Como blog estaremos aqui para escrever as nossas opiniões, observações e para que quem nos visite deixe também as suas. Tentaremos, dentro das possibilidades, manter este local actualizado com o que vai acontecendo à nossa volta em Macau e um pouco em todo o lado...

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Sócrates o Mestre

Então nós temos um Primeiro-ministro que é mestre e ninguém sabia de nada? É preciso virem os amigos americanos dizerem-nos que o Sócrates se licenciou em Engenharia Civil em Coimbra e tirou um mestrado no Instituto Universitário em Lisboa!!!
Afinal, para que precisou de tirar o curso de engenharia à pressa e causar toda aquela polémica com o exame de domingo?

http://www.worldleaders.columbia.edu/participants/jos%C3%A9-s%C3%B3crates-0

José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa, commonly known by his given names José Sócrates, is the prime minister of Portugal and secretary-general of the Socialist Party. Sócrates first became prime minister in 2005 and was re-elected in 2009.
He was born in 1957 and spent his early years in the city of Covilhã. At the age of 18 he went to Coimbra, where he earned a degree in civil engineering. He received an MBA in 2005 from the Lisbon University Institute.


Numa tradução livre:
“José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa, normalmente conhecido José Sócrates, é o Primeiro-Ministro de Portugal e secretário-geral do Partido Socialista.
Sócrates foi eleito Primeiro-Ministro, pela primeira vez, em 2005, tendo sido re-eleito em 2009.
Nasceu em 1957 e passou os primeiros anos da sua vida na cidade da Covilhã. Aos 18 anos rumou a Coimbra, onde tirou um curso de Engenharia Civil. E recebeu um MBA em 2005 pelo Instituto Universitário de Lisboa.”

sábado, 11 de dezembro de 2010

Falar quando há algo para dizer

NA última deslocação que o Primeiro-Ministro de Portugal, José Sócrates, fez à Região Administrativa Especial de Macau, alguns dos «importantes» da terra ficaram indignados pelo facto de este não ter dirigido a palavra à comunidade portuguesa.

Pessoalmente, não me interessa nada que o Primeiro-Ministro, seja ele de Portugal, da China ou de qualquer outro país, venha a Macau e nos dirija a palavra (falo como residente). O que me interessa mesmo são actos e acções. De palavras e boas intenções estou cheio e, penso eu, será este o sentimento da maioria da comunidade radicada ou nascida em Macau.

Se Sócrates veio a Macau e não dirigiu a palavra à comunidade portuguesa, deverá ter sido porque não tinha nada de importante para dizer e, quando assim é, mais vale estar calado. De palavras ocas estamos todos fartos, pois sempre que por aqui passa um qualquer dirigente de Lisboa ouvimos um rol de promessas que nunca são cumpridas.

De que serve dirigir a palavra à comunidade se, logo após entrarem no barco para Hong Kong (sim, porque já nem voos de Lisboa para Macau temos), se esquecem de que existe uma comunidade significativa neste território?

Quem aqui vive e tem raízes em Portugal espera mais do Executivo de Lisboa; pelo que me toca, vivo muito bem sem que eles se preocupem. Não me pagam «tachos», nem conto com o Governo de Portugal para a reforma ou qualquer outro tipo de apoio; portanto, se aqui querem vir e não falar, tanto melhor!

Por outro lado, acho de completo mau gosto que um dignitário de Portugal venha a Macau e apenas convide uma parte da comunidade para se encontrar com ele. Se vem em representação do País, deveria «honrar» com um convite ou, no mínimo, com um encontro aberto, todos aqueles que possuem um passaporte de Lisboa. O facto de ter convidado apenas uma «elite» demonstra, de facto, a forma como olham para quem aqui tenta dignificar o nome do País.

Há muito deixei de participar em reuniões que tenham lugar no Bela Vista, pois considero que apenas se realizam para a fotografia e nada mais significam. Há outras formas de mostrar à comunidade de nacionalidade portuguesa (não nos podemos esquecer que são umas centenas de milhar), que Lisboa não os esqueceu.

Relativamente aos encontros no Bela Vista, havia quem os caracterizasse como sendo um óptimo local para beber bom vinho e comer maus aperitivos «à pala»! Como sou mau de estômago, prefiro beber bom vinho em casa e confeccionar os meus aperitivos. Assim poupo nas azias!

Para que Lisboa nos ouça, temos o Consulado Geral de Portugal, cujo trabalho, se exceptuarmos alguns funcionários que deixam nódoa na folha de serviço por serem arrogantes, apresenta um saldo muito positivo. A destacar, sem dúvida, o nosso cônsul, que tem sido hábil nos contactos e tem feito intervenções bem medidas em prol dos portugueses e da presença da cultura portuguesa em Macau.

Também a Casa de Portugal, apesar de ser uma associação particular, tem tudo feito para elevar bem alto a presença lusa nestas terras. As iniciativas estão à vista e são muitas, e quem lidera a associação só não faz mais, porque faltam os meios para isso.

Para além destas duas instituições, não nos podemos esquecer também as de cariz mais local, como a Associação dos Macaenses, a qual, embora direccionada para os «filhos da terra», nunca esquece a sua portugalidade. Isso mesmo o seu presidente, Miguel de Senna Fernandes, faz questão em manter. É o que sucede com a também local APOMAC, mais voltada para os aposentados, mas, apesar de zelar pelos interesses dos seus associados, nunca renunciou às características lusas que a viram nascer.

Por último, não gostaria de deixar passar a oportunidade de referir também a ATFPM, dos funcionários públicos e dirigida por José Pereira Coutinho e Rita Santos. Antes de mais, ela assume-se como uma associação de cariz português, embora a sua mais importante missão seja a defesa dos interesses dos funcionários públicos. Esta deverá ser, sem dúvida, a associação de Macau que mais membros tem com nacionalidade portuguesa, sem esquecer que o seu próprio presidente é também membro do Conselho das Comunidades Portuguesas, em representação de Macau.

Sem querer estar a enumerar todas as associações e clubes de cariz português, penso que estaremos bem representados enquanto comunidade. Pelo que não precisamos que venham de Lisboa dar-nos música…

Que venham e fiquem bem caladinhos! É melhor do que virem e, ao abrirem a boca, acabarem por sair asneiras...

O CLARIM - Semanário Católico de Macau

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Laranjas com produto tóxico (for Eng use the link)

Um aviso que vem de Xangai mas que pode muito bem ser aplicado em Macau. As laranjas à venda podem estar contaminadas com uma cera tóxica.
As autoridades de Xangai ordenaram que os vendedores de fruta parassem de comercializar laranjas por suspeitas de uso de uma cera tóxica. A notícia está a ser veiculada pela imprensa do continente como sendo um dos últimos escândalos de segurança alimentar.
O Governo de Xangai está a realizar testes nas laranjas depois de consumidores se queixarem que a pele ficava vermelha depois de estar em contacto com as laranjas compradas em alguns mercados da cidade, lia-se no Oriental Morning Post.
As ceras industriais podem afectar os cérebros dos humanos, o sistema imunitário e causar problemas respiratórios avança o jornal.
“Os guardanapos (de papel) ficam vermelhos quando se limpa a pele e se segurar a laranja na mão esta fica vermelha”, afirmou um consumidor de nome Hu.
Um vendedor não identificado no mercado abastecedor de produtos agrícolas disse ao jornal que algumas laranjas eram tratadas com esta cera industrial tóxica para “que parecessem mais frescas e pudessem ser vendidas a um preço mais alto”.
As autoridades de Xangai ordenaram a todos os vendedores que retirassem dos pontos de venda todas as laranjas enquanto os testes decorrem.
Até ao momento ainda não foi apurado se as laranjas estavam a ser tratadas com a cera tóxica pelos vendedores ou pelos produtores na provincial de Jiangxi.
O Governo chinês está cada vez mais sobre pressão, tanto dos seus cidadãos como de países como os Estados Unidos da América para que melhorem os parâmetros de segurança alimentar e dos medicamentos.
Fica a questão para Macau. Será que nos nossos mercados também estão a vender deste tipo de laranjas?
Ler aqui no Channel News Asia.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Macau e a Noruega

DAQUI a pouco mais de quatro semanas estamos no final de 2010 e parece que ainda agora estávamos a celebrar o Ano Novo Chinês do Tigre. O ano passou rápido e pouco aconteceu que mereça destaque.

Voltámos a receber uma prenda do Governo: vimos os ordenados aumentados, mas também, em contrapartida, vimos o custo de vida aumentar num grau maior do que o do dinheiro que nos entra na conta bancária. O que significa que ficámos a perder nas contas finais. No entanto, cá vamos continuando a nossa vida, como se tudo estivesse bem e Macau fosse um mundo de rosas. Sê-lo-á, talvez; mas, tal como as rosas que, apesar de belas, têm os seus espinhos, também o território tem os seus.

Hoje, felizmente, parece haver dinheiro em abundância e, se tudo correr como até agora, assim irá continuar por muitos e bons anos. No entanto, não posso deixar de comparar Macau com a Noruega. Apesar de estarem nos antípodas do globo, este dois locais partilham de algo em comum, o «superavit» das contas públicas.

Confesso que pouco sei deste país nórdico e que não conheço nenhum norueguês; o que li, porém, numa das últimas edições da Reader Digest’s asiática, de que sou assinante há vários anos, deixou-me a pensar sobre o dinheiro de Macau.

A Noruega, até há bem poucos anos, era um país esquecido e pouco importante no que diz respeito à economia global. Ainda o é; mas esta crise mundial veio dar-lhe alguma visibilidade, devido à sua racional gestão dos dinheiros vindos da exploração do petróleo, que foi descoberto na década de setenta.

Macau não tem petróleo, mas tem jogo, o que vai dar mais ou menos ao mesmo, um fluxo constante e elevado de verbas a entrar nos cofres do Governo todos os meses.

Os Noruegueses decidiram, quando começaram a explorar a sua «mina», que o dinheiro proveniente do «ouro-negro» não seria utilizado para pagar contas do Governo. Nem uma única «coroa» seria usada para pagar contas correntes provenientes dos gastos do Estado e todas as verbas provenientes da exploração do petróleo seriam aplicadas em fundos de investimento e outras formas de o rentabilizar em segurança. O lucro aí gerado seria então utilizado para «gerir» o País. Uma solução que, em pouco mais de duas dezenas de anos, fez do País um dos mais ricos do mundo, com os melhores padrões de educação e de cuidados médicos Virtualmente, todos os cidadãos têm acesso gratuito aos melhores serviços médicos (de alta qualidade), o ensino é gratuito (até ao ultimo ano da universidade) e as reformas são das mais altas do mundo (que são pagas, mesmo que não se tenha trabalhado – no mínimo o equivalente a 300 mil patacas anuais). Há instalações culturais até na mais pequena aldeia e os cidadãos têm acesso à cultura por preços quase irrisórios.

Todas as comunidades têm, para os pais que trabalham, locais para deixarem os seus filhos a partir dos seis meses de idade. Locais de excelente qualidade e que prestam serviços em diversas línguas (as que forem necessárias para fazer face à diversidade da comunidade). E, ainda no referente à família, a licença de maternidade é de um ano e paga na totalidade, podendo ser dividida em duas partes iguais por ambos os progenitores.

Não é um sistema justo e há queixas. Mas as que existem não se devem à falta de qualidade do serviço que lhes é proporcionado, mas à falta de parcialidade. Há quem não concorde que toda a população receba por igual, visto que uns esforçam-se mais do que outros. Mas, como não há sistemas perfeitos, sempre será preferível ter um imperfeito que peque pelo excesso!

Não tenho conhecimento da forma como são aplicadas as verbas provenientes do Jogo em Macau, mas preocupa-me o facto de um dia o motor da economia local vir a encravar. Se tal acontecer, será que os lucros foram bem aplicados e dispomos de um fundo que nos permita desfrutar da mesma qualidade de vida que temos tido até agora?

Será que o Governo tenha aplicado bem as verbas e apenas use os juros que daí surgem para fazer face às despesas do dia-a-dia? Não me parece. Pelo que seria muito bom olharem para o caso da Noruega, para aprenderem com os bons exemplos a seguir, de modo a saber deles fazer uso na aplicação do dinheiro que é de Macau.

O CLARIM - Semanário Católico de Macau

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Wikileaks sob ataque

Ora aqui está a notícia que se esperava há muito tempo. Depois de meses a revelar documentos secretos de vários países, a Wikileaks está a ver o seu fundador atacado por outro ângulo. Como não os conseguem fazer parar de publicar assuntos incómodos, tentam descredibilizá-los.
O fundador da Wikileaks é acusado de violação, entre outros crimes, de duas jovens suecas.
O mandato de captura internacional já foi emitido pela INTERPOL… No entanto, levanta-se um problema, ninguém sabe onde anda Julian Assange. Aliás, o fundador da Wikileaks foi sempre um grande mistério para as autoridades internacionais porque sempre conseguiu andar sem ser notado.
A serem verdade as acusações que caem sobre este homem, tal deve ser julgado e condenado. No entanto, devem separar as águas entre a sua conduta privada e a sua prestação no desempenho da Wikileaks.
Sinceramente, considero que tudo não será mais do que uma forma de descredibilizar o incómodo website. Se não os conseguem parar atacam-lhes a credibilidade.

Ver a noticia na íntegra…

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Sabe onde fica a Quia e os Natap?

NO próximo ano fecha-se mais uma década em Macau no que diz respeito à contagem da população e, de acordo com directivas internacionais, deve-se proceder a mais um censo.

O processo está já em marcha há algum tempo e, pela primeira vez, a população de Macau irá ser contabilizada no grande número dos cidadãos da China.

Quem passou pelo Largo do Senado no início deste mês de Novembro teve, certamente, oportunidade de ver um grande aparato preparado pela Direcção dos Serviços de Estatísticas e Censos para promover a campanha que vai prolongar-se até 26 de Agosto de 2011.

Tudo isto é de louvar, visto que a participação de todos é essencial para um exacto apuramento do total de pessoas a viver em Macau.

A participação nos censos, com informação verídica e fidedigna, é um dever cívico de todos quantos vivem e trabalham em Macau. No entanto, antes de tudo, as autoridades envolvidas devem ter sempre presente que em Macau há duas línguas oficiais e que ambas devem ser tratadas em pé de igualdade. Numa primeira abordagem ao processo, tal não se verifica, porque são visíveis alguns erros e incongruências nos valores e dados apresentados na exposição do Largo do Senado. Assim como algum material de promoção só existe em chinês, como por exemplo os calendários alusivos à iniciativa.

O território de Macau está, desde há algumas décadas, dividido em paróquias, algo que herdou da tradição católica portuguesa, e que tem sido mantido ao longo dos tempos para todo o tipo de organização territorial. Sem que se saiba ter havido uma mudança de política neste campo, aparecem nas estatísticas publicadas nos painéis do Largo do Senado denominações algo caricatas, se não mesmo abusivas.

A saber: há em Macau cinco paróquias, distritos ou o quer que lhe chamem, mais a da Taipa e a de Coloane, perfazendo um total de sete zonas demográficas e bem delineadas: Santo António, São Lázaro, São Lourenço, Sé, Nossa Senhora de Fátima, na península, Nossa Senhora do Carmo, na ilha da Taipa, e São Francisco Xavier, na ilha de Coloane, estando ainda por denominar a da zona do COTAI. Isto é facilmente constatado consultando os censos de 2001 e os intercensos de 2006, anos em que estas zonas (como se pode ver nas fotos) aparecem com os dados respectivos. No entanto, nos dados publicados no Largo do Senado aparecem zonas como Ilha Verde, Natap (a saber, isto significa, de acordo com o chinês, os novos aterros da Areia Preta), Doca do Lamau ou Ferreira do Amaral (Quia), com o erro ortográfico e tudo! Aliás, o termo da Areia Preta aparecia já nas informações relativas ao Metro Ligeiro, mas pensava-se que não fosse ainda oficial, visto estar apenas relacionado com a zona mais recente e onde, de acordo com os dados conhecidos, irá desembocar a mega ponte Macau-Zhuhai-Hong Kong.

Estou ansioso por ver a publicação dos resultados oficiais dos censos de 2011, para ficar a saber se, como indica o que foi exposto, houve alguma mudança das denominações das zonas de Macau, sem que tal tenha sido publicado ou mesmo levado a consulta pública junto da população.

Sinceramente, espero que tudo não passe de um rasgo criativo dos responsáveis pelos dados estatísticos do território. Porque, se realmente alteraram as denominações, algo terá de ser explicado em praça pública, porque quem aqui vive merece ser informado das decisões tomadas nas camadas superiores do órgão que nos governa.

Não que seja de sobeja importância, mas se se pretende que os censos sejam acreditados internacionalmente, a sua elaboração deve ser feita de acordo com as directivas internacionais. E estas não se coadunam com mudanças na estrutura administrativa do território. Se se usam paróquias como sistema de divisão administrativa, como se pode passar para um outro sistema mantendo a coerência dos dados recolhidos?

Por exemplo, o NAPE, que aparece como zona na exposição no Largo do Senado, faz parte da Freguesia da Sé.

O CLARIM - Semanário Católico de Macau

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

A vender como comprei - Pouca vergonha!

Chegou-me pelo correio electrónico da mesma forma que a estou a divulgar. Sabendo, de antemão, que o Embaixador está em vias de ser substituído. Se já não o foi na última rotação diplomática.
Uma verdadeira pérola, esta série de duas fotografias. Que Vergonha!
O personagem que dorme profundamente, durante uma cerimónia oficial, é o excelentíssimo Embaixador Luis Barreira de Sousa, Embaixador de Portugal em Timor.
Quem aproveita a ocasião para tirar uma fotografia, é o Presidente da República de Timor, Ramos-Horta.

sábado, 20 de novembro de 2010

Gastronomia volta a ignorar o Português

capa_lrgPELA décima vez está a ser levado a efeito o maior certame «gastronómico» de Macau. Coloco entre aspas o termo gastronómico porque, em minha opinião, para merecer tal designação deveria melhorar em muitos aspectos. É mais um arraial de comida e tudo ao monte, em que pessoas se empurram enquanto tentam engolir o que carregam nuns pratos de papel à procura de mesa. E quando têm a sorte de encontrar mesa, o mais certo é que ela esteja imunda e, em simultâneo, ter como vizinho do lado um indivíduo que arrota como se estivesse num restaurante japonês, pertencente, por isso, ao grupo dos que acham que arrotar alto e bom som é uma forma de mostrar ao «chefe» que estão satisfeitos!

Chan Chak Mo, presidente da União das Associações dos Proprietários de Estabelecimentos de Restauração e Bebidas de Macau, voltou a apresentar, uma vez mais, o certame com pompa e circunstância. E, mais uma vez também, o evento esquece uma das línguas oficiais da RAEM.

Começa a ser tradição e já ninguém liga. Ora, como o certame conta com milhões atribuídos pelo Governo, considero que os seus promotores deviam usar as duas línguas oficiais. Para que se saiba, só desde 2007 e de uma instituição do Governo, receberam mais de dez milhões de patacas, sem incluir a verba que vão usar este ano. É muito dinheiro vindo do bolso do Executivo e, mesmo assim, «atrever-se» a ignorar uma das línguas oficiais.

Com o encerramento previsto para depois de amanhã (21 de Novembro), a iniciativa contou, de acordo com a organização, com mais de uma centena de quiosques.

Como é normal neste tipo de arraial, a afluência popular é grande, assim como a confusão junto dos representantes que fornecem os petiscos mais «badalados». Como já vem sendo habitual, entre as barracas mais concorridas contam-se as dos representantes da culinária da Formosa e de alguns restaurantes locais que diariamente, nos respectivos locais de origem, cobram preços proibitivos.

De acordo com o deputado/presidente da União, estiveram representados grande parte dos estabelecimentos de Macau, abrangendo a culinária chinesa, asiática, macaense e europeia. Depois de ouvir as suas declarações, aquando da apresentação oficial do certame, fiquei «satisfeito» que não tenha referido que também haveria comida portuguesa. É que usar o termo europeu soa mais «in» e poupa-nos a explicações esfarrapadas, porque o que ali é servido em nada dignifica a culinária portuguesa tradicional. Se consideram que dignifica os outros tipos de comida, deixo isso ao critério de cada um e de quem lá vai com o intuito de satisfazer a sua gula gastronómica.

Aquele deputado, já por várias vezes interpelado sobre a falta da língua oficial portuguesa no certame, sempre se esquivou e recusou responder. Não sei o que o move, para não contemplar que se faça uso das línguas oficiais da RAEM, nem compreendo como é que o Governo, que acaba por pagar todas as contas, não obriga a que tal se cumpra. Não será uma questão de casmurrice, mas sim de princípio. Se usam dinheiros públicos e o certame diz querer promover a imagem de Macau, deveriam começar pelo mais elementar.

Importa respeitar o artigo 9 da Lei Básica, o qual diz claramente que, além da língua chinesa, se pode também usar a língua portuguesa. Aliás, quem vem de fora para nos visitar, faz sempre questão de salientar que consideram bastante positivo, e diferenciador, o facto de em Macau existirem duas línguas oficiais tão distintas. O próprio facto de termos uma língua oficial ocidental e outra oriental é factor de diferenciação e, caso tal desapareça dos certames turísticos, Macau não passará de um subúrbio pobre de Zhuhai.

O presidente da referida União, – que mais não seja por ser deputado da Assembleia Legislativa, – deveria ser o primeiro a defender o uso das duas línguas.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Leituras de fim-de-semana

Chegados, mais uma vez, ao fim da semana, altura de vos deixar algumas sugestões para estes dois dias de altas velocidades pelas ruas de Macau.
Falando de rodas e aceleras, que tal as autoridades de Macau olharem para o exemplo de New York.
De acordo com uma notícia vinda a público nos últimos dias, um táxi futurista, com tecto transparente para se ver a paisagem, é um dos três finalistas da iniciativa do Município de Nova Iorque “Taxi of Tomorrow”.
O modelo (V1) do construtor Turco (Karsan Otomotiv) foi escolhido juntamente com um outro da Nissan e da Ford.
A iniciativa de procurar um taxi ecológico e eficiente partiu da comissão que tem como função regular os táxis da Big Apple. O vencedor da iniciativa, que tem de, entre outros parâmetros, ser ecológico, eficiente em níveis de consumo e ser acessível a cadeiras de rodas, irá assinar um contrato de fornecimento de veículos para os próximos dez anos.
Ora aqui está uma boa ideia para os pensadores de Macau que se “esforçam” por solucionar os problemas do trânsito e falta de táxis… Ver na íntegra aqui….
Mas se não estiver virado para os motores, que tal ajudar o Vladimir a encontrar um nome para o seu novo cachorro?
O Primeiro-ministro Russo recebeu um “puppy” de presente do seu homólogo búlgaro Quem estiver interessado por ir ao website http://www.premier.gov.ru/ e deixar a sua sugestão para o cachorro pastor búlgaro.
Mas não entrem em grandes euforias e extravagancias. É apenas para dar o nome. Não queiram fazer como o dono do “pony” de Muenster na Alemanha. O senhor, possivelmente “fan” dos Rolling Stones, queria fazer o seu animal único e preparava-se para tatuar a famosa imagem de marca dos Stones, a língua, no dorso do animal. Este já estava de pêlo rapado e pronto para ser “inked” quando um tribunal da terra ordenou que fosse proibido tal acto à luz da Lei que proíbe tatuar qualquer animal de sangue quente.
Para terminar.
Da próxima vez que lhes passar pela cabeça fugir do restaurante sem pagar a conta, pensem muito bem.
Em Londres um desempregado nunca deixou de se tratar bem nos melhores restaurantes da cidade. No entanto, à última da hora, arranjava sempre forma de desaparecer sem pagar a conta do repasto.
Foi finalmente detido e acusado de “eat and run”. A conta de uma (entre muitas durante mais de um mês) vinha com um recibo de 11 mil patacas!!!

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Cozinha da NaE volta a publicar

Para quem andado mais desatento… a Cozinha da NaE voltou, recentemente, a publicar mais algumas delícias.
Vão consultar e aproveitem para experimentar pratos mais inovadores e provar sabores menos usuais.
Se precisarem de conselhos e dicas, enviem comentários no blog que a NaE responde assim que tiver tempo.
Ah, se houver críticas, conselhos, sugestões ou mesmo pedidos, não se façam rogados!
Tenho o prazer de anunciar que a Cozinha da NaE foi contactada por um Chef brasileiro, que está neste momento a elaborar um livro (traduzido de espanhol para português), para esclarecer algumas dúvidas relativas a ingredientes da comida tailandesa.
As novas receitas:
Massa com carne de vaca em sopa de coco
Carne picada com erva-cidreira

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Waiting in CHCSJ

Waiting for my turn to be checked by the reumatology doctor...
Three patients in line...let's see how many hours... arrived at 9am...
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sexta-feira, 12 de novembro de 2010

FIMM merece mais promoção

É TRISTE saber que se gastam milhões em espectáculos musicais e artísticos e depois se descuida a sua promoção.

Há 24 anos que o Festival Internacional de Música de Macau (FIMM) se assume como o grande cartaz cultural (no campo musical) do território. Uma incitativa que tem tido todo o apoio do Executivo e que, de ano para ano, tem visto o seu programa melhorar substancialmente.

Ponto assente, desde sempre, é o carácter ecléctico dos estilos participantes, havendo representantes de um grande leque de vertentes musicais: música clássica, moderna e popular. De ano para ano, a organização tenta inovar e trazer novas apostas.

Aparte polémicas relacionadas com o facto do director artístico privilegiar artistas que são representados pelos seus amigos ou pela sua própria empresa, a verdade é que o Festival tem sempre uma oferta de nível internacional. Claro que há sempre lugar para melhorias. E hoje quero salientar pelo menos uma delas.

No tocante à promoção, muito ficou por fazer. Tomemos como exemplo o concerto do mais sonante grupo vindo de Portugal, os «Blasted Mechanism». Actuaram no dia 1 de Novembro, pelas 20 horas, junto dos Lagos Nan Vam, mas, mesmo entre a comunidade portuguesa, havia muita gente que nada sabia. No seio da comunidade chinesa local, muitos nem sequer sabiam do Festival em si, quanto mais do concerto da mais conceituada banda portuguesa da actualidade.

Quer se goste, quer não, do estilo musical, a verdade é que os «Blasted Mechanism» são, de momento, a banda portuguesa mais conhecida no estrangeiro. Aliás, julgo até que devem ser mais conhecidos no estrangeiro do que naquele rectângulo a que nos habituámos a chamar «ocidental praia lusitana». A sua legião de fãs a nível mundial é fácil de compreender, visto que na maioria das suas músicas impera a língua inglesa. Na Ásia, apesar de nunca aqui terem actuado anteriormente, têm um grande grupo de seguidores, especialmente em países onde o estilo musical que apresentam está mais enraizado, casos do Japão, Coreia do Sul, Singapura e Filipinas.

Foi aqui que falhou a promoção. O FIMM, apesar de ser um festival para Macau, merece ser internacional (como se apresenta no nome) e ser promovido «lá fora». Se a promoção deste tipo de grupos, que potencialmente terão mais seguidores no estrangeiro do que em Macau, fosse bem feita, o Festival, certamente, atrairia mais turistas estrangeiros a visitar Macau nesta ocasião.

Se o Grande Prémio de Macau, o grande cartaz do desporto motorizado do território, merece promoção na BBC e em outros canais internacionais, porque não o FIMM, destacando o que de melhor se apresenta no cartaz para esse ano?

Um programa que custa milhões, que nos traz a Opera Australia, que actuou no encerramento do Festival, ou a orquestra Gürzenich, de Colónia, e o virtuoso pianista chinês, Yundi Li, merece muito mais promoção, tanto dentro de portas, como no exterior, porque tem, de facto, capacidade de atrair amantes de música a deslocarem-se a Macau.

Havendo milhões para trazer todo o vasto leque de artistas e havendo quem sabe fazer boa promoção, não se compreende que este aspecto essencial da organização de um evento desta envergadura seja descurado.

Vamos esperar pelo próximo ano, para ver se melhora. Estaremos atentos, assim como toda a população da RAEM.

Ouvidos moucos

Hoje li um dos pseudo-intelectuais locais a insurgir-se contra a satisfação dos moradores de Macau relativamente à possível abertura das fronteiras terrestres com a China durante 24 horas. Afirmava que tal decisão iria meter em causa toda a economia local, visto que se teria acesso, a toda a hora, aos mesmos produtos a preços mais reduzidos! Já não temos com a mesma aberta das 7 à meia noite?

Não digo que tal não possa acontecer. Nessa situação, claro, seria o mercado a funcionar, com os clientes a procurarem aquilo que mais lhes convém. Aos comerciantes resta-lhes tornarem-se competitivos e encontrar formas de “lutar” contra os concorrentes do outro lado da fronteira.

No entanto, o problema que leva tal pensador pouco em sintonia com a realidade local de 2010, parece nem se levantar.

O que se fala, há já muitos anos, acerca da abertura das fronteiras (das Portas do Cerco entenda-se) não deverá passar do papel para já. O que se fala em Pequim, e estará prestes a ser anunciado como prenda de novo ano, é sim a abertura da fronteira de Flor de Lotus que liga à Ilha da Montanha. Aliás, parece mesmo que os condutores de Macau vão passar a ser autorizados a conduzir na Ilha da Montanha, passando a Ponte Flor de Lotus com os carros de Macau e sem terem de recorrer a matrícula ou carta de condução chinesa. Alias, como confessam alguns, é apenas um voltar às origens visto que Hengqin era parte dos domínios de Macau há muitos anos.

A separação seria feita na ponte que liga à Lapa.

Sinceramente há pessoas que mais valia estar caladas em vez de andarem a “xxxxx” postas de pescada.

Janis Joplin - Try (just a little bit harder)

This weekend will leave music... instead of readings...
Enjoy this voice...
Unforgetable

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

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Patinar no mesmo sítio

UMA selecção de Macau participou, mais uma vez, num campeonato do mundo e voltou a elevar bem alto o nome desta terra. No entanto, apesar de ser das poucas representantes do território que, invariavelmente, lhe traz medalhas e prestígio desportivamente «lá fora», é das que menos apoio oficial recebe. Falo, como já devem ter percebido, da selecção de hóquei patinado de Macau, que é comandada por Alberto Lisboa e que acabou de participar no Campeonato do Mundo B, tendo ficado em quinto lugar.
Dá pena ouvir os jogadores e seleccionador falarem apaixonadamente da modalidade e do empenho que mostram para honrar a camisola que vestem por esses países fora. Faz-nos sentir mal, porque se sabe que dentro de portas, a nível oficial, ninguém lhes dá o valor devido. Não se percebe, sendo esta selecção a única (se não a única, poucas mais haverá) a trazer medalhas mundiais e regionais para o território. Macau ficou em quarto lugar a nível mundial B, por duas vezes, em 2004 e 2006, tendo marcado presença, pela primeira vez, no Campeonato Mundial A (onde figuram todas as potências mundiais do hóquei patinado, como Portugal, Espanha e Itália), em 2005, na cidade de São José da Califórnia (Estados Unidos da América).
Ganharam o campeonato asiático em 1987, 91, 97, 2004, 2005, 2007 e este ano (2010), em Dalian. Nos anos em que não trouxeram a medalha de ouro asiática trouxeram a de prata.
Contam-se pelos dedos de uma das mãos o número de campeões que Macau pode apresentar com um palmarés como o da equipa de hóquei em patins, pelo que esta modalidade é, sem qualquer sombra de dúvida, a que maior prestígio nos traz.
Ano após ano, participam no Campeonato Mundial B, ficando sempre nos lugares cimeiros. A nível asiático são a potência da modalidade, sem terem concorrentes à altura.
Incompreensivelmente os responsáveis desportivos continuam a ignorá-los e a dar-lhes pouco apoio. Ainda antes deste mundial, que agora terminou na Áustria, poucos treinos puderam fazer, porque em Macau não têm um espaço onde possam treinar condignamente.
Não gosto de fazer comparações, mas neste caso tem mesmo de ser. Vejamos a selecção de futebol sub-21, patrocinada pelas autoridades governamentais, onde se injectam em todas as vertentes milhares de patacas anualmente e nem no campeonato local conseguem resultados positivos. Basta olhar para a tabela da competição em que participam para ver do que falo. Não se trata de má vontade ou de má-língua; são apenas factos. A selecção de futebol conta com todo o apoio, tendo mesmo em alguns períodos tido treinadores «importados», mas os resultados em nada elevam a imagem da RAEM. Ora, a selecção de hóquei em patins participa em competições internacionais de alto nível, traz títulos e coloca a bandeira do território bem alto, e nada mais recebe do que algum apoio logístico institucional.
Faltam-lhes condições de treino, locais onde possam praticar e estagiar antes das grandes competições, assim como lhes falta apoio no que diz respeito a tudo o que envolve a prática do desporto.
É altura dos responsáveis do desporto local, e também as empresas privadas, porque a elas também lhes cabe uma quota-parte da promoção da educação dos jovens locais, olharem para esta modalidade com olhos interessados e darem-lhes as condições que reclamam desde sempre. Não pedem tratamento preferencial; querem apenas ter um local onde patinar, sem estar dependentes de outras modalidades e terem todo o apoio que atletas de alta competição merecem ter.
Macau precisa de manter o seu hóquei patinado. Apesar de não perceber muito de desporto, penso que incluí-lo como modalidade escolar no território seria um importantíssimo passo para assegurar novos jogadores no futuro. Assegurava-se o futuro da modalidade e o próprio campeonato interno, caso se promovesse o hóquei como desporto, pelo menos nas escolas públicas da RAEM.
Sendo Macau um local de pequenas dimensões, penso que faria mais sentido apostar neste desporto, que precisa de menos praticantes, do que optar por modalidades que precisam de um grande número de atletas e de grandes espaços livres.

A ler num dia de chuva

Não queria deixar passar esta sexta-feira sem deixar algumas sugestões de leitura de fim-de-semana.
Com um tempo pouco convidativo para actividades ao ar livre, apesar de eu estar com uma pescaria combinada para amanhã, aproveito para sugerir que leiam e se informem acerca da última vinda de Tóquio. A Pizza Domino's (a rival da Pizza Hut que ainda não chegou a Macau) está a oferecer um salário de 248 mil lecas por hora (sim, é isso mesmo, 31000 dólares do tio Sam) a quem se candidatar a um emprego para os seus restaurantes. A vaga é apenas uma e não se especifica os termos exactos do contrato. No entanto, vale a pena tentar. Para tal basta candidatar-se na página da empresa no Japão. Claro, isto não será mais do que uma campanha publicitária. Afinal ficará mais barato do que pagar uma campanha a sério!
Leiam em inglês o restante artigo.
Ainda do Japão, a empresa dona da popular Hello Kitty está de armas prontas para a Guerra dos Direitos de Autor. Insurgiram-se contra uma ordem do tribunal de Amesterdão, que tinha dito que a imagem da coelhinha Cathy (ao que parece um amiga inseparável de Hello Kitty – as coisas que se aprendem!) era demasiado parecida com a do, também coelho, Miffy, do imaginário popular holandês! A SanRio, empresa proprietária dos direitos da Cathy, não aceita tal veredicto! A acompanhar com atenção esta guerra fofa
Agora duas notícias que, a chegarem a Macau, vão deixar muitas pessoas de sobrancelha franzida.
Imaginem que alguma alma esperta do executivo, nesta cruzada sem piedade contra os fumadores, se lembra de importar esta ideia para a terrinha!
Em Inglaterra, os funcionários judiciais que queiram fazer uma pausa para o cigarro, vão ter de começar a compensá-la. A ordem foi aprovada recentemente e está já em vigor! Pica para começar a fumar, pica para voltar a trabalhar… todos os segundos contam!
Vou esperar para ver
E, a fechar, acabaram-se os brindes para as crianças no McDonalds! São Francisco, nos Estados Unidos, foi a primeira cidade a decidir proibir a empresa de hambúrgueres de entregar brinquedos juntamente com as refeições direccionadas ao público mais jovem. A medida vai começar a ser aplicada a 1 de Dezembro de 2011. Isto não abrange somente a McDonalds claro! A medida aplica-se a todos os locais onde, juntamente com refeições pouco saudáveis para crianças, sejam oferecidos brindes como forma de os cativar.
Ah pois… acabaram-se as colecções nos tabliers dos carros em Macau!
Leia aqui

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Hu Jintao lidera Forbes

Para surpresa de muitos, ou talvez não, a pessoa mais influente do mundo é, pela primeira vez, Chinesa.
O Papa aparece em quinto lugar desta lista e o primeiro Europeu, a Chanceler da Alemanha, em sexto lugar. Li Ka-shing ocupa o 36° lugar da lista de notáveis, enquanto que o mais novo da lista, o fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, aparece a fechar o top40.

Vejam o artigo completo em inglês no Yahoo News
Ou a lista completa a Forbes.

Um dia de chuva triste em Macau

Como é do conhecimento de todos, e para tristeza minha e de todos quantos conhecem (e mesmo quem não conhece) a família Couto e a família Saraiva, o menino Afonso sucumbiu na luta contra a doença que o afectava. Um exemplo de perseverança e de força de viver que nos deixou, tanto ele como todos quantos se esforçaram para o ver melhorar e nunca desistiram. Lutou até ao último minuto, até ao último suspiro do seu pequeno corpo mas grande em dignidade.
A cadeia de solidariedade que se gerou depois que lhe foi diagnostica a leucemia veio alertar para os perigos desta doença e para a necessidade, urgente, de haver um banco de dadores a nível mundial que inclua, universalmente, todos os países e territórios
Em Macau, até surgir este problema, tal nunca tinha sido levantado! Não que não tivessem havido outros casos de leucemia antes do Afonso, mas sim porque a consciência colectiva não estava alerta para este problema. O Afonso, a sua luta e o seu sacrifício, deixam um legado que será difícil de esquecer em todo o mundo.
Eu, sinceramente, agora espero que quem se chegou à frente, nomeadamente instituições quer aproveitaram a necessidade de promover a causa para se darem mais a conhecer, que não se esqueçam que existem outros “Afonsos” que lutam diariamente, mesmo em Macau.
Espero que esta onda de solidariedade continue, especialmente para aqueles que não tiveram a sorte de nascer num berço com tanta visibilidade mas que merecem também o esforço de todos nós. Por mim, aqui estou para o que for preciso.
Quanto às famílias Couto e Saraiva, o meu chapéu retiro, numa solene vénia de respeito pela coragem e determinação que mostraram. O esforço e dedicação de André e Graça perante a doença do seu filho merece não ser deixado ao esquecimento e deve ser continuado para que outras crianças possam beneficiar dele.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Blasted Mechanism in Macau

Blasted Mechanism in Macau, 1st of November 2010. At the Nan Vam Lakes…

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Battle of tribes, live in Macau 2010

 

Karkov (Nadabrovitchka), live in Macau 2010

 

Sun goes down live in Macau 2010

PubEd

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

As piores companhias aéreas

Ora aqui está um estudo com essência.
Vindo das Américas, deveria ser aplicado e obrigatória a sua realização a nível mundial ou, no mínimo, em Macau!
Avaliação das companhias aéreas no que diz respeito à cortesia dos funcionários.
Ao preço dos bilhetes de avião, as hospedeiras e hospedeiros deveriam ser obrigados a ser bem mais simpáticos e a tratar melhor os passageiros…
Os resultados são americanos… Imagino se fazem um estudo destes em Macau ou na China!!!
Existe um rating (Airline Quality Rating - AQR) que classifica as mesmas.
A que ganhou o galardão mais elevado, com a pontuação mais negative, foi a US Airways que em 2009 teve um AQR de -1.19. Apesar de, de acordo com as autoridades aeronáuticas americanas terem melhorado 5% no grau de satisfação do cliente, é considerada como uma das três piores no tocante à cortesia dos funcionários (!) e pior comida a bordo. Imagino se não tivessem melhorado 5%!!!
Depois são seguidos pela American Airlines com um AQR de -1.25, ganhando esta empresa o galardão da que perde mais bagagem! Depois segue-se a Alaska Airlines com um score AQR de -1.39.

Vejam o artigo original em Inglês

Vamos ver se Macau decide fazer o mesmo rating!!!

tipicamente portugues

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Festas com dinheiros públicos

SERÁ que nunca ninguém se interrogou sobre o que fazem as associações de Macau com o dinheiro que o Governo lhes dá todos os anos?
Tenho de confessar que me faz grande confusão que associações sem fins lucrativos organizem jantares e galas para angariação de fundos, quando recebem do Executivo subsídios anualmente. Tais jantares custam, a quem neles participa, centenas de patacas, chegando algumas vezes a atingir um milhar por cabeça.
Penso que as verbas do Governo são, por vezes, distribuídas de forma pouco correcta e que algumas associações acabem por receber menos do que aquilo que precisam, mas, assim sendo, qual a necessidade de organizarem jantares? Porque não pedem mais subsídios à Administração? Estou em crer que, se apresentarem um bom projecto, os vários departamentos governamentais não irão rejeitar conceder mais alguns milhares de patacas. E caso isso não resulte, poderiam fazer peditórios de rua como acontece com muitas outras organizações. Jantares são caros e custam muito dinheiro para servirem como forma de angariação de fundos.
Como cidadão de Macau sinto-me algo desiludido com o facto de haver tantas associações em Macau e que muitas delas só apareçam para organizar os ditos eventos de recolha de fundos ou em tempo de campanhas eleitorais.
Não estou contra a organização deste tipo de jantares, nem de eventos semelhantes. Simplesmente, defendo que, se os querem organizar, o façam sem ter em mente um valor por cabeça. Se é de angariação de fundos, deixem ao critério de cada participante a verba que querem atribuir. Ao colocarem uma etiqueta quanto ao preço na participação, mais parece estarem a vender um produto e não a pedir a ajuda desprendida da população. Pessoalmente, não participo; prefiro fazer donativos directamente à causa em questão, do que dar dinheiro para o hotel ou grupo que organiza a festa. Afinal, trata-se de ajudar quem precisa, e quem nesta situação se encontra não deve ter muitas razões para fazer festas.
Alguém se terá lembrado já de ir ver quanto gasta o Governo anualmente em subsídios e apoios a instituições privadas e semi-privadas? Sendo obrigatório a publicação de todas as contas dos organismos públicos em Boletim Oficial, esses dados ali aparecem. Numa pesquisa do ano passado, referente apenas aos três primeiros trimestres do ano, duas das maiores fontes dessas verbas, a Fundação Macau e o Instituto de Acção Social (IAS), despenderam mais de 770 milhões de patacas!
Não me dei ao trabalho de examinar as verbas totais de todos os outros departamentos que atribuíram subsídios ou apoios, visto serem dezenas deles e milhares os recipientes. Mas, com base nos números que pude ver, será fácil perceber que a verba disponível para os apoios é mais que suficiente para tudo e mais alguma coisa.
Penso que a atribuição dessas verbas não seja a mais razoável, pois nos dois maiores «fornecedores» que observei mais aprofundadamente deparei com algumas injustiças. Não irei referir nomes, para não ferir susceptibilidades, mas é difícil perceber como é que um organismo que luta diariamente para recuperar pessoas para a sociedade receba apenas umas centenas de milhares, enquanto uma associação privada que se dedica à cultura seja subsidiada em mais de seis milhões em apenas nove meses!
Isto para não falar em associações bem mais conhecidas que recebem o grosso do bolo. Por exemplo, algumas ligadas aos operários ou aos moradores recebem aos milhões anualmente para cobrir despesas de funcionamento e para organização de eventos.
Não haverá, certamente, um sistema de distribuição de apoios infalível; mas julgo que o esbanjamento de verbas que se vê em Macau não é saudável para os cofres da RAEM. Uma forma mais ponderada terá de ser encontrada para que os dinheiros cheguem a quem realmente precisa.
Como referia no início, verbas do Governo não devem ser utilizadas para organizar festas ou actividades do género. Tal deve ser auto-financiado pelas próprias associações ou por fundos privados. Será difícil explicar, a quem sobrevive com uma pensão do IAS, que o mesmo instituto atribua centenas de milhares de patacas a uma instituição, para que esta possa pagar os custos de organização de um jantar de angariação de fundos!
Algo vai muito errado nesta sociedade.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Corninhos valem 3 milhões

A Electricidade de Portugal paga três milhões por aulas do ex-ministro Manuel Pinho em Nova Iorque!
A notícia foi divulgada, em português, no dia 15 Agosto por Ramiro Marques no blog
http://www.profblog.org/2010/08/edp-paga-3-milhoes-por-aulas-do-ex.html

Lembram-se do ministro que se demitiu por fazer corninhos no Parlamento? Um tal Manuel Pinho, alto quadro do BES?
Pois bem, Manuel Pinho vai dar aulas sobre energias renováveis, na Universidade de Columbia, por quatro anos e quem paga não são os americanos, somos nós, os parolos, que estamos presos ao monopólio da eléctrica portuguesa. O website da Columbia University está linkado a outro que refere que as aulas de Manuel Pinho são pagas pela EDP e custam apenas três milhões de euros. A EDP não comenta nem revela o montante.

Por um preço tão elevado, acredito que Manuel Pinho saberá muito de energias renováveis, apesar de ser licenciado e doutorado em... Economia.


A transcrição do website da Universidade de Columbia:

Global Leader in Renewable Energy Will Teach at SIPAIn the fall semester of 2010, Manuel Pinho, former Portuguese minister of the economy and innovation, will serve as visiting professor at Columbia’s School of International and Public Affairs (SIPA). In this role, Pinho will help oversee lectures and other new programming to advance education about non-traditional sources of energy. Read more about Pinho and Portugal’s global leadership on energy in the New York Times, which notes that Pinho “largely masterminded the transition” Portugal has made to renewable energy.SIPA is developing the programming, to launch this fall and to be announced soon, with the support of a gift from Energias de Portugal, S.A. (EDP), one of Europe’s largest energy operators and one of the world’s largest producers of wind energy.
Pinho, a former director of the European Investment Bank and economist at the International Monetary Fund, also will work with SIPA to oversee the development of new coursework, fieldwork, and research through its Energy and Environment concentration. The concentration provides students with the knowledge base and analytical tools needed to address the challenge of sustainably and responsibly powering the developed and developing nations of the world.
Beginning in 2011, SIPA will host each fall semester nearly two dozen students from Portugal’s Instituto Universitário de Lisboa’s Business School (ISCTE), who will enroll in energy-related courses at SIPA.More in
http://www.sipa.columbia.edu/news_events/announcements/ManuelPinho08092010.html

Tenho vontade de rir...

A PSP diz hoje, em declarações ao Ponto Final, que quando os agentes vêm condutores a desrespeitarem a paragem obrigatória nas passadeiras, “claro que passam multas”.
Será que quando são eles próprios, de moto, carro ou de outro qualquer meio de transporte, param, saem e passam uma multa a eles mesmos?
Não nos atirem olhos para a cara.
Mostrem as estatísticas das multas e, de uma vez por todas, comecem a dar o exemplo quando estão de serviço.
A imagem exemplifica uma dessas faltas de exemplo!

(cortesia de F.E.)

terça-feira, 26 de outubro de 2010

A pequenez de algumas pessoas

Continua-me a fazer diferença o facto de certas pessoas da nossa praça terem duas caras.
Recentemente tomei conhecimento que um amigo de longa data, colega de bancos de escola em Portugal, visitou Macau em trabalho e perguntou a uma pessoa ligada à imprensa local se saberia onde me encontrar. A pessoa em questão sabe perfeitamente onde me encontro e tem o meu contacto, mas despachou a pessoa dizendo apenas onde eu estaria e mostrando estar pouco interessado em continuar a conversa.
Apesar de eu ter muito que lhe apontar, assim como muitas outras pessoas em Macau, nunca lhe guardei qualquer rancor porque cada um é como é. No entanto, é triste que esse tipo de pessoa não tenha verticalidade alguma e metam questões pessoais à frente de comportamentos que deveriam de ser de pessoas civilizadas.
Pessoalmente, nunca, em situação alguma, deixei de informar acerca de quem quer que fosse, goste ou não dessa pessoa, sempre que tal me fora solicitado por alguém vindo de fora.
A verdade é que esse amigo de escola, que naturalmente acabei por reencontrar mais tarde, esteve em Macau em serviço em 2007 com o canal SIC de Portugal a acompanhar a visita de Sócrates e perguntou a uma pessoa, que sabia conhecer-me, por mim e recebeu como resposta apenas que eu estaria a trabalhar no local onde ainda me encontro (por muito que lhe custe, visto que desde o início tudo fez para que eu não ficasse em Macau, apesar de tentar passar mensagem do oposto).
Deixa-me triste que os alguns portugueses só se sintam felizes quando vêem o seu semelhante denegrido e abaixo deles. Felizmente, ainda são mais os que se ajudam entre si e se respeitam…
Mas, no meio disto tudo, é que desde o incidente (que só recentemente tive conhecimento) já várias vezes estive com a pessoa em questão e nunca nada me referiu…
Existem mesmo pessoas que não merecem a consideração que se tem por elas…

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

ESCÂNDALO em Fátima

Que raio de igreja é esta que temos que nem aquilo que apregoa pratica em casa? Onde está o respeito pelos outros?
Esta mensagem chegou-me via email.
Publico-a tal como chegou, apenas retirando o nome do seu autor.


O ESCÂNDALO do Santuário de Fátima em relação ao abate de animais é conhecido de muitos, mas ninguém ainda conseguiu parar esta crueldade.
As ordens partem da Reitoria do Santuário, para que todos os cães que aparecem por Fátima, quer sejam adultos ou cachorros, quer tenham donos ou não, são capturados pelos seguranças e colocados na caixa que apresentamos em foto.

Esta caixa está mesmo nas traseiras do santuário, no local das oficinas. Ali ficam os cães durante algumas semanas, ao frio e à chuva de Inverno, à chapa do sol, no Verão. Sem direito a comida ou água, num espaço mínimo onde a maioria nem se consegue colocar de pé...
Existem alguns seguranças que não levam os cães capturados para este local, conseguem levar alguns para casa e adoptam-nos ou arranjam donos entre os seus vizinhos ou colegas de trabalho. Boa gente esta que sofre em ver os animais assim tratados, mas que se sente impotente com a ameaça de perderem os seus empregos.


Mas existem também dois seguranças, que violentam cruelmente os cães, com foices de podar oliveiras, dando com elas nas pernas dos cães que ficam em carne viva, a sangrar e com grandes cortes extremamente dolorosos e muitas vezes as pernas partidas. Esses cães são posteriormente levados, para esta caixa, permanecendo até que a carrinha da Câmara de Ourém tenha tempo para os vir buscar. Lá, são colocados, já muito debilitados, para abate, e são-no todos num prazo de poucos dias.
Quem nos informou, disse-nos também, que os cães que lá estão, vivem os poucos dias que lhes resta em condições extremamente miseráveis.
A Câmara Municipal de Ourém tem prometida (há demasiado tempo) a construção de um canil para recolher animais abandonados e o não abate de animais, mas como não existe interesse da Câmara nem pressão suficiente pela parte de quem abomina esta situação, para a construção do dito canil de protecção de animais perto de Fátima, vai adiando e esquecendo esta promessa e vai gastando a verba que já tinha disponível para esta construção em outras obras que lhes dão mais votos aquando das autárquicas.
A FAA soube também que existe um engenheiro que reporta directamente à reitoria do santuário, que deixa veneno (de acção ultra rápida) para matar alguns cães mais difíceis de apanhar... Não conseguimos ter acesso ao seu nome, mas sabemos que existe apenas um engenheiro com funções ligadas à área verde que circunda o santuário.
Mais grave a situação se torna de algum tempo para cá, que os cães depois de serem colocados na caixa, desaparecem antes que a carrinha da Câmara os venha buscar, ou tenha conhecimento que eles lá estão. Pensamos que são abatidos por alguns trabalhadores do santuário, porque os cães ladram á noite e podem incomodar os turistas, ou podem levantar suspeitas de maus tratos contra os animais perpetados num local "sagrado".
Não sabemos quantos animais foram mortos com a chegada do 13 de Maio e com a vinda do actual representante da Igreja Católica a Fátima, mas acreditamos que quem lá for, não vê nenhum cão, porque as ruas foram limpas, tal como é sempre feito com uma regularidade impressionante.
Esta é uma situação abominável, pela parte de quem se diz representante de Deus, não é compreensível tamanha crueldade num espaço que querem fazer sagrado e que eles próprios profanam e o sujam de morte e sangue.
Deixamos aqui o contacto do Santuário, para quem quiser mostrar a sua indignação perante esta monstruosa atitude.
Peçam para encaminhar a vossa chamada para a reitoria:
+351 249 539 600

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Onde pára a Polícia?

POR muito que as forças policiais venham a público dizer que a situação da segurança no território tem vindo a melhorar, a verdade é que, para quem sente a falta dela no dia-a-dia, a realidade é outra.
Quem discorda dos números oficiais interroga-se: de que vale a situação melhorar no cômputo geral, se à minha porta as coisas ficam pior a cada dia que passa?
Não ponho em questão que, na globalidade, a ocorrência de crimes tenha mesmo registado um decréscimo; no entanto, para quem vive em certas zonas da cidade que tradicionalmente não eram de risco, a situação tem vindo a agravar-se, sem que nada seja feito para a inverter.
Onde vivo e circulo assiduamente (imaginem um perímetro em redor da Fortaleza do Monte, englobando o Largo do Senado) as ocorrências têm sido cada vez mais frequentes. Se é fácil perceber que na área entre o Largo do Senado e as Ruínas de São Paulo possa registar-se um aumento, devido ao grande número de turistas e à aglomeração de pessoas, o que facilita a actuação de carteiristas e outro tipo de criminosos, o mesmo já não se percebe que se venham a registar crimes por esticão e mesmo ofensas corporais graves em locais onde raramente se aglomeram pessoas.
Só nos últimos dias, na escadaria junto da Fortaleza do Monte, na Calçada das Verdades, foram detectados dois crimes, um por esticão a uma estudante do colégio das imediações, em plena luz do dia, e outro a uma residente de um dos prédios na dita calçada, quando esta regressava a casa por volta das duas da manhã, depois de ter terminado o seu trabalho num dos casinos. Em ambos os casos não se registou a presença policial para resolver o problema. Estes são casos de que tenho conhecimento e que são recentes. Creio, porém, não serem os únicos.
De nada vale as pessoas gritarem por ajuda, já que a polícia nunca se vê por ali. Toda aquela zona não é policiada, nem sequer tem sistema de vigilância vídeo. Que eu saiba, apenas existem caixas de registo de passagem dos agentes policiais no final do Caminho dos Artilheiros, a meio da Calçada do Monte, e uma outra junto da Travessa do Penedo. A verdade, porém, é que a existência destas caixas onde os agentes de autoridade têm de ir assinar o livro de presença ou inserir o cartão electrónico, de pouco vale, porque muitas das vezes se dirigem de carro ou motorizada, deixando o local logo após terem registado a sua passagem. Este tipo de vigilância não serve, de forma alguma, para diminuir a incidência deste tipo de criminalidade, nem tão pouco para dar segurança à população que diariamente ali tem de passar.
Ainda não há muito tempo, um criminoso foi detido, depois de ter furtado um saco a uma rapariga na mesma zona. O indivíduo foi interceptado, não pela polícia, mas sim por um residente português, que acudiu aos gritos de ajuda da vítima e que acabou, depois de uma perseguição quase até à Rua de São Domingos, por atirar ao chão o criminoso, fazendo com que devolvesse os bens furtados.
Embora seja de louvar a intervenção da pessoa, não é este tipo de justiça que se quer para Macau. O território costumava ser um local seguro e isso mesmo era motivo de orgulho para quem aqui vive. Ora, se as autoridades não fizerem o seu trabalho de casa, suspeito que não teremos muitos motivos para nos voltarmos a orgulhar de andar na rua, a qualquer hora e em qualquer local que seja, sem termos de nos preocupar se iremos ser assaltados ou importunados pela pessoa que segue atrás de nós.
A indiferença dos novos agentes é alarmante. Já por diversas vezes chamei à atenção para alguns que encontro na rua, alertando para situações irregulares que eles têm obrigação de tomar em conta e fazem como se nada fosse, continuando o seu caminho e dizendo que não é da sua competência.
Admito que a Polícia não tenha efectivos suficientes para colocar um agente em cada esquina, mas pode muito bem fazer circular a pé aqueles que tem ao seu serviço, em vez de andarem de carro ou motorizada. Patrulhas a pé são mais efectivas e levam as pessoas sentirem-se mais seguras. E nessas patrulhas, que devem cobrir todo o território ou pelo menos os locais que são consideradas mais isolados, especialmente à noite, e sem esquecer também o período diurno, os agentes devem, tanto quanto possível, entrar em conversa com os residentes.
Importa ter em conta o policiamento de proximidade, aproveitando para perguntar se algo de errado se tem passado, para se aperceberem das ansiedades de quem vive na zona e saber que aspectos devem ser mais vigiados. Este tipo de policiamento é bastante efectivo e serve, sem dúvida alguma, para dissuadir os malfeitores de actuarem nessa área.
Será pedir muito ver os nossos polícias na rua e a falar com os moradores das zonas que patrulham? E quando digo falar, refiro-me a comunicarem, não a dar ordens como costumam fazer com toda a arrogância que a farda parece dar a muitos deles. Os agentes da polícia devem ser, antes de autoridade, fonte geradora de segurança e de bem-estar na sociedade.
Felizmente, alguns ainda o são.

viva as motas

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quarta-feira, 20 de outubro de 2010

SS, portugues?

Parece que os SS se esquecem que estao em Macau... depois queixam-se de perseguicao de alguns jornais. Nao e perseguicao, trata-se apenas de exigir o que esta estipulado...
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SS pela hora da morte

Por muito que se diga e se escreva, os Serviços de Saúde parecem fazer ouvidos moucos às críticas da população Acabado de vir do Centro de Saúde de São Lourenço, onde me disseram que o medico me atenderia, se calhar, depois das três da tarde (tendo eu dado entrada antes do meio-dia), deparei novamente com um total desleixo com as informações na segunda lingual oficial, o português. Quanto a “staff” a falar português, por muito que tenha perguntado, nem vê-lo!

Claro que virei costas e decidi ir à privada porque se tivesse de esperar até que o médico me visse, a minha situação iria piorar.

Estamos entregues aos bichos?

Percebo que demore tempo quando há muitas pessoas à espera. No entanto, este não foi o caso porque estariam no interior do Centro de Saúde menos de cinco pacientes…

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SS pela hora da morte

Por muito que se diga e se escreva, os Serviços de Saúde parecem fazer ouvidos moucos às críticas da população Acabado de vir do Centro de Saúde de São Lourenço, onde me disseram que o medico me atenderia, se calhar, depois das três da tarde (tendo eu dado entrada antes do meio-dia), deparei novamente com um total desleixo com as informações na segunda lingual oficial, o português. Quanto a “staff” a falar português, por muito que tenha perguntado, nem vê-lo!

Claro que virei costas e decidi ir à privada porque se tivesse de esperar até que o médico me visse, a minha situação iria piorar.

Estamos entregues aos bichos?

Percebo que demore tempo quando há muitas pessoas à espera. No entanto, este não foi o caso porque estariam no interior do Centro de Saúde menos de cinco pacientes…

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SS pela hora da morte

Por muito que se diga e se escreva, os Serviços de Saúde parecem fazer ouvidos moucos às críticas da população Acabado de vir do Centro de Saúde de São Lourenço, onde me disseram que o medico me atenderia, se calhar, depois das três da tarde (tendo eu dado entrada antes do meio-dia), deparei novamente com um total desleixo com as informações na segunda lingual oficial, o português. Quanto a “staff” a falar português, por muito que tenha perguntado, nem vê-lo!

Claro que virei costas e decidi ir à privada porque se tivesse de esperar até que o médico me visse, a minha situação iria piorar.

Estamos entregues aos bichos?

Percebo que demore tempo quando há muitas pessoas à espera. No entanto, este não foi o caso porque estariam no interior do Centro de Saúde menos de cinco pacientes…

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terça-feira, 19 de outubro de 2010

E continuamos a gozar com os vizinhos policias

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Bailarina to go...

Acabou-se o pesadelo das mulheres que gostam de saltos altos. Depois de uma noite a dançar em cima de sapatos que desafiam a gravidade, as mulheres na Alemanha podem optar por comprar um par de bailarinas descartáveis para usar a caminho de casa. O par custa 10 Euros e vem com um saco para colocar os saltos altos!
A ideia, de uma mulher claro (!), surgiu depois de muitas noites de farra e de pés doridos de horas longas a dançar de saltos altos.
Algo que em Macau também deveria ter sucesso. A ter em consideração pelos empresários da noite!
Não é preciso entender alemão para perceber a ideia!

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Cartões com taxas ilegais e nada se faz

COMO sou pouco adepto de andar com dinheiro na carteira, dependo muito do uso dos cartões de crédito e de débito, além de outro tipo de cartões de pagamento existentes em Macau, desde o «Macau Pass» a outros mais especializados. Ao contrário da Europa, onde existe há dezenas de anos a possibilidade de fazer pagamentos com cartões de débito, essa «modernidade» só agora começa a estar disponível em Macau. Se não estou em erro, apenas o cartão do Banco da China possibilita que se façam pagamentos sem se usar o crédito, fazendo um débito directo na conta à ordem. Ou seja, o mesmo que ir à Caixa de Multibanco e retirar o dinheiro necessário; só que aqui fazemos o pagamento na caixa da loja, introduzindo o código de segurança no terminal do cartão.
Além de não ser prudente andar com elevada importância na carteira, porque se a perdermos ficamos sem o dinheiro nela contido, também não existe o problema da falta de trocos. Ora, o facto de não haver em Macau uma rede global de pagamento com cartão de débito, faz com que toda a pessoa que não opte por trazer dinheiro consigo tenha de andar numa constante correria para a caixa automática.
Além deste contratempo, há ainda outro bem mais problemático, dado que implica uma violação da lei. Quantos de nós não nos deparámos já com a exigência do pagamento de uma taxa, quando usamos o cartão de crédito para fazer um pagamento? Muitos estabelecimentos, nomeadamente de material electrónico, exigem uma taxa que pode ir dos 2 aos 5 por cento sobre o valor da compra, para aceitarem um pagamento com cartão de crédito. Dizem que é uma taxa que o banco lhes cobra. Tal não é verdade e os bancos são os primeiros a desmenti-lo. O único pagamento que o banco exige é mensal e prende-se com a taxa de utilização do terminal na loja, algo que não deve ser imputado ao cliente, porque o mesmo paga uma anuidade ao banco pelo uso do cartão. Além do desmentido da parte dos bancos, também a lei, nomeadamente o decreto-lei nº 16/95/M, de 3 de Abril, no seu número dois do segundo artigo, diz o seguinte: «Todos os pagamentos de bens e serviços efectuados no território de Macau com recurso a cartões de crédito ou cartões de débito, emitidos localmente ou no exterior, terminais electrónicos de pagamento em postos de venda e outros instrumentos similares, devem ser realizados em patacas, não sendo permitido invocar esta obrigação para adicionar aos preços ajustados ou ao valor da transacção quaisquer encargos adicionais». Mais: no artigo 8 do mesmo articulado pode ler-se que qualquer violação pode ser denunciada à Autoridade Monetária de Macau.
A prática é corrente e, quase à força, somos obrigados a pactuar com ela diariamente, sem que muito possa ser feito. Aliás, quando as autoridades afirmam que tal não é tão frequente, só me apetece dizer que deviam enviar clientes fictícios para fazerem compras. Se for preciso, até posso apresentar uma lista de lojas que seguem esta prática.
Acontece que passar do papel à acção é complicado, porque as ditas lojas certamente não irão escrever no recibo que x ou y por cento foi para a taxa cobrada abusivamente pelo recurso ao pagamento por cartão de crédito. Os proprietários e funcionários desses estabelecimentos sabem tão bem como todos nós que é ilegal e recusam-se a passar qualquer documento escrito, referente a esse pagamento. Assim sendo, como pode o cliente provar que pagou uma quantia a mais para cobrir a dita taxa? Não consegue, claro está! Daí talvez se justifique o número de queixas que a AMCM recebeu desde 2008. Apenas um caso foi levado ao seu conhecimento e foi resolvido depois de contactado o comerciante que, diligentemente, restituiu a verba cobrada ilegalmente. Quanto ao que sucedeu depois disso, nada foi adiantado. Sou levado a pensar que a ilegalidade continua a ser seguida, pois não deve ter havido penalização de forma exemplar!
Já de acordo com o Conselho dos Consumidores o total de queixas é algo mais elevado, mas certamente também não reflecte a realidade. Oito casos reportados desde 2008 são valores muito pouco ilustradores daquilo que se regista nas lojas de Macau.
Porque não bastará que o cliente lesado envie o recibo do pagamento, juntando um comprovativo do preço original (seja ele uma foto ou mesmo o recibo de outra pessoa que comprou o mesmo, mas em numerário), para que as autoridades actuem e acabem com esta ilegalidade?
Perante a situação descrita, não vejo outra saída e daí o facto de tão poucos casos serem levados até à sua resolução. Sinceramente, se fosse proprietário de um estabelecimento que utilize este procedimento, não acederia ao pedido de estipular no recibo de compra que uma percentagem foi para o pagamento do cartão de crédito.
Felizmente, há outras lojas onde nada disto se verifica e os pagamentos podem ser feitos sem que qualquer taxa seja cobrada, o que deita por terra o argumento dos vendedores quando dizem ser o banco a cobrar a taxa!
Senhores da Autoridade Monetária, até quando vamos ter de pactuar com esta ilegalidade em Macau? Levem os vossos funcionários às compras, metam-se em campo. Basta um em cada dia ir a lojas, como a Koyo, ou aos vendedores de computadores da Fortune Tower, apenas para citar alguns exemplos.
Por essas e por outras, deixei de comprar nesses locais. Para estas compras, há outras alternativas, como as lojas da CTM ou da Fortress, onde a oferta é semelhante e o pagamento é sempre o mesmo, com ou sem cartão de crédito, e as diferenças de preço não justificam o pagamento de uma taxa adicional.

Cozinha da NaE volta a publicar

O blog Cozinha da NaE, depois de algum tempo de inactividade devido a outros afazeres profissionais, voltou ao activo.
A NaE brinda-nos agora com duas receitas, provadas pelo autor destas linhas e aprovadas com cinco estrelas.
Um prato que pode também ser salada, feito com base em carapau ou outro qualquer peixe semelhante, que vai muito bem com um vinho branco seco e bem fresco.
Outro prato, de massa, que é uma mistura de tailandês com português, uma vez que o atum utilizado foi de conserva e português.
e

A ler e experimentar… e a deixar comentários no blog da NaE
Ideias e dicas são bem-vindas por ela.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Sagres em Banguecoque atrai milhares

Em Macau ficámos a ver navios… Em Banguecoque fazem fila para ver o “vaso de guerra” que acaganou a China!

Que puta miséria esta de serem mais papistas que o Papa. Ainda por cima atiram areia para os olhos do povinho e Lisboa não responde à altura. Antes pelo contrário, dá a volta e elogia a recepcão como sendo a melhor que tinha tido até ao momento quando chegou a Xangai…

Duas semana depois estava um galeão espanhol (da Marinha Espanhola) a atracar em Hong Kong!

Que dirão os responsáveis da missão da Sagres agora em Banguecoque onde os tailandeses fazem fila, sob sol abrasador, para visitarem a embarcacão? Será que sempre foi melhor na China?

Vejam as imagens neste website Tailandês

PANTIP.COM : E9792886 เรือซากรืช ที่ได้ชื่อว่าเป็นเรือใบที่สวยที่สุดในโลกลำหนึ่ง [บันทึกนักเดินทาง]

NaE's kitchen A Cozinha da NaE

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