O nosso pão e a nossa Sumol
O QUE vou escrever pode soar a pura publicidade, mas não é. Nunca aqui o fiz, nem é a vocação desta coluna promover negócios ou estabelecimentos comerciais, mas desta vez quero falar de um café que, de vez em quando, frequento em Gongbei. Ali mesmo, depois das escadas que descem para o centro-comercial, logo após a passagem da fronteira. Muitas vezes queixamo-nos que em Macau é difícil encontrar produtos de qualidade, nomeadamente produtos alimentares e, mais concretamente, pão. Eu próprio também não consigo passar sem um bom pão, seja ao pequeno-almoço, seja a uma das outras principais refeições do dia.
Em Macau, apesar das muitas pastelarias, padarias e similares, – algumas delas propriedade de portugueses, – o pão deixa muito a desejar. Raros são os casos em que se encontra uma em que a qualidade do pão nos agrade.
Houve tempos em que nas pastelarias/padarias portuguesas o pão era como o que se come em Portugal, saboroso, com a adequada dose de sal e bem cozido. Agora, seja pela farinha, seja pelo muito fermento, esse alimento básico da nossa dieta sabe a pouco e em nada se parece com o que me habituei a comer na minha juventude.
No entanto, e para que não me acusem de só criticar, devo dizer que, de vez em quando, sempre se vai encontrando algum que satisfaz o gosto mais exigente. É isso mesmo que aqui quero destacar. E faço-o porque, contrariando todas as probabilidades, não foi em Macau que o encontrei. Foi do outro lado da fronteira, num pequeno estabelecimento que abriu recentemente.
A oferta é variada: desde pão «normal», a pão com cereais, pão integral, bolos, de tudo se pode encontrar e feito ao sabor ocidental. Não há que confundir com as padarias que vendem bolos e pão que parecem feitos de plástico e que a nada sabem, mas que, no entanto, são muito populares, principalmente junto da população chinesa local.
Não conheço o proprietário deste estabelecimento, nem quem é responsável pela manufactura dos produtos; por isso tomei a liberdade de o referir, dada a sua qualidade e a sua localização. A par do pão e dos bolos de excelente qualidade, tem também café que vai na mesma linha. Sem saber qual a marca usada, atrevo-me a dizer que a «bica» ali tomada é melhor do que as que encontramos em Macau.
Para além disso, este estabelecimento oferece-nos também outro aspecto que merece ser realçado: o preço. Por um pão de 250 gramas paga-se pouco mais de 10 patacas, o que em Macau é impossível acontecer em estabelecimentos que ofereçam pão de qualidade mais aceitável.
Contra todas as expectativas, foi do outro lado da fronteira que encontrei produtos de qualidade que, por tradição, seria normal, supostamente, encontrar deste lado. Isto, – mais não seja, – vem mostrar que na China já se fazem produtos de boa qualidade. Para quem vive em Macau e que está habituado a um certo nível de qualidade de vida, os preços que refiro são baixos; contudo, para a maioria da população chinesa, dez patacas por um pão é caro e poucos o podem suportar. Talvez por isso, o estabelecimento está sempre com poucos clientes e os que ali se deslocam são ocidentais e residentes de Macau.
Ainda hoje pão e café são tidos como produtos para algumas elites no interior do país, tal como o leite e outros alimentos ocidentais. O que se verifica, porém, é que os chineses com poder de compra adquirem com mais frequência café e pão.
Sumol na China
Como sabemos, um dos refrigerantes portugueses mais conhecidos fora de Portugal é a Sumol, nos seus mais variados sabores. Agora, cada vez mais se começa a ver também Compal que, em minha opinião, é de melhor qualidade. Mas, como em tudo, gostos não se discutem.
Vem isto a propósito de ter visto também nesse estabelecimento do outro lado da fronteira a tão «nossa» Sumol, neste caso a de maracujá. Como me foi explicado, é a que mais procura tem por parte do cliente chinês, sendo de salientar o facto do refrigerante ser mais barato do outro lado que em Macau. O preço, como mostra a etiqueta na fotografia que consegui fazer, é muito semelhante ao que pagamos nos supermercados em Macau. Se for num café ou restaurante, o preço, evidentemente, é bem mais elevado.
A Sumol prova, assim, ter mercado na China e que é possível entrar com produtos a preços menos elevados dentro do continente chinês. A chave será mesmo a qualidade e não o preço que se apresenta.
O QUE vou escrever pode soar a pura publicidade, mas não é. Nunca aqui o fiz, nem é a vocação desta coluna promover negócios ou estabelecimentos comerciais, mas desta vez quero falar de um café que, de vez em quando, frequento em Gongbei. Ali mesmo, depois das escadas que descem para o centro-comercial, logo após a passagem da fronteira. Muitas vezes queixamo-nos que em Macau é difícil encontrar produtos de qualidade, nomeadamente produtos alimentares e, mais concretamente, pão. Eu próprio também não consigo passar sem um bom pão, seja ao pequeno-almoço, seja a uma das outras principais refeições do dia.
Em Macau, apesar das muitas pastelarias, padarias e similares, – algumas delas propriedade de portugueses, – o pão deixa muito a desejar. Raros são os casos em que se encontra uma em que a qualidade do pão nos agrade.
Houve tempos em que nas pastelarias/padarias portuguesas o pão era como o que se come em Portugal, saboroso, com a adequada dose de sal e bem cozido. Agora, seja pela farinha, seja pelo muito fermento, esse alimento básico da nossa dieta sabe a pouco e em nada se parece com o que me habituei a comer na minha juventude.
No entanto, e para que não me acusem de só criticar, devo dizer que, de vez em quando, sempre se vai encontrando algum que satisfaz o gosto mais exigente. É isso mesmo que aqui quero destacar. E faço-o porque, contrariando todas as probabilidades, não foi em Macau que o encontrei. Foi do outro lado da fronteira, num pequeno estabelecimento que abriu recentemente.
A oferta é variada: desde pão «normal», a pão com cereais, pão integral, bolos, de tudo se pode encontrar e feito ao sabor ocidental. Não há que confundir com as padarias que vendem bolos e pão que parecem feitos de plástico e que a nada sabem, mas que, no entanto, são muito populares, principalmente junto da população chinesa local.
Não conheço o proprietário deste estabelecimento, nem quem é responsável pela manufactura dos produtos; por isso tomei a liberdade de o referir, dada a sua qualidade e a sua localização. A par do pão e dos bolos de excelente qualidade, tem também café que vai na mesma linha. Sem saber qual a marca usada, atrevo-me a dizer que a «bica» ali tomada é melhor do que as que encontramos em Macau.
Para além disso, este estabelecimento oferece-nos também outro aspecto que merece ser realçado: o preço. Por um pão de 250 gramas paga-se pouco mais de 10 patacas, o que em Macau é impossível acontecer em estabelecimentos que ofereçam pão de qualidade mais aceitável.
Contra todas as expectativas, foi do outro lado da fronteira que encontrei produtos de qualidade que, por tradição, seria normal, supostamente, encontrar deste lado. Isto, – mais não seja, – vem mostrar que na China já se fazem produtos de boa qualidade. Para quem vive em Macau e que está habituado a um certo nível de qualidade de vida, os preços que refiro são baixos; contudo, para a maioria da população chinesa, dez patacas por um pão é caro e poucos o podem suportar. Talvez por isso, o estabelecimento está sempre com poucos clientes e os que ali se deslocam são ocidentais e residentes de Macau.
Ainda hoje pão e café são tidos como produtos para algumas elites no interior do país, tal como o leite e outros alimentos ocidentais. O que se verifica, porém, é que os chineses com poder de compra adquirem com mais frequência café e pão.
Sumol na China
Como sabemos, um dos refrigerantes portugueses mais conhecidos fora de Portugal é a Sumol, nos seus mais variados sabores. Agora, cada vez mais se começa a ver também Compal que, em minha opinião, é de melhor qualidade. Mas, como em tudo, gostos não se discutem.
Vem isto a propósito de ter visto também nesse estabelecimento do outro lado da fronteira a tão «nossa» Sumol, neste caso a de maracujá. Como me foi explicado, é a que mais procura tem por parte do cliente chinês, sendo de salientar o facto do refrigerante ser mais barato do outro lado que em Macau. O preço, como mostra a etiqueta na fotografia que consegui fazer, é muito semelhante ao que pagamos nos supermercados em Macau. Se for num café ou restaurante, o preço, evidentemente, é bem mais elevado.
A Sumol prova, assim, ter mercado na China e que é possível entrar com produtos a preços menos elevados dentro do continente chinês. A chave será mesmo a qualidade e não o preço que se apresenta.
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