"O hábito de dar ovos vem da tradição pagã. A ideia de trocar ovos de chocolate surgiu na França. Antes disso, eram usados ovos de galinha para celebrar a data.
A tradição de presentear com ovos - de verdade mesmo - é muito, muito antiga. Na Ucrânia, por exemplo, centenas de anos antes da era cristã já se trocavam ovos pintados com motivos de natureza - pêssankas - em celebração da chegada da primavera.
Os chineses e os povos do Mediterrâneo também tinham como hábito dar ovos uns aos outros para comemorar a estação do ano. Para deixá-los coloridos, cozinhavam-nos com beterrabas.
Mas os ovos não eram para ser comidos. Eram apenas um presente que simbolizava o início da vida. A tradição de homenagear essa estação do ano continuou durante a Idade Média entre os povos pagãos da Europa.
Eles celebravam Ostera, a deusa da primavera, simbolizada por uma mulher que segurava um ovo em sua mão e observava um coelho, representante da fertilidade, pulando alegremente ao redor de seus pés.
Os cristãos apropriaram-se da imagem do ovo para festejar a Páscoa, que celebra a ressurreição de Jesus - o Concílio de Nicéia, realizado em 325, estabeleceu o culto à data. Na época, pintavam os ovos (geralmente de galinha, gansa ou codorniz) com imagens de figuras religiosas, como o próprio Jesus e sua mãe, Maria.
Na Inglaterra do século X, os ovos ficaram ainda mais sofisticados. O rei Eduardo I (900-924) costumava presentear a realeza e seus súbditos com ovos banhados em ouro ou decorados com pedras preciosas na Páscoa. Não é difícil imaginar por que esse hábito não teve muito futuro.
Foram necessários mais 800 anos para que, no século XVIII, confeiteiros franceses tivessem a ideia de fazer os ovos com chocolate - iguaria que aparecera apenas dois séculos antes na Europa, vinda da então recém-descoberta América. Surgido por volta de 1500 a.C., na região do golfo do México, o chocolate era considerado sagrado pelas civilizações Maia e Asteca.
A imagem do coelho apareceu na mesma época, associada à criação por causa de sua grande prole."
A tradição de presentear com ovos - de verdade mesmo - é muito, muito antiga. Na Ucrânia, por exemplo, centenas de anos antes da era cristã já se trocavam ovos pintados com motivos de natureza - pêssankas - em celebração da chegada da primavera.
Os chineses e os povos do Mediterrâneo também tinham como hábito dar ovos uns aos outros para comemorar a estação do ano. Para deixá-los coloridos, cozinhavam-nos com beterrabas.
Mas os ovos não eram para ser comidos. Eram apenas um presente que simbolizava o início da vida. A tradição de homenagear essa estação do ano continuou durante a Idade Média entre os povos pagãos da Europa.
Eles celebravam Ostera, a deusa da primavera, simbolizada por uma mulher que segurava um ovo em sua mão e observava um coelho, representante da fertilidade, pulando alegremente ao redor de seus pés.
Os cristãos apropriaram-se da imagem do ovo para festejar a Páscoa, que celebra a ressurreição de Jesus - o Concílio de Nicéia, realizado em 325, estabeleceu o culto à data. Na época, pintavam os ovos (geralmente de galinha, gansa ou codorniz) com imagens de figuras religiosas, como o próprio Jesus e sua mãe, Maria.
Na Inglaterra do século X, os ovos ficaram ainda mais sofisticados. O rei Eduardo I (900-924) costumava presentear a realeza e seus súbditos com ovos banhados em ouro ou decorados com pedras preciosas na Páscoa. Não é difícil imaginar por que esse hábito não teve muito futuro.
Foram necessários mais 800 anos para que, no século XVIII, confeiteiros franceses tivessem a ideia de fazer os ovos com chocolate - iguaria que aparecera apenas dois séculos antes na Europa, vinda da então recém-descoberta América. Surgido por volta de 1500 a.C., na região do golfo do México, o chocolate era considerado sagrado pelas civilizações Maia e Asteca.
A imagem do coelho apareceu na mesma época, associada à criação por causa de sua grande prole."
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