O ANO tem passado a uma velocidade estonteante, com acontecimentos a sucederem-se em catadupa, fazendo com que o tempo passe por nós sem que nos apercebamos. Chegamos ao último quarto de 2010 e com ele chega um evento que já faz parte do panorama cultural da RAEM. Não vos vou falar do seu programa, pois já foi abordado aquando da apresentação oficial.
O Festival da Lusofonia vai voltar a ter o formato de 2008, ou seja, passa a ser de uma semana, ao invés de três noites. A alteração de formato deve-se, de novo, ao envolvimento do Fórum para a Cooperação Económica entre a China e os Países de Língua Portuguesa. O Festival e a Semana Cultural vão prolongar-se de 22 a 29 de Outubro e contar com a tradicional animação musical na zona do Carmo e também em dois palcos na península de Macau – um no Largo do Senado e outro na zona Norte, junto ao Mercado do Iao Hon.
Como já vem sendo hábito, a «Lusofonia» é alvo de críticas e elogios todos os anos. Há quem defenda que devia mudar de local e há quem advogue que não faz sentido existir um evento que congregue apenas as culturas lusófonas, visto que Macau é uma mistura destas com a Oriental. A verdade é que, de ano para ano, o Festival (ou Festa) tem vindo a ganhar adeptos e cada vez mais os residentes não falantes do idioma de Camões, de Jorge Amado e de tantos outros ilustres, vão-se juntando às actividades e fazendo destas um acontecimento que querem presenciar anualmente. A par destes, vai crescendo a presença de turistas, os quais, ao virem a Macau, aproveitam para ver algo de diferente, que dificilmente conseguiriam apreciar noutros locais, mesmo fora da Ásia. Um trabalho de promoção da direcção de serviços sob a chefia de Costa Antunes, que merece ser louvado e destacado.
A entrada do «Fórum» na organização, com a sua ampliação para uma semana, faz com que mais verbas estejam disponíveis e seja possível extrapolar para fora da Avenida da Praia, trazendo o evento para a península e indo ao encontro de outros públicos, que, por tradição, não são muito afoitos a estas iniciativas de cariz cultural lusófono.
Em 2008 estive directamente envolvido na primeira experiência da expansão, tendo presenciado em primeira mão a recepção da população do Norte da cidade. Muitos deles nem sabiam da existência do Festival e ficaram agradavelmente surpreendidos pelo facto de se ter decidido levá-lo ao seu encontro. Uma das grandes dificuldades com que se debatia era a de captar o público não lusófono. Assim sendo, se Maomé não vai à montanha, vai a montanha a Maomé!
Isto sim é o encontro de culturas! A realidade de Macau é esta mesma! Há pessoas que vivem completamente alheadas do facto de coexistirem diferentes culturas na RAEM, não por sua culpa ou por não se interessarem, apenas porque nas suas preocupações diárias tal não tem lugar. Mas, caso lhes seja proporcionado o acesso a essa diversidade, acolhem-na de braços abertos, como ficou provado com o Festival da Lusofonia de 2008. Como resultado, houve um aumento do número de pessoas de etnia chinesa que visitaram a edição de 2009, quando voltou a ficar confinada à Avenida da Praia.
Depois da experiência de 2008 o Festival voltou às fronteiras do Carmo, mas os que no ano anterior tinham tido a oportunidade de o presenciar vieram à sua procura fora do local habitual. É esse efeito que se quer num evento desta natureza: cativar e atrair novos espectadores para o intercâmbio de culturas, que tem em Macau um palco privilegiado desde há vários séculos.
Este ano, a organização vai introduzir uma novidade. Vai realizar-se na Feira do Carmo, todos os dias à tarde, uma mostra de artesanato dos países participantes com artistas vindos propositadamente para mostrar a sua arte. Mais um contributo que pode fazer com que mais pessoas, de diferentes culturas e credos, se juntem à festa que se quer de todos para todos, mas com um cariz marcadamente lusófono. Afinal Macau é isto mesmo, desde há quase 500 anos, e assim vai continuar por muitos mais.
O Festival da Lusofonia vai voltar a ter o formato de 2008, ou seja, passa a ser de uma semana, ao invés de três noites. A alteração de formato deve-se, de novo, ao envolvimento do Fórum para a Cooperação Económica entre a China e os Países de Língua Portuguesa. O Festival e a Semana Cultural vão prolongar-se de 22 a 29 de Outubro e contar com a tradicional animação musical na zona do Carmo e também em dois palcos na península de Macau – um no Largo do Senado e outro na zona Norte, junto ao Mercado do Iao Hon.
Como já vem sendo hábito, a «Lusofonia» é alvo de críticas e elogios todos os anos. Há quem defenda que devia mudar de local e há quem advogue que não faz sentido existir um evento que congregue apenas as culturas lusófonas, visto que Macau é uma mistura destas com a Oriental. A verdade é que, de ano para ano, o Festival (ou Festa) tem vindo a ganhar adeptos e cada vez mais os residentes não falantes do idioma de Camões, de Jorge Amado e de tantos outros ilustres, vão-se juntando às actividades e fazendo destas um acontecimento que querem presenciar anualmente. A par destes, vai crescendo a presença de turistas, os quais, ao virem a Macau, aproveitam para ver algo de diferente, que dificilmente conseguiriam apreciar noutros locais, mesmo fora da Ásia. Um trabalho de promoção da direcção de serviços sob a chefia de Costa Antunes, que merece ser louvado e destacado.
A entrada do «Fórum» na organização, com a sua ampliação para uma semana, faz com que mais verbas estejam disponíveis e seja possível extrapolar para fora da Avenida da Praia, trazendo o evento para a península e indo ao encontro de outros públicos, que, por tradição, não são muito afoitos a estas iniciativas de cariz cultural lusófono.
Em 2008 estive directamente envolvido na primeira experiência da expansão, tendo presenciado em primeira mão a recepção da população do Norte da cidade. Muitos deles nem sabiam da existência do Festival e ficaram agradavelmente surpreendidos pelo facto de se ter decidido levá-lo ao seu encontro. Uma das grandes dificuldades com que se debatia era a de captar o público não lusófono. Assim sendo, se Maomé não vai à montanha, vai a montanha a Maomé!
Isto sim é o encontro de culturas! A realidade de Macau é esta mesma! Há pessoas que vivem completamente alheadas do facto de coexistirem diferentes culturas na RAEM, não por sua culpa ou por não se interessarem, apenas porque nas suas preocupações diárias tal não tem lugar. Mas, caso lhes seja proporcionado o acesso a essa diversidade, acolhem-na de braços abertos, como ficou provado com o Festival da Lusofonia de 2008. Como resultado, houve um aumento do número de pessoas de etnia chinesa que visitaram a edição de 2009, quando voltou a ficar confinada à Avenida da Praia.
Depois da experiência de 2008 o Festival voltou às fronteiras do Carmo, mas os que no ano anterior tinham tido a oportunidade de o presenciar vieram à sua procura fora do local habitual. É esse efeito que se quer num evento desta natureza: cativar e atrair novos espectadores para o intercâmbio de culturas, que tem em Macau um palco privilegiado desde há vários séculos.
Este ano, a organização vai introduzir uma novidade. Vai realizar-se na Feira do Carmo, todos os dias à tarde, uma mostra de artesanato dos países participantes com artistas vindos propositadamente para mostrar a sua arte. Mais um contributo que pode fazer com que mais pessoas, de diferentes culturas e credos, se juntem à festa que se quer de todos para todos, mas com um cariz marcadamente lusófono. Afinal Macau é isto mesmo, desde há quase 500 anos, e assim vai continuar por muitos mais.
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