A MACAO Water, à semelhança de todos os outros fornecedores de serviços públicos, actua com a postura do «quero, posso e mando», deixando o utente completamente dependente das suas vontades e sem qualquer forma de recorrer das decisões tomadas.
Não me querendo debruçar sobre o completo desrespeito pela língua portuguesa, quer nas suas instalações, quer na página da Internet, onde a língua de Camões é tratada «abaixo de cão», quero apenas referir vários casos que se têm registado na minha zona, inclusivamente comigo. Aliás, é do meu caso que agora escrevo, dado que as várias tentativas de contactar a empresa se mostraram completamente inúteis no passado.
Da Macao Water recebi a última conta, para o endereço de residência, no dia 18 de Novembro de 2012. Desde aí mais nenhuma factura me chegou às mãos, facto pelo qual diversas vezes informei a empresa, que diz ser minha responsabilidade, visto que eles – claro – enviam a correspondência a tempo e horas a todos os clientes. Se a «carta» não chega ao destino, a culpa é do destinatário!!! De quem mais poderia ser!?
Pergunto: Não prevê a Lei que antes de se decidir pelo corte ou outra medida sancionatória se esgotem todas as formas de contacto com a pessoa visada? Ou será que basta assumir que a «carta» chegou a «Garcia» para que seja considerada entregue, logo, um dado adquirido?
Tanto quanto me lembro, a Macao Water, aquando da assinatura do contrato de abastecimento de água, pediu-me o endereço, o número de telefone fixo e de telemóvel e, inclusivamente, o endereço electrónico. Acredito que assim o façam com todos os novos clientes. Garanto que pelo correio nada chegou e todos os dias chegam lá a casa várias cartas e panfletos publicitários. Tão pouco fui contactado por telefone, telemóvel ou mesmo por correio electrónico. Assim como também não recebi nada na minha Caixa Postal, um endereço que também já disponibilizei à Macao Water, mas que esta se recusa a utilizar. De referir que todas as outras contas que recebo chegam, a tempo e horas, à Caixa Postal.
Regra geral não tenho problemas com as contas, uma vez que no dia em que recebo o salário as saldo via Internet, através do «website» do BNU, sendo a da Macao Water uma das contas mensais de uma lista que também inclui a CEM, a CTM, a 3Three e outras semelhantes. Uma lista de números de contas que guardo, religiosamente, junto do computador de casa e na agenda do telemóvel, já para evitar esquecimentos. No entanto, muito assiduamente, a Macao Water recusa o pagamento via BNU. A tal facto, visto não ser culpa minha, pouco ligo, tentando novamente no dia seguinte e, se a situação se mantém, espero que me seja enviado qualquer aviso. Como nunca acontece, repito o pagamento no mês seguinte.
No entanto, em Setembro, assim como no mês anterior em que estive ausente de Macau, não foi possível efectuar o pagamento, após ter recebido o salário na conta do BNU. O que considerei estranho, porque nunca tinha acontecido dois meses seguidos. Passados alguns dias, já eu me tinha esquecido do sucedido – não tinha recebido qualquer aviso da Macao Water, nem qualquer contacto via telefone ou através de qualquer outro meio, – dei com um papel da Macao Water na minha caixa do correio. Intrigado, pensei que fosse a dita factura que nunca tinha chegado. Para minha surpresa, era uma nota a informar que a água havia sido cortada. Nem sequer era um aviso de que iriam cortar em determinada data, apenas que a mesma já estava cortada! Chegado a casa fui verificar se tinha água que, para minha surpresa, correu da torneira! Perante o facto, e com a carta a «moer-me» a cabeça, desci ao rés-do-chão para verificar o contador, deparando então com uma braçadeira de plástico a bloquear a torneira do contador da minha residência. No entanto, quem ali a colocou – tal não era a pressa – não teve a preocupação de fechar o abastecimento, nem sequer deixá-la selada, como já vi em outras ocasiões.
Perante o sucedido, e como não conseguia realizar qualquer pagamento à Macao Water, via online ou pelos Correios, decidi contactar a empresa. Fui então informado de que o abastecimento de água havia sido cancelado e que tinha de me dirigir às suas instalações, na Ilha Verde, para regularizar a situação.
Tentei, sem aval, pedir explicações acerca do sucedido e do facto de não ter recebido qualquer tipo de aviso, mas de nada serviu. Assim como de nada serviu dizer que a braçadeira de plástico apenas evitava que eu conseguisse fechar a água, não de a abrir! E que não havia selo no contador... Um diálogo de surdos como é normal nas empresas de fornecimento de serviços públicos adjudicados.
Não ponho em causa o corte no abastecimento, mas sim a falta de comunicação da empresa, que tem todos os meios para contactar o cliente. E também lamento que o cliente seja sempre tido como culpado. Neste caso, o zelo da Macao Water foi tanto que nem sequer verificaram se a água estava realmente fechada antes de colocarem a braçadeira e nem afixaram qualquer aviso no contador! Ou se o colaram, como afirmam ter feito, o mesmo desapareceu, pois qualquer pessoa pode ter acesso à caixa dos contadores do meu prédio. A mesma encontra-se no exterior e a Macao Water não a mantém fechada à chave.
|
Como blog estaremos aqui para escrever as nossas opiniões, observações e para que quem nos visite deixe também as suas. Tentaremos, dentro das possibilidades, manter este local actualizado com o que vai acontecendo à nossa volta em Macau e um pouco em todo o lado...
sexta-feira, 4 de outubro de 2013
O «rigor» da Macao Water
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário
Obrigado pelo comentário.
Volte sempre.