A PARANÓIA com a gripe A H1N1 está instalada, agora que Macau regista também três casos de febre suína, sendo que o primeiro cidadão infectado era um filipino que aterrou na Taipa, e o território continua apenas com o nível cinco de alerta da Organização Mundial de Saúde porque não houve ainda contágio directo. No entanto, isso deve estar para breve, se continuarem a tratar os casos suspeitos como fizeram ontem no aeroporto. Eu estava à espera de alguém que iria chegar num voo às nove da noite, quando vi chegar uma ambulância com técnicos de saúde equipados com fatos especiais. Entraram na zona onde as pessoas esperam por quem chega e dirigiram-se à zona de desembarque, saindo pouco depois com um indivíduo com bata descartável e máscara. Passaram pelo mesmo caminho que tinham tomado para entrar, ou seja, pelo meio de todos quantos se encontravam na zona de chegadas! No caso do indivíduo estar infectado é certo que todas as pessoas no terminal de chegadas correm o risco de estar também infectadas!
Com toda a promoção e alguma paranóia que se vê em muitos serviços públicos, não se entende que os principais responsáveis pelo controle da epidemia actuem desta forma!
Aqui ao lado, em Hong Kong, onde já existem casos confirmados há vários dias, o nível seis está em vigor há já algum tempo. Mas, por incrível que pareça, as pessoas não parecem muito preocupadas. Apesar de na Comunicação Social «pintarem» a situação como de caos total e fazerem parecer que as pessoas andam todas paranóicas com a situação, a realidade é que na antiga colónia britânica os habitantes parecem bem mais descontraídos do que em Macau, quando se fala da gripe A!
Recentemente, num fim-de-semana, estive em Hong Kong e, pelo que pude presenciar em vários locais turísticos e não turísticos aonde me desloquei, além das normais preocupações com aspectos de higiene pessoal e ambiental, pouco mais se vê. À entrada é medida a temperatura e recolhida a declaração de saúde, mas pouco mais. Aliás, ao contrário de Macau onde a declaração é recolhida por um segurança, em Hong Kong a mesma declaração é entregue ao polícia que inspecciona o passaporte. Um sistema mais eficiente, em minha opinião, e que poupa em recursos humanos e, obviamente, também ao erário público.
Já na cidade, pouco se vê que nos dê a perceber estar activado o nível mais alto de alerta da Organização Mundial de Saúde.
Posso relatar que no hotel onde fiquei as preocupações eram mais acentuadas, visto ser um local onde pessoas vindas de vários destinos se encontravam. Era possível ver um maior cuidado com a limpeza ambiental: os botões dos elevadores estavam protegidos com uma película de plástico para mais fácil limpeza; em todos os andares havia distribuidores de álcool para desinfectar as mãos. Mas as preocupações acabavam por aqui.
Em Macau, além das engraçadas mensagens dos Serviços de Saúde, temos um sentimento de paranóia em tudo quanto é repartição pública. Medidores de temperatura em tudo quanto é lado, máscaras, avisos, e seguranças que parecem tão guardiães da verdade suprema, que estão sempre prontos para nos insultar e levantar a voz quando não nos submetemos à medição da temperatura. Mesmo que seja a décima vez, no mesmo dia, no mesmo local. Seguem as ordens à risca. Quem entra, seja pela primeira vez ou pela enésima, tem de ser medido!
Todos compreendemos que se deve ter cuidado e que a situação é grave, mas medidas e comportamentos destes apenas servem para irritar a população e espalhar ainda mais o receio de contágio.
Chega o wi-fi mas…
O Governo anunciou há dias que vai gastar milhões para disponibilizar acesso à internet sem fios em 34 locais do território.
Agrada-me a ideia de termos acesso à internet em todo o lado. Se olharmos aqui à volta, tal possibilidade de acesso sem fios existe já em vários países e territórios, com Hong Kong e Tailândia a liderar o pelotão. Aliás, na Tailândia, qualquer pessoa pode fazer o registo à chegada ao país para ter acesso gratuito, bastando para tal aceder à página do Governo e registar-se com o número de passaporte.
Na Europa, a liderança cabe à Estónia, onde na quase totalidade do país é possível o acesso gratuito sem fios à internet.
Em Macau, apesar de ser de louvar o investimento, alertamos para a necessidade de outras infra-estruturas paralelas. Com efeito, de nada vale ter acesso à internet no Largo do Senado, no Tap Seac ou na Praia de Hác Sá, se não houver locais onde nos possamos sentar à sombra, ou abrigados da chuva. De nada valerá, se para navegarmos na internet tivermos de nos sentar num bar, café ou restaurante e pagar para tal.
A internet sem fios agora anunciada é paga com impostos dos contribuintes e é para eles que tal serviço é criado. Pelo que será um contra-senso obrigar a um pagamento suplementar para usar algo que, afinal, já é pago por todos nós…
Por outro lado, a internet sem fios poderia muito bem ser o motivo para, de uma vez por todas, reorganizar o Largo do Senado. É já altura de devolver esta praça à população e a quem nos visita, deixando de ser sala-de-estar de pessoas que não têm nada para fazer e que ali passam os dias a comer, fumar e a deixar tudo quanto é lixo.
Com toda a promoção e alguma paranóia que se vê em muitos serviços públicos, não se entende que os principais responsáveis pelo controle da epidemia actuem desta forma!
Aqui ao lado, em Hong Kong, onde já existem casos confirmados há vários dias, o nível seis está em vigor há já algum tempo. Mas, por incrível que pareça, as pessoas não parecem muito preocupadas. Apesar de na Comunicação Social «pintarem» a situação como de caos total e fazerem parecer que as pessoas andam todas paranóicas com a situação, a realidade é que na antiga colónia britânica os habitantes parecem bem mais descontraídos do que em Macau, quando se fala da gripe A!
Recentemente, num fim-de-semana, estive em Hong Kong e, pelo que pude presenciar em vários locais turísticos e não turísticos aonde me desloquei, além das normais preocupações com aspectos de higiene pessoal e ambiental, pouco mais se vê. À entrada é medida a temperatura e recolhida a declaração de saúde, mas pouco mais. Aliás, ao contrário de Macau onde a declaração é recolhida por um segurança, em Hong Kong a mesma declaração é entregue ao polícia que inspecciona o passaporte. Um sistema mais eficiente, em minha opinião, e que poupa em recursos humanos e, obviamente, também ao erário público.
Já na cidade, pouco se vê que nos dê a perceber estar activado o nível mais alto de alerta da Organização Mundial de Saúde.
Posso relatar que no hotel onde fiquei as preocupações eram mais acentuadas, visto ser um local onde pessoas vindas de vários destinos se encontravam. Era possível ver um maior cuidado com a limpeza ambiental: os botões dos elevadores estavam protegidos com uma película de plástico para mais fácil limpeza; em todos os andares havia distribuidores de álcool para desinfectar as mãos. Mas as preocupações acabavam por aqui.
Em Macau, além das engraçadas mensagens dos Serviços de Saúde, temos um sentimento de paranóia em tudo quanto é repartição pública. Medidores de temperatura em tudo quanto é lado, máscaras, avisos, e seguranças que parecem tão guardiães da verdade suprema, que estão sempre prontos para nos insultar e levantar a voz quando não nos submetemos à medição da temperatura. Mesmo que seja a décima vez, no mesmo dia, no mesmo local. Seguem as ordens à risca. Quem entra, seja pela primeira vez ou pela enésima, tem de ser medido!
Todos compreendemos que se deve ter cuidado e que a situação é grave, mas medidas e comportamentos destes apenas servem para irritar a população e espalhar ainda mais o receio de contágio.
Chega o wi-fi mas…
O Governo anunciou há dias que vai gastar milhões para disponibilizar acesso à internet sem fios em 34 locais do território.
Agrada-me a ideia de termos acesso à internet em todo o lado. Se olharmos aqui à volta, tal possibilidade de acesso sem fios existe já em vários países e territórios, com Hong Kong e Tailândia a liderar o pelotão. Aliás, na Tailândia, qualquer pessoa pode fazer o registo à chegada ao país para ter acesso gratuito, bastando para tal aceder à página do Governo e registar-se com o número de passaporte.
Na Europa, a liderança cabe à Estónia, onde na quase totalidade do país é possível o acesso gratuito sem fios à internet.
Em Macau, apesar de ser de louvar o investimento, alertamos para a necessidade de outras infra-estruturas paralelas. Com efeito, de nada vale ter acesso à internet no Largo do Senado, no Tap Seac ou na Praia de Hác Sá, se não houver locais onde nos possamos sentar à sombra, ou abrigados da chuva. De nada valerá, se para navegarmos na internet tivermos de nos sentar num bar, café ou restaurante e pagar para tal.
A internet sem fios agora anunciada é paga com impostos dos contribuintes e é para eles que tal serviço é criado. Pelo que será um contra-senso obrigar a um pagamento suplementar para usar algo que, afinal, já é pago por todos nós…
Por outro lado, a internet sem fios poderia muito bem ser o motivo para, de uma vez por todas, reorganizar o Largo do Senado. É já altura de devolver esta praça à população e a quem nos visita, deixando de ser sala-de-estar de pessoas que não têm nada para fazer e que ali passam os dias a comer, fumar e a deixar tudo quanto é lixo.
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