses. O terceiro andar é constituído por um amplo terraço que, especialmente durante o tempo quente, servirá como zona de jantar e zona para saborear uma bebida antes ou depois da refeição, ou simplesmente para descansar enquanto olha em redor e ver os telhados desta zona antiga.
Boa receptividade
O Nuvem está aberto há pouco mais de uma semana e, segundo o seu cozinheiro e gerente, está a ser bem aceite pela população de Pequim, nomeadamente os locais e os residentes estrangeiros que ali vivem há já algum tempo e que gostam de comer comida ocidental. Segundo o gerente português os planos iniciais são para, nos primeiros seis meses, meter toda a máquina a trabalhar e a servir genuína comida de Portugal. Os produtos, bacalhau, azeite, etc, são importados de Macau mas existem planos para os importar directamente de Portugal. Para o efeito o próprio gerente está a planear uma vinda a Portugal para contactos e procurar fornecedores que possam garantir a qualidade dos produtos e a fiabilidade dos fornecimentos. Um dos grandes problemas, segundo o gerente, é a falta de uma estrutura de importadores de produtos portugueses e a falta de uma estrutura de exportadores em Portugal especializados e vocacionados para o mercado asiático. Do menu fazem parte o tradicional caldo verde, bacalhau com natas e o bacalhau à lagareiro, arroz de pato, presuntos de carne de porco preto e chouriço, assim como uma extensa lista de vinhos brancos, tintos e rosés. Com o objectivo de ter casa cheia todos os dias em mente, o gerente do restaurante, Ricardo Eugénio, mostra-se orgulhoso do trabalho feito até agora e é peremptório a
afirmar que não se trata de um restaurante para turistas. Animação cultural Com uma vista privilegiada para o lago de Houhai, já na zona dos antigos bairros, os “hutongs”, e ruas comerciais pejadas de lojas, bares e casas de chá, o restaurante português é um símbolo perfeito da mistura entre o antigo e o moderno. De acordo com o gerente, entre os chineses, o prato mais requisitado á a sapateira e o bacalhau, nomeadamente o bacalhau à lagareiro, um dos pratos mais emblemáticos do Nuvem. Para breve estão a ser preparados alguns espectáculos culturais, especialmente com grupos folclóricos vindos de Macau. No entanto, segundo Ricardo Eugénio, estão a ser desenvolvidos esforços e contactos para que possam vir cantores, nomeadamente de fado, directamente de Portugal para actuarem durante algum tempo na capital chinesa completando assim os sabores portugueses com sonoridades também do nosso país. Pois só assim se pode dar uma experiência completa da cultura portuguesa. Para tal contam com o apoio incondicional da nossa Embaixada na capital chinesa, segundo nos afirmou o gerente do restaurante. Apesar de ainda não haver nada confirmado, é certo que o restaurante irá apostas em animação cultural portuguesa."
O nome nuvem, porventura, não dirá muito mais do que a possibilidade de chuva ou tempo taciturno para a maioria de nós, no entanto, Nuvem, para os que falam português ou que conseguem ler as letras ocidentais em Pequim, a capital da China, desde os finais do mês de Junho, passou a ser significado de restaurante de comida
portuguesa. O primeiro na cidade que vai acolher os Jogos Olímpicos no mês que vem, e dos poucos restaurantes de comida genuinamente portuguesa existentes na China continental. À frente dos destinos da cozinha está um chefe português que já passou por Macau, Tailândia e outros locais no sudoeste asiático. A sua última paragem foi no antigo território português, onde esteve a trabalhar durante algum tempo num empreendimento turístico propriedade de portugueses. Este novo restaurante em Pequim é uma aposta, na ordem das centenas de milhar de euros, feita por um empresário de Macau e outro de Pequim. Instalado na zona antiga da capital chinesa, na zona dos “hutongs”, bairros chineses que datam da Era dos primeiros imperadores chineses há milhares de anos, ocupa um edifício de madeira de cinco andares e com capacidade para centenas de pessoas. Actualmente só duas das salas estão operacionais mas, segundo nos confirmou o gerente e chefe de cozinha do Nuvem, Ricardo Eugénio, estará totalmente a funcionar antes do início dos Jogos Olímpicos no mês de Agosto. Várias vertentes À entrada encontramos um “hall” com uma garrafeira de vinhos portugueses, onde marcam presença todas as marcas mais conhecidas, uns passos mais à frente a primeira sala de jantar e a entrada para as cozinhas. No piso inferior está a ser instalada uma cave e, em breve, também uma pequena zona de bar “lounge”. Subindo as escadas de madeira ao primeiro andar encontramos outra sala ampla e com pequenas divisões onde serão instaladas mesas junto às janelas para que durante a refeição possam apreciar a magnífica vista para esta zona antiga da cidade de Pequim. Esta sala e a do rés-do-chão terão uma capacidade de 240 pessoas sentadas. No segundo andar está a ser criada mais uma sala de jantar ampla que poderá ser também usada para actividades culturais e onde irá também ser instalado um churrasco de sabores portugueses. O terceiro andar é constituído por um amplo terraço que, especialmente durante o tempo quente, servirá como zona de jantar e zona para saborear uma bebida antes ou depois da refeição, ou simplesmente para descansar enquanto olha em redor e ver os telhados desta zona antiga.
Boa receptividade
O Nuvem está aberto há pouco mais de uma semana e, segundo o seu cozinheiro e gerente, está a ser bem aceite pela população de Pequim, nomeadamente os locais e os residentes estrangeiros que ali vivem há já algum tempo e que gostam de comer comida ocidental. Segundo o gerente português os planos iniciais são para, nos primeiros seis meses, meter toda a máquina a trabalhar e a servir genuína comida de Portugal. Os produtos, bacalhau, azeite, etc, são importados de Macau mas existem planos para os importar directamente de Portugal. Para o efeito o próprio gerente está a planear uma vinda a Portugal para contactos e procurar fornecedores que possam garantir a qualidade dos produtos e a fiabilidade dos fornecimentos. Um dos grandes problemas, segundo o gerente, é a falta de uma estrutura de importadores de produtos portugueses e a falta de uma estrutura de exportadores em Portugal especializados e vocacionados para o mercado asiático. Do menu fazem parte o tradicional caldo verde, bacalhau com natas e o bacalhau à lagareiro, arroz de pato, presuntos de carne de porco preto e chouriço, assim como uma extensa lista de vinhos brancos, tintos e rosés. Com o objectivo de ter casa cheia todos os dias em mente, o gerente do restaurante, Ricardo Eugénio, mostra-se orgulhoso do trabalho feito até agora e é peremptório a
afirmar que não se trata de um restaurante para turistas. Animação cultural Com uma vista privilegiada para o lago de Houhai, já na zona dos antigos bairros, os “hutongs”, e ruas comerciais pejadas de lojas, bares e casas de chá, o restaurante português é um símbolo perfeito da mistura entre o antigo e o moderno. De acordo com o gerente, entre os chineses, o prato mais requisitado á a sapateira e o bacalhau, nomeadamente o bacalhau à lagareiro, um dos pratos mais emblemáticos do Nuvem. Para breve estão a ser preparados alguns espectáculos culturais, especialmente com grupos folclóricos vindos de Macau. No entanto, segundo Ricardo Eugénio, estão a ser desenvolvidos esforços e contactos para que possam vir cantores, nomeadamente de fado, directamente de Portugal para actuarem durante algum tempo na capital chinesa completando assim os sabores portugueses com sonoridades também do nosso país. Pois só assim se pode dar uma experiência completa da cultura portuguesa. Para tal contam com o apoio incondicional da nossa Embaixada na capital chinesa, segundo nos afirmou o gerente do restaurante. Apesar de ainda não haver nada confirmado, é certo que o restaurante irá apostas em animação cultural portuguesa."
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