Como blog estaremos aqui para escrever as nossas opiniões, observações e para que quem nos visite deixe também as suas. Tentaremos, dentro das possibilidades, manter este local actualizado com o que vai acontecendo à nossa volta em Macau e um pouco em todo o lado...

sexta-feira, 3 de julho de 2009

A opção Doca dos Pescadores

A LOCALIZAÇÃO do evento que todos os anos comemora a cultura lusófona em Macau foi abordada recentemente, durante numa entrevista num programa radiofónico na Rádio Macau.
Há vários anos que a escolha do local para levar a cabo tal iniciativa tem sido alvo de críticas por parte dos que nele, de algum modo, estão envolvidos. Reparos que chegam de quem activamente nele trabalha, de quem o visita e de quem colabora, abordando a falta de salubridade, o espaço exíguo e a higiene insuficiente, entre outros problemas que são apontados.
Num tom não crítico, mas sim de lançamento de novas ideias no programa da manhã da rádio local, falou-se da opção Doca dos Pescadores como sendo o local ideal para a organização do evento.
Confesso que a princípio fiquei surpreendido e nada receptivo à nova ideia. No entanto, depois de pensar melhor, reconheço que tem alguma razão de ser. Aliás, vim a descobrir que tal é defendido por uns quantos há já algum tempo, mas só agora foi tornado mais público.
A Doca dos Pescadores, espaço nobre e que tem todas as condições para acolher eventos de grande envergadura, seria, pois, uma óptima opção. Claro que, sendo este um espaço privado, é necessário proceder a negociação com quem o administra.
Conhecendo o seu proprietário, David Chow, e alguns dos seus colaboradores mais directos, penso até que a empresa que detém a Doca dos Pescadores se vai mostrar bastante receptiva à ideia. E aponto desde já duas razões para o sucesso da ideia: seria uma iniciativa que ajudaria a promover o local e a levar mais visitantes, algo que a Doca dos Pescadores necessita; o empresário David Chow é conhecido por estar sempre disponível para iniciativas de carácter lusófono, desde logo até por ser cônsul honorário de Cabo-verde em Macau.
Durante o referido programa radiofónico, em que a entrevistada era a artista plástica e poetisa de Moçambique Sónia Sultuane, tendo-se falado da semana cultural moçambicana, acabou por se falar também, ainda que marginalmente, de lusofonia. Foi aí que veio à conversa a natural necessidade de se encontrar um local mais adequado para a realização do certame, que todos os anos assinala a vivência de língua portuguesa em Macau.
A opção da Doca dos Pescadores, na qual eu nunca tinha pensado mas que subscrevo em toda a linha, apresenta-se como muito viável e seria uma forma do Governo promover um local que, manifestamente, precisa de ser dinamizado.
Esta estrutura privada tem todos os equipamentos necessários para um evento da envergadura da Festa da Lusofonia, além de ter espaço mais do que suficiente para um eventual aumento do número de visitantes, sem causar quaisquer transtornos. Seria uma forma de, indirectamente, o Governo promover e tornar aquele espaço mais dinâmico e atractivo para o turismo, dando mais condições a um dos eventos que, de ano para ano, se assume como um dos principais do cartaz cultural popular do território.
A organização da festa na Avenida da Praia, é verdade, tem fundamentos simbólicos, por esta zona ser de cariz manifestamente português; mas a dimensão do evento ganhou já tais proporções, que não se coaduna com sentimentalismos ligados à vivência portuguesa em Macau. Aliás, mudar o evento para um local com mais condições apenas o dignifica e lhe dá mais visibilidade. Que maior elogio se pode fazer a uma manifestação cultural, senão dar-lhe um palco maior?
As pessoas precisam de espaço para se sentirem confortáveis e em segurança e de um local que possa acolher ainda mais visitantes que o habitual. Ora a Doca dos Pescadores pode oferecer tudo isto sem quaisquer problemas.
No empreendimento há zonas, nomeadamente a zona de traça portuguesa, mas também de outros países de língua lusófona, que servem perfeitamente para receber a Lusofonia. Isto, para além do local em questão possuir todo o tipo de infra-estruturas de apoio necessárias a este tipo de evento, inclusive um anfiteatro que pode ser usado para concertos e outros espectáculos.

42 casos e contando...


quinta-feira, 2 de julho de 2009

34 casos de H1N1


Como já vem sendo hábito, o GCS voltou ontem a fazer a actualização dos dados sobre a gripe A H1N1. São já 34 os casos confirmados no território.
Entre polémicas das declaraões que os funcionários públicos têm que preencher, ou os medidores de temperatura usados nos departmentos governamentais, a única certeza é que o número de infectados aumenta de dia para dia.
"Até à presente data, são 34 os casos da Gripe A (H1N1), dos quais 3 são novos casos locais e 3 são novos casos importados. Actualmente, 17 doentes com gripe A (H1N1) estão a ser submetidos a tratamento médico e o seu estado de saúde é satisfatório. Para além disso, 4 doentes tiveram alta hospitalar, estando 108 indivíduos em observação médica nos seus próprios domicílios.
No período entre 30 de Junho e o meio-dia de 1 de Julho, 3 alunos que tiveram contacto próximo com o 26º. caso confirmado, meninos que frequentam a turma A do 5º. ano do ensino primário da Escola Choi Kou, foram confirmados portadores da gripe A (H1N1).
" (1 de Julho de 2009)

Esquecimento?

A Rádio Macau fala sempre no programa da manhã dos artigos dos jornais, opinando e apelando para que se compre a imprensa local, fazendo o papel que lhes compete de divulgação e serviço público. Falam de tudo e de todos, referindo a maioria dos artigos de opinião dos vários jornais de língua portuguesa mas hoje, convenientemente, esqueceram-se de falar do Editorial do JTM, onde Rocha Dinis fala de jornalistas e as suas obrigações e actividades que lhes estão vedadas…
Conveniente não será?...
Assim que estiver disponível online disponibilizá-lo-ei aqui para que todos o possam ler e tirar as próprias ilações.
Afinal, publicidade e jornalismo em Macau andaram sempre, convenientemente, de mãos dadas.
Eu gosto destas particularidades de Macau…

quarta-feira, 1 de julho de 2009

28 casos em Macau


IAS diz-se atento

terça-feira, 30 de junho de 2009

De novo o "storm surge"

No passado dia de Portugal referia aqui que o uso do português continua a ser “violado” em toda a linha em Macau. Na ocasião referia-me a uma Ordem Executiva do CE onde se anunciava a criação do Aviso de “Storm Surge”. O dito aviso de uma maré de tempestade ou maré ciclónica, assim se deve chamar em português, foi hoje anunciado com pompa e circunstância pelos Serviços Meteorológicos e Geofísicos aqui da terra.
Nem o subdirector Viseu, nem o director Kun, ambos bem falantes de português, se lembraram de denominar o dito aviso com nome em português! Maré ciclónica, maré de tempestade ou ressaca… é difícil dizer que não existe termo adequado!
O dito sistema vem agora tentar evitar que repitam episódios como os das inundações quando passou o tufão Hagupit pelo território.
Fica a nota integral do GCS.

A gripe chega à creche

Ainda hoje de manhã, quando “postava” a informação mais actualizada do GCS, opinava acerca do que poderia vir a acontecer com o sector escolar, agora que as ferias estão à porta. Em contraponto com Hong Kong, onde não houve reticências em fechar escolas, em Macau vai-se sempre adiando porque ninguém parece ter coragem para tomar medidas impopulares. Estamos em ano de eleições…
Segue o novo despacho do Gabinete de Comunicação Social onde se fala das creches. “Algumas crianças da Creche da Associação Geral das Mulheres de Macau sita na Rua do Campo foram diagnosticadas em definitivo como casos da gripe A (H1N1), ocorrendo, deste modo, uma infecção colectiva local. Os Serviços de Saúde solicitaram à creche em causa a suspensão imediata das aulas e a desinfecção no interior desta instituição, estando a proceder ao acompanhamento dos contactos próximos. Na conferência de imprensa a ter lugar no Centro de Coordenação da Gripe, hoje (dia 30), pelas 16:40, serão dados detalhes sobre a situação.

A validade da água

Nunca se questionaram porque razão as garrafas de água têm validade? A água, no seu estado natural, não se deteriora com a passagem do tempo. Água será sempre água, tirando este ou aquele cheiro que possa adquirir. As suas características químicas nunca se alteram. Bom, a validade da água, ou a sua obrigatoriedade, pode ser apontada ao Estado de Nova Jérsia nos Estados Unidos da América. Em 1987 este Estado lançou uma lei que visava a rotulagem de validade, nunca superior a dois anos, em todos os produtos alimentares. Perante esta nova obrigação os produtores de água começaram a imprimir a validade máxima de dois anos nas garrafas produzidas, o que se tornou regra de mercado passados poucos anos com a globalização.
De acordo com o U.S. Food and Drug Administration nunca foi estabelecido um período de validade para a água desde que esta fosse produzida de acordo com as regras de higiene e engarrafamento estabelecidas. Alguns anos mais tarde a Lei foi alterada e a água deixou de ter obrigatoriedade de período de validade, no entanto, como a regra estava já de tal forma enraizada na indústria, ainda hoje se mantém, sendo todas as garrafas de água embaladas com uma validade de dois anos.
Isto não quer dizer que se consumirmos água com mais de dois anos iremos ter problemas de Saúde, nem, por outro lado, quer dizer que água com mais de dois anos tem melhores qualidades do que águas mais “novas”.
O único inconveniente de beber água engarrafada há muito tempo prende-se com o plástico utilizado nas garrafas. O mesmo é feito de polyethylene poroso, o que faz com que a água possa absorver odores do exterior onde está armazenada com o passar do tempo. Já com garrafas de água de vidro o problema não se põe.

O estudante infectado tinha frequentado a escola

O Gabinete de Comunicação Social anunciava ontem que “Face às informações divulgadas de que o aluno do jardim de infância, confirmado como caso da nova gripe, não tinha ido à escola, o Director da Direcção dos Serviços de Educação e Juventude, Dr. Sou Chio Fai, na conferência de imprensa do Centro da Coordenação da Gripe realizada ontem, aclarou a questão. De facto, o aluno da classe pré-primária do infantário do Colégio Perpétuo Socorro Chan Sui Ki regressou no dia 25 das Filipinas, e foi à escola no dia 26, pela parte da manhã, para o ensaio da cerimónia de graduação, não tendo participado no dia seguinte nesta cerimónia.
Esta informação vem levantar dúvidas acerca da efectividade do sistema de controlo e das medidas aplicadas em Macau. Assim como levanta reticências à não existência de mais casos no seio da comunidade escolar, em contraste com o que acontece em Hong Kong. Aliás, a situação nas escolas da região vizinha foi tal que as autoridades não hesitaram em fechar as instituições onde se detectaram casos suspeitos.
Em Macau, vamos esperar para ver…

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Gripe em Hong Kong, wi-fi em Macau

A PARANÓIA com a gripe A H1N1 está instalada, agora que Macau regista também três casos de febre suína, sendo que o primeiro cidadão infectado era um filipino que aterrou na Taipa, e o território continua apenas com o nível cinco de alerta da Organização Mundial de Saúde porque não houve ainda contágio directo. No entanto, isso deve estar para breve, se continuarem a tratar os casos suspeitos como fizeram ontem no aeroporto. Eu estava à espera de alguém que iria chegar num voo às nove da noite, quando vi chegar uma ambulância com técnicos de saúde equipados com fatos especiais. Entraram na zona onde as pessoas esperam por quem chega e dirigiram-se à zona de desembarque, saindo pouco depois com um indivíduo com bata descartável e máscara. Passaram pelo mesmo caminho que tinham tomado para entrar, ou seja, pelo meio de todos quantos se encontravam na zona de chegadas! No caso do indivíduo estar infectado é certo que todas as pessoas no terminal de chegadas correm o risco de estar também infectadas!
Com toda a promoção e alguma paranóia que se vê em muitos serviços públicos, não se entende que os principais responsáveis pelo controle da epidemia actuem desta forma!
Aqui ao lado, em Hong Kong, onde já existem casos confirmados há vários dias, o nível seis está em vigor há já algum tempo. Mas, por incrível que pareça, as pessoas não parecem muito preocupadas. Apesar de na Comunicação Social «pintarem» a situação como de caos total e fazerem parecer que as pessoas andam todas paranóicas com a situação, a realidade é que na antiga colónia britânica os habitantes parecem bem mais descontraídos do que em Macau, quando se fala da gripe A!
Recentemente, num fim-de-semana, estive em Hong Kong e, pelo que pude presenciar em vários locais turísticos e não turísticos aonde me desloquei, além das normais preocupações com aspectos de higiene pessoal e ambiental, pouco mais se vê. À entrada é medida a temperatura e recolhida a declaração de saúde, mas pouco mais. Aliás, ao contrário de Macau onde a declaração é recolhida por um segurança, em Hong Kong a mesma declaração é entregue ao polícia que inspecciona o passaporte. Um sistema mais eficiente, em minha opinião, e que poupa em recursos humanos e, obviamente, também ao erário público.
Já na cidade, pouco se vê que nos dê a perceber estar activado o nível mais alto de alerta da Organização Mundial de Saúde.
Posso relatar que no hotel onde fiquei as preocupações eram mais acentuadas, visto ser um local onde pessoas vindas de vários destinos se encontravam. Era possível ver um maior cuidado com a limpeza ambiental: os botões dos elevadores estavam protegidos com uma película de plástico para mais fácil limpeza; em todos os andares havia distribuidores de álcool para desinfectar as mãos. Mas as preocupações acabavam por aqui.
Em Macau, além das engraçadas mensagens dos Serviços de Saúde, temos um sentimento de paranóia em tudo quanto é repartição pública. Medidores de temperatura em tudo quanto é lado, máscaras, avisos, e seguranças que parecem tão guardiães da verdade suprema, que estão sempre prontos para nos insultar e levantar a voz quando não nos submetemos à medição da temperatura. Mesmo que seja a décima vez, no mesmo dia, no mesmo local. Seguem as ordens à risca. Quem entra, seja pela primeira vez ou pela enésima, tem de ser medido!
Todos compreendemos que se deve ter cuidado e que a situação é grave, mas medidas e comportamentos destes apenas servem para irritar a população e espalhar ainda mais o receio de contágio.

Chega o wi-fi mas…

O Governo anunciou há dias que vai gastar milhões para disponibilizar acesso à internet sem fios em 34 locais do território.
Agrada-me a ideia de termos acesso à internet em todo o lado. Se olharmos aqui à volta, tal possibilidade de acesso sem fios existe já em vários países e territórios, com Hong Kong e Tailândia a liderar o pelotão. Aliás, na Tailândia, qualquer pessoa pode fazer o registo à chegada ao país para ter acesso gratuito, bastando para tal aceder à página do Governo e registar-se com o número de passaporte.
Na Europa, a liderança cabe à Estónia, onde na quase totalidade do país é possível o acesso gratuito sem fios à internet.
Em Macau, apesar de ser de louvar o investimento, alertamos para a necessidade de outras infra-estruturas paralelas. Com efeito, de nada vale ter acesso à internet no Largo do Senado, no Tap Seac ou na Praia de Hác Sá, se não houver locais onde nos possamos sentar à sombra, ou abrigados da chuva. De nada valerá, se para navegarmos na internet tivermos de nos sentar num bar, café ou restaurante e pagar para tal.
A internet sem fios agora anunciada é paga com impostos dos contribuintes e é para eles que tal serviço é criado. Pelo que será um contra-senso obrigar a um pagamento suplementar para usar algo que, afinal, já é pago por todos nós…
Por outro lado, a internet sem fios poderia muito bem ser o motivo para, de uma vez por todas, reorganizar o Largo do Senado. É já altura de devolver esta praça à população e a quem nos visita, deixando de ser sala-de-estar de pessoas que não têm nada para fazer e que ali passam os dias a comer, fumar e a deixar tudo quanto é lixo.

Um cheirinho do meu artigo

Na próxima sexta-feira n’O Clarim vai ler-se um texto onde se aborda um evento cultural de Macau. Uma festa que, de ano para ano, tem vindo a ocupar cada vez mais um lugar de relevo no panorama cultural do território. A sua envergadura é tanta que o local onde se realiza está a tornar-se exíguo, havendo necessidade de encontrar uma solução que seja, ao mesmo tempo, digna e apropriada. “A Doca dos Pescadores, espaço nobre e que tem todas as condições para acolher eventos de grande envergadura, seria uma óptima opção. Claro que, sendo este um espaço privado, é necessário proceder a negociação com quem o administra.

Mais um caso local


Ontem, no Domingo 28 de Junho, foi anunciado mais um caso de contágio local, de um residente local funcionário do Casino Venetian. “O nível de alerta de pandemia foi aumentado para 6 pela Organização Mundial de Saúde, sendo a sua gravidade moderada. Actualmente, o nível de alerta de Macau é 6 (cor azul), sendo o risco de transmissão moderado. Até ao presente momento, são 18 casos acumulados de gripe A (H1N1), 12 doentes encontram-se sujeitos a tratamento. O quarto doente e o oitavo doente apresentam ainda sintomas de febre, o sexto doente aparece com sintomas de gripe, enquanto os restantes se encontram de estado satisfatório. Além disso, 4 pessoas estão a ser submetidas a observação médica nos locais indicados pelos Serviços de Saúde, sendo 14 pessoas submetidas a observação médica nos seus próprios domicílios.” (28 de Junho de 2009)

Mais um caso importado

H1N1 em Macau

NaE's kitchen A Cozinha da NaE

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