AGORA que estamos em finais de Julho, quero voltar a um assunto que não abordo há algum tempo: a língua portuguesa e os Serviços de Saúde (SS). Parece ser uma «guerra» perdida, tendo em conta a reacção dos responsáveis deste sector essencial da nossa sociedade. Ou melhor, a falta total de resposta.
Quando falo dos SS, quase sempre acabo por me referir à qualidade dos seus serviços que, de há dez anos a esta parte, parecem tornar-se cada vez piores, na opinião dos utentes. No entanto, o que mais estranho e muito me incomoda é mesmo o completo desrespeito da língua oficial portuguesa. Por muito que os dirigentes dos SS não queiram aceitar, é o que prescreve a Lei. E se aos cidadãos é pedido que a cumpram, aos SS pede-se que dê o exemplo.
Sempre que se aborda tal tema, a reacção dos responsáveis deste serviço é ríspida. Aliás, das últimas vezes, – não sei se por falta de educação ou por não saberem ler ou não se darem ao trabalho de passar os olhos pela Imprensa em língua portuguesa, – nem responderam às críticas feitas.
Os jornalistas, e quem colabora na Imprensa, quando escrevem fazem-no, na maior parte das vezes, criticando. É verdade! Mas confesso que não o fazemos por prazer. Pessoalmente, gostaria de ter oportunidade de escrever mais vezes sobre assuntos positivos. Quando critico, ou exponho algo que considero não estar certo, faço-o com a melhor das intenções e sem qualquer objectivo de denegrir seja o que for. Apenas me interessa que as situações sejam identificadas e rectificadas, nada mais. O que se procura e espera é que as críticas sirvam para melhorar o que pensamos estar mal. Nunca me irão ver aqui a dizer mal de alguém, pelo simples gáudio de denegrir qualquer pessoa ou instituição.
Na semana seguinte à publicação do que escrevo, é com agrado que recebo telefonemas relativamente ao assunto abordado. Não poucas vezes os visados, ou os responsáveis pela questão visada, telefonam a agradecer o facto de terem sido chamados à atenção. As conversas acabam, regra geral, com promessas de tentarem corrigir o que está errado e com votos de que continuemos atentos ao que se faz, pois assim consideram ser uma das funções da Comunicação Social e de quem nela colabora.
Por várias vezes já aqui abordei temas que, mais tarde, acabo por verificar que não eram exactamente como eu os tinha retratado. Erros acontecem de ambos os lados, tanto de quem escreve, como de quem é visado na escrita. Porém, o facto de os assumir e tentar corrigi-los só mostra que os responsáveis têm abertura de espírito suficiente para aprender com as críticas.
Os SS, contudo, parece não aprenderem nada com o que se vai escrevendo, embora tenha que reconhecer que alguns dos problemas aqui criticados foram já melhorados. Dou o exemplo do Centro de Saúde do Tap Seac, que não tinha qualquer tipo de informação em português. Neste momento, apesar de não estar totalmente bilingue, muito já foi feito. Muito há ainda para fazer e as pessoas responsáveis nunca devem esquecer que as melhorias são uma tarefa contínua.
Os responsáveis dos SS podem pensar que fazem o suficiente, mas quem deve dizer se fazem o suficiente, ou não, é a população que usa as instalações diariamente. Assim penso e julgo que se forem perguntar aos residentes que apenas falam português se a informação é suficiente, a resposta será certamente negativa. E a desculpa de que fazem os possíveis não serve porque, se quando fazem o que podem não chega, têm de fazer ainda mais. Mesmo que para isso tenham de tentar fazer o impossível!
Um pequeno exemplo
Infelizmente, há vários anos que sofro de uma problema relacionado com os ossos. Apesar de não ser nada fatal ou que dê muitas dores de cabeça, momentos há em que se torna bastante arreliador e me obriga a tomar medicação e a consultar o médico. Numa dessas idas às consultas de especialidade, deparei com uma brochura sobre o assunto e que datava de 2007. Um folheto sobre dieta com baixos teores de purina (Low Purine, em inglês), mas que apenas encontrei em chinês, pelo que pedi aos SS, via «e-mail», que me fosse fornecido em português. Só que nem se dignaram responder. Assumo que tal não exista; caso contrário, penso que alguém dos SS me teria contactado para me enviar a informação requerida. Que mais não fosse pelo facto de todo o residente de Macau, de acordo com a legislação que nos rege, ter direito a ser informado na sua língua de preferência.
Considero que não esteja a pedir nada de mais aos SS, nem aos outros serviços, quando exijo que nos informem em português. O Governo investe milhões todos os anos na formação e aperfeiçoamento de tradutores e intérpretes, pelo que aos serviços governamentais apenas se exige que façam o que está na Lei.
As críticas que se fazem não têm o objectivo de denegrir ou de perseguir quem quer que seja. Se perseguimos alguma coisa com a constante fiscalização e denúncia, apenas e só o fazemos em prol da igualdade de direitos e de tratamento das duas línguas oficiais, como de resto consagrado na Lei Básica. Apenas, e só, até 19 de Dezembro de 2049. Depois, logo se verá!
Quando falo dos SS, quase sempre acabo por me referir à qualidade dos seus serviços que, de há dez anos a esta parte, parecem tornar-se cada vez piores, na opinião dos utentes. No entanto, o que mais estranho e muito me incomoda é mesmo o completo desrespeito da língua oficial portuguesa. Por muito que os dirigentes dos SS não queiram aceitar, é o que prescreve a Lei. E se aos cidadãos é pedido que a cumpram, aos SS pede-se que dê o exemplo.
Sempre que se aborda tal tema, a reacção dos responsáveis deste serviço é ríspida. Aliás, das últimas vezes, – não sei se por falta de educação ou por não saberem ler ou não se darem ao trabalho de passar os olhos pela Imprensa em língua portuguesa, – nem responderam às críticas feitas.
Os jornalistas, e quem colabora na Imprensa, quando escrevem fazem-no, na maior parte das vezes, criticando. É verdade! Mas confesso que não o fazemos por prazer. Pessoalmente, gostaria de ter oportunidade de escrever mais vezes sobre assuntos positivos. Quando critico, ou exponho algo que considero não estar certo, faço-o com a melhor das intenções e sem qualquer objectivo de denegrir seja o que for. Apenas me interessa que as situações sejam identificadas e rectificadas, nada mais. O que se procura e espera é que as críticas sirvam para melhorar o que pensamos estar mal. Nunca me irão ver aqui a dizer mal de alguém, pelo simples gáudio de denegrir qualquer pessoa ou instituição.
Na semana seguinte à publicação do que escrevo, é com agrado que recebo telefonemas relativamente ao assunto abordado. Não poucas vezes os visados, ou os responsáveis pela questão visada, telefonam a agradecer o facto de terem sido chamados à atenção. As conversas acabam, regra geral, com promessas de tentarem corrigir o que está errado e com votos de que continuemos atentos ao que se faz, pois assim consideram ser uma das funções da Comunicação Social e de quem nela colabora.
Por várias vezes já aqui abordei temas que, mais tarde, acabo por verificar que não eram exactamente como eu os tinha retratado. Erros acontecem de ambos os lados, tanto de quem escreve, como de quem é visado na escrita. Porém, o facto de os assumir e tentar corrigi-los só mostra que os responsáveis têm abertura de espírito suficiente para aprender com as críticas.
Os SS, contudo, parece não aprenderem nada com o que se vai escrevendo, embora tenha que reconhecer que alguns dos problemas aqui criticados foram já melhorados. Dou o exemplo do Centro de Saúde do Tap Seac, que não tinha qualquer tipo de informação em português. Neste momento, apesar de não estar totalmente bilingue, muito já foi feito. Muito há ainda para fazer e as pessoas responsáveis nunca devem esquecer que as melhorias são uma tarefa contínua.
Os responsáveis dos SS podem pensar que fazem o suficiente, mas quem deve dizer se fazem o suficiente, ou não, é a população que usa as instalações diariamente. Assim penso e julgo que se forem perguntar aos residentes que apenas falam português se a informação é suficiente, a resposta será certamente negativa. E a desculpa de que fazem os possíveis não serve porque, se quando fazem o que podem não chega, têm de fazer ainda mais. Mesmo que para isso tenham de tentar fazer o impossível!
Um pequeno exemplo
Infelizmente, há vários anos que sofro de uma problema relacionado com os ossos. Apesar de não ser nada fatal ou que dê muitas dores de cabeça, momentos há em que se torna bastante arreliador e me obriga a tomar medicação e a consultar o médico. Numa dessas idas às consultas de especialidade, deparei com uma brochura sobre o assunto e que datava de 2007. Um folheto sobre dieta com baixos teores de purina (Low Purine, em inglês), mas que apenas encontrei em chinês, pelo que pedi aos SS, via «e-mail», que me fosse fornecido em português. Só que nem se dignaram responder. Assumo que tal não exista; caso contrário, penso que alguém dos SS me teria contactado para me enviar a informação requerida. Que mais não fosse pelo facto de todo o residente de Macau, de acordo com a legislação que nos rege, ter direito a ser informado na sua língua de preferência.
Considero que não esteja a pedir nada de mais aos SS, nem aos outros serviços, quando exijo que nos informem em português. O Governo investe milhões todos os anos na formação e aperfeiçoamento de tradutores e intérpretes, pelo que aos serviços governamentais apenas se exige que façam o que está na Lei.
As críticas que se fazem não têm o objectivo de denegrir ou de perseguir quem quer que seja. Se perseguimos alguma coisa com a constante fiscalização e denúncia, apenas e só o fazemos em prol da igualdade de direitos e de tratamento das duas línguas oficiais, como de resto consagrado na Lei Básica. Apenas, e só, até 19 de Dezembro de 2049. Depois, logo se verá!
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