QUANDO me sento em frente do computador com o único propósito de escrever meia dúzia de linhas para o artigo que tenho o prazer de oferecer aos nossos leitores semanalmente, sinto um misto de orgulho contido e de frustração resignada. Orgulho por sentirmos que aquilo que escrevemos é lido por muitos e fica gravado para futuras gerações consultarem e assim ficarem a saber como era a nossa sociedade na época em que vivemos. Frustração, porque muitas das vezes os assuntos abordados não são levados a sério por quem devia ter mais atenção para resolver os problemas que afectam a sociedade, especialmente quando relatamos situações referentes às camadas mais desprotegidas.
Por outro lado, porém, sentimos uma satisfação desmedida quando vemos que o que passamos para o papel deu os frutos desejados, ou seja, despertou nos responsáveis a necessidade de agir e corrigir o que estava menos bem. Assim como também sentimos prazer quando escrevemos e há motivos para a elogiar algo que merece ser distinguido pela positiva. É isso que semanalmente aqui tentamos fazer. sem esperar por qualquer tipo de recompensa por parte de quem gere os destinos de Macau.
Por estas páginas passaram ao longo dos anos muitos assuntos. Destaco, por preferência pessoal, os de cariz social e que directamente se relacionam com a vida das pessoas, como sejam a limpeza da cidade, as situações ilegais que se vêm em tantos edifícios da cidade e que as autoridades continuam, sistematicamente, a ignorar ou os precários serviços de saúde que actualmente temos.
Termino a lista com os Serviços de Saúde, pois é por aqui que quero continuar. Ultimamente tenho ouvido, apreensivo, algumas notícias vindas a público, relacionadas com o possível sucessor de Edmund Ho ao leme dos destinos da RAEM. Como todos sabemos, o que se passa na Saúde é um problema que vem de 1999 e relaciona-se com a tutela do sector.
Pessoalmente, nada tenho contra a pessoa em questão. Profissionalmente, considero-o competente na área a que pertence (entenda-se que me refiro à área que exercia enquanto pertencente ao sector privado). Contudo, o ser profissionalmente capaz e competente no sector privado não significa que seja um bom gestor público.
Poderá ser pura coincidência, mas é para todos bem claro e patente que, desde a criação da RAEM, o sector da saúde público tem vindo a degradar-se. Há pouco mais de uma década, principalmente os serviços prestados no Centro Hospitalar Conde de São Januário eram exemplares a nível asiático. Tanto é verdade, que várias delegações de outros países as vinham visitar e estudar.
Fico deveras preocupado com a eventualidade do Governo vir a ser conduzido por quem tutela uma pasta que perdeu muita da sua credibilidade em apenas dez anos.
Apesar desta minha apreensão, tenho de reconhecer, por outro lado, que não vejo outras soluções alternativas. Dos outros nomes de que se tem vindo a falar, todos têm as suas vantagens e pontos negativos, mas nenhum se destaca de forma evidente.
Mas, verdade se diga, como me dizia um amigo há dias, nem vale a pena estarmos preocupados com politiquices em torno da eleição do Chefe do Executivo, pois nem sequer podemos votar!
Este ponto, porém, é de difícil discussão. Embora não concordando em pleno com o ponto de vista do meu amigo, sou obrigado a dar alguma razão à sua linha de pensamento.
Seja quem for que venha a ser o próximo Chefe do Executivo, estou certo de que irá, certamente, tentar fazer o melhor que pode em prol da Região. Aliás, creio bem ser este também o pensar de todos os candidatos.
Por outro lado, porém, sentimos uma satisfação desmedida quando vemos que o que passamos para o papel deu os frutos desejados, ou seja, despertou nos responsáveis a necessidade de agir e corrigir o que estava menos bem. Assim como também sentimos prazer quando escrevemos e há motivos para a elogiar algo que merece ser distinguido pela positiva. É isso que semanalmente aqui tentamos fazer. sem esperar por qualquer tipo de recompensa por parte de quem gere os destinos de Macau.
Por estas páginas passaram ao longo dos anos muitos assuntos. Destaco, por preferência pessoal, os de cariz social e que directamente se relacionam com a vida das pessoas, como sejam a limpeza da cidade, as situações ilegais que se vêm em tantos edifícios da cidade e que as autoridades continuam, sistematicamente, a ignorar ou os precários serviços de saúde que actualmente temos.
Termino a lista com os Serviços de Saúde, pois é por aqui que quero continuar. Ultimamente tenho ouvido, apreensivo, algumas notícias vindas a público, relacionadas com o possível sucessor de Edmund Ho ao leme dos destinos da RAEM. Como todos sabemos, o que se passa na Saúde é um problema que vem de 1999 e relaciona-se com a tutela do sector.
Pessoalmente, nada tenho contra a pessoa em questão. Profissionalmente, considero-o competente na área a que pertence (entenda-se que me refiro à área que exercia enquanto pertencente ao sector privado). Contudo, o ser profissionalmente capaz e competente no sector privado não significa que seja um bom gestor público.
Poderá ser pura coincidência, mas é para todos bem claro e patente que, desde a criação da RAEM, o sector da saúde público tem vindo a degradar-se. Há pouco mais de uma década, principalmente os serviços prestados no Centro Hospitalar Conde de São Januário eram exemplares a nível asiático. Tanto é verdade, que várias delegações de outros países as vinham visitar e estudar.
Fico deveras preocupado com a eventualidade do Governo vir a ser conduzido por quem tutela uma pasta que perdeu muita da sua credibilidade em apenas dez anos.
Apesar desta minha apreensão, tenho de reconhecer, por outro lado, que não vejo outras soluções alternativas. Dos outros nomes de que se tem vindo a falar, todos têm as suas vantagens e pontos negativos, mas nenhum se destaca de forma evidente.
Mas, verdade se diga, como me dizia um amigo há dias, nem vale a pena estarmos preocupados com politiquices em torno da eleição do Chefe do Executivo, pois nem sequer podemos votar!
Este ponto, porém, é de difícil discussão. Embora não concordando em pleno com o ponto de vista do meu amigo, sou obrigado a dar alguma razão à sua linha de pensamento.
Seja quem for que venha a ser o próximo Chefe do Executivo, estou certo de que irá, certamente, tentar fazer o melhor que pode em prol da Região. Aliás, creio bem ser este também o pensar de todos os candidatos.
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