NUMA semana em que o sentimento de medo aumenta, devido à cada vez mais próxima possibilidade de podermos ter casos de gripe suína em Macau, preocupa-me que nada, ou quase nada, tenha sido feito para alertar a população para as precauções a tomar.
Todos sabemos que a gripe se transmite por partículas suspensas no ar, saídas de alguém infectado, ou por contacto directo com essa pessoa. Sabe-se também que o vírus consegue sobreviver algum tempo fora do organismo, tornando assim o risco de contágio mais elevado. No entanto, é do conhecimento geral também, que em ambientes limpos e desinfectados o H1N1 tem poucas possibilidades de sobreviver e passar para outras pessoas. Daí que a solução tenha de passar, essencialmente, pela limpeza, tanto pessoal como de todos os locais públicos, especialmente aqueles onde exista uma constante concentração de pessoas, assim como das nossas próprias habitações e prédios.
As medidas tomadas no sentido de medir a temperatura e preencher declarações à entrada das fronteiras de nada servem, se não houver uma efectiva aplicação de todas as directivas de higiene prescritas pela legislação vigente em Macau.
O território tem, desde há muito, leis que proíbem fazer lixo, nomeadamente cuspir para o chão ou deixar lixo fora dos contentores. Mas, como todos sabemos, poucos são os transgressores que acabam por ser chamados à atenção, autuados ou levados perante a justiça. Para tal, basta passar pelo Largo do Senado a qualquer hora do dia e ver algumas pessoas, especialmente turistas, a cuspir para as plantas que estão nos canteiros, a deixar lenços de papel no chão, entre outras transgressões que estão contempladas como merecedoras de autuação.
Não sou um perito em virologia ou doenças transmissíveis, mas o que se lê dos especialistas na matéria e o que nos ensina o senso comum é mais que suficiente para sabermos que a higiene ambiental e pessoal é meio caminho para controlar a proliferação de qualquer vírus, especialmente quando se transmite por contacto directo ou por estar disperso na atmosfera.
Promoção é necessária
Quem está em Macau há mais de seis anos lembra-se, certamente, da crise da Pneumonia Atípica e toda a histeria à sua volta. Lembram-se de todas as campanhas de limpeza promovidas pela cidade. Diariamente se viam pessoas de todas as idades de balde e esponja na mão a limpar paredes, passeios, corrimãos e cadeiras em todos os locais públicos. A par disso, havia na televisão, rádio e jornais, tanto locais como de Hong Kong e da China continental, uma intensa campanha de promoção dos cuidados básicos de limpeza. Estas campanhas chegavam ao ponto de nos ensinar como se deveria fazer a solução de água e lixívia para desinfectar a nossa habitação e os lugares comuns do nosso prédio.
Na altura considerou-se muita desta publicidade como exagerada. A verdade é que resultou e Macau pouco sofreu com tal doença, tendo sido mesmo considerado quase milagroso o facto do território ter passado sem qualquer caso mortal. Aliás, o único caso registado foi de um «importado» da China.
Com o vírus da Gripe Suína à porta, é altura de voltarmos aos exageros porque, como me habituei a ouvir em pequenino, já que «mais vale prevenir do que remediar».
Gostaria de ver o Governo a abrir uma Linha Aberta, exortando os moradores a inscrever-se para efectuar a limpeza do seu edifício. É que, como se sabe, se tal tarefa for deixada a cargo da iniciativa de cada um, nunca se passará à acção. Terá de ser o sector público a tomar a iniciativa e a dianteira, criando mais campanhas, listando os edifícios com e sem condomínio para limpeza geral. Torna-se conveniente organizar sessões públicas de esclarecimento em zonas arejadas da cidade, onde grupos grandes se possam juntar sem medo de contágio. O Largo da Torre de Macau ou os largos existentes em muitos dos jardins do território podem servir muito bem para este efeito e, certamente, muitos dos cidadãos irão aderir.
Relativamente à vacinação contra a gripe, e não havendo provas suficientes de que a actual vacina seja efectiva, penso que não se deve avançar para uma campanha geral de vacinação, visto estarmos no fim da «estação da gripe». Contudo, dado que há camadas da sociedade mais sensíveis, como os doentes crónicos, idosos e crianças, o Governo deveria insistir para que estas pessoas sejam vacinadas, caso não o tenham sido no início da estação.
Este é um processo complicado, mas como vamos agora entrar no período de entrega dos Vales de Saúde, – parte do Plano de Ajuda Pecuniária do Governo, – o Executivo poderia optar, em paralelo, por oferecer a vacinação a esta franja da sociedade no acto do levantamento dos dez cupões de cinquenta patacas.
Mesmo não estando provado que a vacina seja efectiva para o vírus H1N1, o efeito psicológico poderá ser muito benéfico para quem a tome e para a restante população.
Quanto às outras recomendações do Governo, é necessário manter o ambiente limpo, as casas ventiladas, usar máscara de protecção, caso tenhamos sintomas de gripe, ou tenhamos de frequentar áreas com aglomeração de pessoas (hospitais, centros de saúde e centros médicos) e manter uma boa higiene pessoal, lavando frequentemente as mãos.
Todos sabemos que a gripe se transmite por partículas suspensas no ar, saídas de alguém infectado, ou por contacto directo com essa pessoa. Sabe-se também que o vírus consegue sobreviver algum tempo fora do organismo, tornando assim o risco de contágio mais elevado. No entanto, é do conhecimento geral também, que em ambientes limpos e desinfectados o H1N1 tem poucas possibilidades de sobreviver e passar para outras pessoas. Daí que a solução tenha de passar, essencialmente, pela limpeza, tanto pessoal como de todos os locais públicos, especialmente aqueles onde exista uma constante concentração de pessoas, assim como das nossas próprias habitações e prédios.
As medidas tomadas no sentido de medir a temperatura e preencher declarações à entrada das fronteiras de nada servem, se não houver uma efectiva aplicação de todas as directivas de higiene prescritas pela legislação vigente em Macau.
O território tem, desde há muito, leis que proíbem fazer lixo, nomeadamente cuspir para o chão ou deixar lixo fora dos contentores. Mas, como todos sabemos, poucos são os transgressores que acabam por ser chamados à atenção, autuados ou levados perante a justiça. Para tal, basta passar pelo Largo do Senado a qualquer hora do dia e ver algumas pessoas, especialmente turistas, a cuspir para as plantas que estão nos canteiros, a deixar lenços de papel no chão, entre outras transgressões que estão contempladas como merecedoras de autuação.
Não sou um perito em virologia ou doenças transmissíveis, mas o que se lê dos especialistas na matéria e o que nos ensina o senso comum é mais que suficiente para sabermos que a higiene ambiental e pessoal é meio caminho para controlar a proliferação de qualquer vírus, especialmente quando se transmite por contacto directo ou por estar disperso na atmosfera.
Promoção é necessária
Quem está em Macau há mais de seis anos lembra-se, certamente, da crise da Pneumonia Atípica e toda a histeria à sua volta. Lembram-se de todas as campanhas de limpeza promovidas pela cidade. Diariamente se viam pessoas de todas as idades de balde e esponja na mão a limpar paredes, passeios, corrimãos e cadeiras em todos os locais públicos. A par disso, havia na televisão, rádio e jornais, tanto locais como de Hong Kong e da China continental, uma intensa campanha de promoção dos cuidados básicos de limpeza. Estas campanhas chegavam ao ponto de nos ensinar como se deveria fazer a solução de água e lixívia para desinfectar a nossa habitação e os lugares comuns do nosso prédio.
Na altura considerou-se muita desta publicidade como exagerada. A verdade é que resultou e Macau pouco sofreu com tal doença, tendo sido mesmo considerado quase milagroso o facto do território ter passado sem qualquer caso mortal. Aliás, o único caso registado foi de um «importado» da China.
Com o vírus da Gripe Suína à porta, é altura de voltarmos aos exageros porque, como me habituei a ouvir em pequenino, já que «mais vale prevenir do que remediar».
Gostaria de ver o Governo a abrir uma Linha Aberta, exortando os moradores a inscrever-se para efectuar a limpeza do seu edifício. É que, como se sabe, se tal tarefa for deixada a cargo da iniciativa de cada um, nunca se passará à acção. Terá de ser o sector público a tomar a iniciativa e a dianteira, criando mais campanhas, listando os edifícios com e sem condomínio para limpeza geral. Torna-se conveniente organizar sessões públicas de esclarecimento em zonas arejadas da cidade, onde grupos grandes se possam juntar sem medo de contágio. O Largo da Torre de Macau ou os largos existentes em muitos dos jardins do território podem servir muito bem para este efeito e, certamente, muitos dos cidadãos irão aderir.
Relativamente à vacinação contra a gripe, e não havendo provas suficientes de que a actual vacina seja efectiva, penso que não se deve avançar para uma campanha geral de vacinação, visto estarmos no fim da «estação da gripe». Contudo, dado que há camadas da sociedade mais sensíveis, como os doentes crónicos, idosos e crianças, o Governo deveria insistir para que estas pessoas sejam vacinadas, caso não o tenham sido no início da estação.
Este é um processo complicado, mas como vamos agora entrar no período de entrega dos Vales de Saúde, – parte do Plano de Ajuda Pecuniária do Governo, – o Executivo poderia optar, em paralelo, por oferecer a vacinação a esta franja da sociedade no acto do levantamento dos dez cupões de cinquenta patacas.
Mesmo não estando provado que a vacina seja efectiva para o vírus H1N1, o efeito psicológico poderá ser muito benéfico para quem a tome e para a restante população.
Quanto às outras recomendações do Governo, é necessário manter o ambiente limpo, as casas ventiladas, usar máscara de protecção, caso tenhamos sintomas de gripe, ou tenhamos de frequentar áreas com aglomeração de pessoas (hospitais, centros de saúde e centros médicos) e manter uma boa higiene pessoal, lavando frequentemente as mãos.
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