O NÃO cumprimento das garantias é algo que nesta terra acontece frequentemente e que muitas vezes aqui falamos. No entanto, o exemplo que desta vez trago dá conta de outra história e deveria servir de exemplo para as empresas que operam em Macau.
Trata-se de um assunto relacionado com a CTM, empresa que várias vezes aqui foi criticada por diversos motivos. No entanto, importa referir que, mesmo criticando alguns aspectos, a Companhia de Telecomunicações de Macau esforça-se por melhorar, sempre que são detectadas lacunas.
Neste caso, que passo a explicar, envolve um telefone de marca Nokia, comprado na CTM e que ainda estava dentro da garantia. O aparelho foi devolvido ao balcão onde foi comprado, tendo sido posteriormente enviado ao fabricante para verificação. A Nokia devolveu-o dizendo que a garantia não servia de nada porque o aparelho não funcionava devido a ter estado em contacto com água. Não foram bem estes os termos técnicos, mas, e sendo o mais importante, a Nokia peremptoriamente disse que não reparava ou substituía o aparelho, pedindo quase quatro mil patacas para o reparar! Ou seja, custava mais repará-lo do que comprar um novo! Algo que, naturalmente, o cliente se recusou a aceitar.
O que se passou foi que o aparelho esteve desactivado praticamente desde que fora adquirido, em meados do ano passado. Por altura do Natal foi ligado e «recusou-se» a funcionar. Durante todo esse período tinha sido utilizado, no máximo, duas semanas, sem nunca ter estado em contacto com água, nem sequer perto dela. Quanto muito, segundo o seu proprietário, poderá ter apanhado humidade por não ser utilizado, visto que o clima de Macau é propenso a tal.
Apesar de todas as explicações, a Nokia continuou sem querer honrar a garantia que oferece aos clientes, insistindo que o aparelho tinha estado em contacto com água. Em suma, era a palavra do pequeno cliente contra a do gigante Nokia.
Sendo a CTM um intermediário na transacção, pouco ou nada poderia fazer neste caso, como foi explicado mais do que uma vez. Aliás, esta empresa foi além das suas atribuições, tendo conseguido mesmo negociar uma cotação mais baixa para a reparação do aparelho. Depois da intervenção da CTM ficaria, mesmo assim, por cerca de duas mil patacas, algo inaceitável visto que o telefone estava dentro da garantia.
Perante tal situação, a CTM decidiu ser ela própria resolver o assunto, tomando-o em mãos e negociando directamente com o cliente, para que o prejuízo fosse o menos possível. A decisão foi simples e rápida. Foi feita ao cliente a proposta de optar por um telefone igual, ou optar por outro modelo, pagando a diferença.
Em Macau, onde os direitos dos consumidores são constantemente atropelados, este exemplo da CTM até parece um «milagre». Esperamos que outros lhe sigam o exemplo.
Pode ser que um dia deixemos de ter casas comerciais a cobrar taxas adicionais sobre pagamentos com cartões de crédito, ou a exigir mais dinheiro, se quisermos uma garantia abrangente e que, realmente, seja «garantia» de coisa alguma. Infelizmente, as queixas ao Conselho de Consumidores de nada servem. Digo por experiência própria que um dia apresentei ao CC uma denúncia sobre uma casa comercial que me cobrou 3% sobre um pagamento com cartão de crédito. O CC disse nada estar autorizado a fazer e aconselhava que esquecêssemos o assunto, porque não iríamos conseguir resolver nada!
É isto que acontece em Macau. São cobradas taxas ilegais, são negligenciadas garantias e nada se pode fazer para inverter a situação.
Felizmente, há algumas empresas que, por bons princípios comerciais, vão reconhecendo e tomando em linha de conta os interesses dos seus clientes. Benvindos sejam estes exemplos! Não serão perfeitas em tudo o que fazem tais empresas, mas marcam a diferença, num universo onde reina a desonestidade.
Trata-se de um assunto relacionado com a CTM, empresa que várias vezes aqui foi criticada por diversos motivos. No entanto, importa referir que, mesmo criticando alguns aspectos, a Companhia de Telecomunicações de Macau esforça-se por melhorar, sempre que são detectadas lacunas.
Neste caso, que passo a explicar, envolve um telefone de marca Nokia, comprado na CTM e que ainda estava dentro da garantia. O aparelho foi devolvido ao balcão onde foi comprado, tendo sido posteriormente enviado ao fabricante para verificação. A Nokia devolveu-o dizendo que a garantia não servia de nada porque o aparelho não funcionava devido a ter estado em contacto com água. Não foram bem estes os termos técnicos, mas, e sendo o mais importante, a Nokia peremptoriamente disse que não reparava ou substituía o aparelho, pedindo quase quatro mil patacas para o reparar! Ou seja, custava mais repará-lo do que comprar um novo! Algo que, naturalmente, o cliente se recusou a aceitar.
O que se passou foi que o aparelho esteve desactivado praticamente desde que fora adquirido, em meados do ano passado. Por altura do Natal foi ligado e «recusou-se» a funcionar. Durante todo esse período tinha sido utilizado, no máximo, duas semanas, sem nunca ter estado em contacto com água, nem sequer perto dela. Quanto muito, segundo o seu proprietário, poderá ter apanhado humidade por não ser utilizado, visto que o clima de Macau é propenso a tal.
Apesar de todas as explicações, a Nokia continuou sem querer honrar a garantia que oferece aos clientes, insistindo que o aparelho tinha estado em contacto com água. Em suma, era a palavra do pequeno cliente contra a do gigante Nokia.
Sendo a CTM um intermediário na transacção, pouco ou nada poderia fazer neste caso, como foi explicado mais do que uma vez. Aliás, esta empresa foi além das suas atribuições, tendo conseguido mesmo negociar uma cotação mais baixa para a reparação do aparelho. Depois da intervenção da CTM ficaria, mesmo assim, por cerca de duas mil patacas, algo inaceitável visto que o telefone estava dentro da garantia.
Perante tal situação, a CTM decidiu ser ela própria resolver o assunto, tomando-o em mãos e negociando directamente com o cliente, para que o prejuízo fosse o menos possível. A decisão foi simples e rápida. Foi feita ao cliente a proposta de optar por um telefone igual, ou optar por outro modelo, pagando a diferença.
Em Macau, onde os direitos dos consumidores são constantemente atropelados, este exemplo da CTM até parece um «milagre». Esperamos que outros lhe sigam o exemplo.
Pode ser que um dia deixemos de ter casas comerciais a cobrar taxas adicionais sobre pagamentos com cartões de crédito, ou a exigir mais dinheiro, se quisermos uma garantia abrangente e que, realmente, seja «garantia» de coisa alguma. Infelizmente, as queixas ao Conselho de Consumidores de nada servem. Digo por experiência própria que um dia apresentei ao CC uma denúncia sobre uma casa comercial que me cobrou 3% sobre um pagamento com cartão de crédito. O CC disse nada estar autorizado a fazer e aconselhava que esquecêssemos o assunto, porque não iríamos conseguir resolver nada!
É isto que acontece em Macau. São cobradas taxas ilegais, são negligenciadas garantias e nada se pode fazer para inverter a situação.
Felizmente, há algumas empresas que, por bons princípios comerciais, vão reconhecendo e tomando em linha de conta os interesses dos seus clientes. Benvindos sejam estes exemplos! Não serão perfeitas em tudo o que fazem tais empresas, mas marcam a diferença, num universo onde reina a desonestidade.
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