O TEMPO pela região tem andado um tanto ou quanto atípico, um pouco à semelhança do dia-a-dia das pessoas. Andamos todos à espera do dia de amanhã e de ouvido colado na crise mundial, para saber se temos, ou não, futuro.
Preocupados com o emprego e com o salário ao fim do mês, pouco mais tempo temos para pensar no que realmente vai acontecendo à nossa volta. A excepção surge apenas quando acontece algo de muito grave que nos faz acordar e olhar, com olhos de ver, para quem está à nossa volta e para a realidade onde vivemos.
A política de Macau pouco entretém. Nem mesmo o chumbo, pela terceira vez, da tentativa de Pereira Coutinho em fazer de Macau um território «civilizado», com uma Lei Sindical ao nível de qualquer outro território ou país do mundo livre, nos faz parar para pensar.
Pelo que li nos dias seguintes ao chumbo da iniciativa daquele deputado, parece que a população pouco se preocupa com o facto de não haver uma lei que proteja quem trabalha.
A minha impressão é de que, enquanto forem distribuídos subsídios, ninguém perde tempo com o que é verdadeiramente importante.
Pereira Coutinho, a meu ver, escolheu mal o «timing» para apresentar a sua nova tentativa de ver aprovada a Lei Sindical. Deveria ter apresentado a proposta numa ocasião em que o Governo estivesse a ser contestado. Nesse momento, talvez pudesse chegar a convencer os deputados que não estiveram presentes no hemiciclo, nomeadamente David Chow, Leonel Alves e o vice-presidente da Assembleia Legislativa, Lau Cheok Va.
Para além destas histórias pouco «atraentes» e, até, algo incómodas para certas figuras do hemiciclo dos Lagos Nam Van, pouco mais acontece em Macau que nos consiga aguçar o espírito crítico. Não que haja falta de assuntos que devam ser abordados e comentados por toda a população. Aliás, basta dar umas voltas pela cidade para nos depararmos com pormenores que merecem a nossa atenção. Refira-se, a título de exemplo, o reboliço que foi feito com os prédios da encosta da colina da Guia, e que aqui também frisámos algumas vezes. Passados vários meses, as obras continuam e já ninguém fala do assunto. Até parece que tudo ficou resolvido!
E o outro que vai nascer na Estrada de Cacilhas? Referi-o também há uns meses, mas até agora ainda não vi mais ninguém abordar o assunto. Recentemente, passei pelo local e reparei que o «grafitti» sobre os Jogos da Lusofonia já tinha sido apagado e que as obras das fundações estariam prestes a iniciar. Este empreendimento fica mesmo no sopé da colina e com uns meros 10 a 15 metros de altura interferirá com a vista do Farol da Guia.
Daí a minha consequente e inquietante interrogação que coloco a mim mesmo e que me atrevo a sugerir a quantos me lêem: porque é que quando se fala da problemática do planeamento urbano, este caso nunca é referido?
Outros assuntos
Li recentemente, – se bem recordo, na Imprensa local, que seria uma boa ideia a TDM transmitir as curtas do festival de filmes que recentemente foi realizado no território, o Macau Indies 2009. A curta-metragem vencedora foi a de Cecília Ho, baseada na história de vida das empregadas indonésias em Macau. Mas há muito mais para ver e a ideia da TDM fazer tal transmissão é bastante atraente. Vamos ver se a estação da Xavier Pereira opta por fazer algo acertado desta vez.
Ainda no campo das Artes, de referir também os 10 anos do Museu de Arte de Macau. Dos muitos espaços museológicos da RAEM este é dos poucos que apresenta variedade e se mostra dinâmico. O que nos tem oferecido ao longo da década é disso exemplo. O programa das comemorações é bastante atractivo e merece a reserva de uns dias para várias visitas culturais.
Li também nos jornais que, afinal, vamos começar a viajar para Hong Kong apenas com o BIR!Brevemente, ao que consta, já não será necessário o habitual formulário que temos de preencher.
Desde há muito me pergunto porque é que não se aplica o princípio da reciprocidade no caso do uso do BIR para entrar em Hong Kong? Se desde sempre, os «hongkongers» entram em Macau apenas com o equivalente ao nosso BIR na mão, porque é que nós temos de andar a preencher formulários?
Mais uma vez temos de reconhecer que a culpa é nossa e não deles, pois é mais que evidente ser o Governo de Macau a não saber exigir para os seus cidadãos um tratamento igual e justo, quando se deslocam a Hong Kong.
Preocupados com o emprego e com o salário ao fim do mês, pouco mais tempo temos para pensar no que realmente vai acontecendo à nossa volta. A excepção surge apenas quando acontece algo de muito grave que nos faz acordar e olhar, com olhos de ver, para quem está à nossa volta e para a realidade onde vivemos.
A política de Macau pouco entretém. Nem mesmo o chumbo, pela terceira vez, da tentativa de Pereira Coutinho em fazer de Macau um território «civilizado», com uma Lei Sindical ao nível de qualquer outro território ou país do mundo livre, nos faz parar para pensar.
Pelo que li nos dias seguintes ao chumbo da iniciativa daquele deputado, parece que a população pouco se preocupa com o facto de não haver uma lei que proteja quem trabalha.
A minha impressão é de que, enquanto forem distribuídos subsídios, ninguém perde tempo com o que é verdadeiramente importante.
Pereira Coutinho, a meu ver, escolheu mal o «timing» para apresentar a sua nova tentativa de ver aprovada a Lei Sindical. Deveria ter apresentado a proposta numa ocasião em que o Governo estivesse a ser contestado. Nesse momento, talvez pudesse chegar a convencer os deputados que não estiveram presentes no hemiciclo, nomeadamente David Chow, Leonel Alves e o vice-presidente da Assembleia Legislativa, Lau Cheok Va.
Para além destas histórias pouco «atraentes» e, até, algo incómodas para certas figuras do hemiciclo dos Lagos Nam Van, pouco mais acontece em Macau que nos consiga aguçar o espírito crítico. Não que haja falta de assuntos que devam ser abordados e comentados por toda a população. Aliás, basta dar umas voltas pela cidade para nos depararmos com pormenores que merecem a nossa atenção. Refira-se, a título de exemplo, o reboliço que foi feito com os prédios da encosta da colina da Guia, e que aqui também frisámos algumas vezes. Passados vários meses, as obras continuam e já ninguém fala do assunto. Até parece que tudo ficou resolvido!
E o outro que vai nascer na Estrada de Cacilhas? Referi-o também há uns meses, mas até agora ainda não vi mais ninguém abordar o assunto. Recentemente, passei pelo local e reparei que o «grafitti» sobre os Jogos da Lusofonia já tinha sido apagado e que as obras das fundações estariam prestes a iniciar. Este empreendimento fica mesmo no sopé da colina e com uns meros 10 a 15 metros de altura interferirá com a vista do Farol da Guia.
Daí a minha consequente e inquietante interrogação que coloco a mim mesmo e que me atrevo a sugerir a quantos me lêem: porque é que quando se fala da problemática do planeamento urbano, este caso nunca é referido?
Outros assuntos
Li recentemente, – se bem recordo, na Imprensa local, que seria uma boa ideia a TDM transmitir as curtas do festival de filmes que recentemente foi realizado no território, o Macau Indies 2009. A curta-metragem vencedora foi a de Cecília Ho, baseada na história de vida das empregadas indonésias em Macau. Mas há muito mais para ver e a ideia da TDM fazer tal transmissão é bastante atraente. Vamos ver se a estação da Xavier Pereira opta por fazer algo acertado desta vez.
Ainda no campo das Artes, de referir também os 10 anos do Museu de Arte de Macau. Dos muitos espaços museológicos da RAEM este é dos poucos que apresenta variedade e se mostra dinâmico. O que nos tem oferecido ao longo da década é disso exemplo. O programa das comemorações é bastante atractivo e merece a reserva de uns dias para várias visitas culturais.
Li também nos jornais que, afinal, vamos começar a viajar para Hong Kong apenas com o BIR!Brevemente, ao que consta, já não será necessário o habitual formulário que temos de preencher.
Desde há muito me pergunto porque é que não se aplica o princípio da reciprocidade no caso do uso do BIR para entrar em Hong Kong? Se desde sempre, os «hongkongers» entram em Macau apenas com o equivalente ao nosso BIR na mão, porque é que nós temos de andar a preencher formulários?
Mais uma vez temos de reconhecer que a culpa é nossa e não deles, pois é mais que evidente ser o Governo de Macau a não saber exigir para os seus cidadãos um tratamento igual e justo, quando se deslocam a Hong Kong.
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