O DIA 18 de Maio foi o Dia Internacional dos Museus e, como já vem sendo hábito, a data é assinalada em Macau com visitas gratuitas a museus do território.
Na edição deste ano participaram, na península de Macau, a Casa Cultural de Chá de Macau e a Casa Memorial Dr. Sun Iat Sem, o Centro de Ciência de Macau e a Casa de Penhores Tradicional. Abriram também as suas portas gratuitamente o Museu de Arte e o Museu de Arte Sacra, o Museu dos Bombeiros e o das Telecomunicações. Juntaram-se ainda o Museu do Grande Prémio e o do Vinho, o Museu de Macau, o Marítimo e o Memorial Lin Zexu, o Museu das Ofertas sobre a Transferência de Soberania de Macau e o Núcleo Museológico da Santa Casa da Misericórdia. Na Taipa, as Casas-Museu e o Museu da História das Ilhas. Em Coloane, o Museu Natural e Agrário no parque de Seac Pai Van.
A maior parte destes museus esteve aberta ao público durante todo o fim-de-semana que antecedeu o Dia Internacional dos Museus, para que turistas e a população em geral os visitassem, sem terem que pagar o habitual ingresso.
Os vários locais de exposição da RAEM, bem mais do que estes que fizeram parte da festividade deste ano, são visitados por inúmeras pessoas e o preço dos ingressos nem é muito elevado. Aliás, Macau está muito bem apetrechado no que diz respeito a museus e espaços museológicos. O que falta, isso sim, é uma adequada promoção dos mesmos, assim como informação acessível a todas as franjas da população. No que diz respeito às duas línguas oficiais, os espaços do Governo cumprem, em geral, o estipulado. Há, no entanto, excepções, pois em alguns casos a informação existente é apenas em versão chinesa, não se encontrando nenhuma em português e em inglês; ou, se se encontram, é um caso raro. Aliás, muitas vezes existe em chinês (e em inglês, como segunda língua), o que torna o problema ainda mais preocupante. É que, como museus que são, devem ser um dos baluartes da tradição e dos valores de Macau, a começar pelas duas línguas oficiais (chinês e português).
Mesmo assim, e havendo sempre espaço para se melhorar, o balanço é positivo, sendo de louvar os esforços para essa melhoria constante.
DST não cumpre
Apesar de considerar que o serviço prestado pelos museus é positivo, há outras instituições, a começar pelos próprios Serviços de Turismo do Governo, que não merecem tal distinção. Apesar de serem os responsáveis pela promoção de Macau lá fora e também dentro de portas, os Serviços de Turismo continuam a disponibilizar um serviço pouco digno no que diz respeito às línguas oficiais.
Veja-se a iniciativa inserida na promoção do Património Mundial, a decorrer até Julho e que está a ser promovida no Largo do Senado. Pelas fotos pode-se ver que o inglês ultrapassou o português, que desceu para terceiro plano. De tal forma que a língua oficial da RAEM nem sequer mereceu aparecer no local onde se explica como se processam as inscrições para as visitas guiadas.
É disso que se trata! Os Serviços de Turismo disponibilizam, de acordo com o cartaz escrito em três línguas e em três fachadas, cada uma com a sua língua (chinês tradicional, simplificado e inglês), visitas guiadas em mandarim (língua oficial) e inglês (língua de trabalho aceite em Macau, mas não oficial).
É um tema recorrente e pode ser debatido de diversas formas. No entanto, há princípios de que não poderemos, nunca, abdicar. Neste caso é possível argumentar que o público-alvo será falante de chinês (mandarim) e turistas ocidentais (que, na sua maioria falam, ou dominam, o inglês). No entanto, tal não pode servir para que o português não faça parte, pelo menos, do cartaz promocional. Que mais não seja, para que os turistas vejam e sejam alertados para o facto de, em Macau, haver duas línguas oficiais (chinês e português), sendo que o inglês é aceite como língua de fácil comunicação entre as diversas comunidades que habitam esta região.
Outra argumentação recorrente e que normalmente é usada para o facto de se escolher o inglês em detrimento do português (quando se fala de língua oral), é que há falta de guias que dominem a língua portuguesa. Na verdade, nos próprios Serviços de Turismo há muitas pessoas capazes e que dominam a língua portuguesa e a inglesa (cumulativamente), e alguns até dominam uma terceira e uma quarta língua, sendo essas o cantonense e o mandarim, pelo que um só guia poderia servir para todas as línguas, as duas oficiais, a do dia-a-dia e a de comunicação universal.
Senhores responsáveis, ponham-se do outro lado da barricada e imaginem que, em vez do português, faltava o chinês!
Será que iriam achar a mesma piada?
Na edição deste ano participaram, na península de Macau, a Casa Cultural de Chá de Macau e a Casa Memorial Dr. Sun Iat Sem, o Centro de Ciência de Macau e a Casa de Penhores Tradicional. Abriram também as suas portas gratuitamente o Museu de Arte e o Museu de Arte Sacra, o Museu dos Bombeiros e o das Telecomunicações. Juntaram-se ainda o Museu do Grande Prémio e o do Vinho, o Museu de Macau, o Marítimo e o Memorial Lin Zexu, o Museu das Ofertas sobre a Transferência de Soberania de Macau e o Núcleo Museológico da Santa Casa da Misericórdia. Na Taipa, as Casas-Museu e o Museu da História das Ilhas. Em Coloane, o Museu Natural e Agrário no parque de Seac Pai Van.
A maior parte destes museus esteve aberta ao público durante todo o fim-de-semana que antecedeu o Dia Internacional dos Museus, para que turistas e a população em geral os visitassem, sem terem que pagar o habitual ingresso.
Os vários locais de exposição da RAEM, bem mais do que estes que fizeram parte da festividade deste ano, são visitados por inúmeras pessoas e o preço dos ingressos nem é muito elevado. Aliás, Macau está muito bem apetrechado no que diz respeito a museus e espaços museológicos. O que falta, isso sim, é uma adequada promoção dos mesmos, assim como informação acessível a todas as franjas da população. No que diz respeito às duas línguas oficiais, os espaços do Governo cumprem, em geral, o estipulado. Há, no entanto, excepções, pois em alguns casos a informação existente é apenas em versão chinesa, não se encontrando nenhuma em português e em inglês; ou, se se encontram, é um caso raro. Aliás, muitas vezes existe em chinês (e em inglês, como segunda língua), o que torna o problema ainda mais preocupante. É que, como museus que são, devem ser um dos baluartes da tradição e dos valores de Macau, a começar pelas duas línguas oficiais (chinês e português).
Mesmo assim, e havendo sempre espaço para se melhorar, o balanço é positivo, sendo de louvar os esforços para essa melhoria constante.
DST não cumpre
Apesar de considerar que o serviço prestado pelos museus é positivo, há outras instituições, a começar pelos próprios Serviços de Turismo do Governo, que não merecem tal distinção. Apesar de serem os responsáveis pela promoção de Macau lá fora e também dentro de portas, os Serviços de Turismo continuam a disponibilizar um serviço pouco digno no que diz respeito às línguas oficiais.
Veja-se a iniciativa inserida na promoção do Património Mundial, a decorrer até Julho e que está a ser promovida no Largo do Senado. Pelas fotos pode-se ver que o inglês ultrapassou o português, que desceu para terceiro plano. De tal forma que a língua oficial da RAEM nem sequer mereceu aparecer no local onde se explica como se processam as inscrições para as visitas guiadas.
É disso que se trata! Os Serviços de Turismo disponibilizam, de acordo com o cartaz escrito em três línguas e em três fachadas, cada uma com a sua língua (chinês tradicional, simplificado e inglês), visitas guiadas em mandarim (língua oficial) e inglês (língua de trabalho aceite em Macau, mas não oficial).
É um tema recorrente e pode ser debatido de diversas formas. No entanto, há princípios de que não poderemos, nunca, abdicar. Neste caso é possível argumentar que o público-alvo será falante de chinês (mandarim) e turistas ocidentais (que, na sua maioria falam, ou dominam, o inglês). No entanto, tal não pode servir para que o português não faça parte, pelo menos, do cartaz promocional. Que mais não seja, para que os turistas vejam e sejam alertados para o facto de, em Macau, haver duas línguas oficiais (chinês e português), sendo que o inglês é aceite como língua de fácil comunicação entre as diversas comunidades que habitam esta região.
Outra argumentação recorrente e que normalmente é usada para o facto de se escolher o inglês em detrimento do português (quando se fala de língua oral), é que há falta de guias que dominem a língua portuguesa. Na verdade, nos próprios Serviços de Turismo há muitas pessoas capazes e que dominam a língua portuguesa e a inglesa (cumulativamente), e alguns até dominam uma terceira e uma quarta língua, sendo essas o cantonense e o mandarim, pelo que um só guia poderia servir para todas as línguas, as duas oficiais, a do dia-a-dia e a de comunicação universal.
Senhores responsáveis, ponham-se do outro lado da barricada e imaginem que, em vez do português, faltava o chinês!
Será que iriam achar a mesma piada?
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